Morte Bizarra

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Heitor soltou Ohana, que tinha a respiração ofegante, os lábios vermelhos e machucados, por causa do beijo violento, e as marcas vermelhas das mãos dele no rosto.

Heitor: o que você quer agora? Não ver que estamos ocupados?
Felipe: um prazer interromper isso.
Heitor: você é muito pedante.
Felipe: sugiro que saia do quarto...
Heitor: quem vai sair é o senhor.
Felipe: não, quem vai sair é o senhor, pois já temos muitas acusações contra você, como violência contra mulheres e menores, então sugiro que saia, pois acaba de conseguir mais uma.
Heitor: e posso saber que acusação é essa?
Felipe: Assedio sexual, seu escroto!

Heitor bufou irritado e saiu da sala, Ohana fechou os olhos, tremula, chorando.

Felipe se aproximou dela.

Felipe: calma.
Ohana: ele ia...ele ia...

Ela estava nervosa e ele também, a abraçou para acalmá-la, sentia algo por ela, Ohana era uma menina especial, e sentia uma ligação muito forte com ela.

Ohana aceitou o abraço, feliz por ele ter chegado não só no quarto mas também em sua vida, sentia um carinho tão grande por ele e se conheciam a tão pouco tempo, era um carinho de filha para pai.

Heitor passou pela sala de espera, irritado, pegou o elevador e saiu sem dar uma única palavra.

Mel: o que será que aconteceu?
Ton: não faço ideia...
Lari: Ohana !!!

Ela levantou, e seguido por todos, foram em direção ao quarto de Ohana, entrando lá encontraram ela abraçada com Felipe, parecia ter chorado muito.

Mel: o que aconteceu?
Ari: o que aquele demônio fez?

Ohana começou a chorar novamente, Larissa se aproximou da cama.

Felipe: o Heitor assediou a Ohana. - Larissa parou, impactada, então os outro soltavam exclamações de horror.- e a Ohana me contou, que isso já havia acontecido antes.

A fúria eclodiu dentro de Larissa, que furiosa, se dirigiu a porta.

Mel: pra onde você vai?
Lari: eu vou matar o Heitor.

O tom frio dela, assustou não só à Ohana, como à todos.

Ari e Alline seguraram a amiga, que começou a tentar se livrar.

Lari: QUEM ELE PENSA QUE É PRA TOCAR NA OHANA, EU VOU MATA-LO, NÃO ME IMPORTO EM SER PRESA, EU VOU MATA-LO!

Felipe saiu de perto de Ohana e foi para a frente de Larissa.

Felipe: CALMA, ESTAMOS TODOS NERVOSOS E FICAMOS TODOS REVOLTADOS, MAS ISSO QUE ESTÁ FAZENDO NÃO RESOLVE NADA!

Vendo que ela tinha se acalmado, Felipe abaixou a voz.

- Com isso você vai ser detida, eles podem mandar você pra cadeia e nós perderemos a razão, e você não vai estar aqui quando a Ohana mais precisar de você.

Larissa olhou para a cama, onde Ohana estava sentada, com a cabeça apoiada nos joelhos, chorando, ela compreendeu o que o tio quis dizer, e se livrando de Alline e Arielle, se aproximou da cama, pegando o rosto de Ohana entre as mãos e lhe dando um beijo suave na testa.

Lari: calma, pequena, eu não vou fazer nada...
Ohana: não quero que se prejudique por minha causa. - Larissa a abraçou.
Lari: não vou fazer nada Ohana, calma meu amor, se acalma, a justiça vai dar conta dele!

Vendo a cena as meninas sorriram emocionadas.

Mel: que coisa linda...
Ton: o amor delas é muito lindo!

Alline, fingindo irritação, deu um beliscão em Arielle.

Ari: o que eu fiz?
Alline: por quê você não é fofa como a Lari hein? - Todos riram, inclusive Ohana, que agora se sentia mais segura, tinha amigos e amor.

Ari: mas... ahh Alline, eu hein... -
Todos riram mais ainda da fúria fingida da amiga.
Alline: estou brincando. - Todos estavam felizes, quando Ohana se lembrou de alguém.
Ohana: e o Bruno?
Felipe: é mesmo, o Bruno, ele até veio aqui, mas depois sumiu.
Ari: será que aconteceu alguma coisa?
Mel: tomara que não...

Todos concordaram, depois de quase uma hora, todos saíram do quarto, Ohana precisava descansar.

Mel puxou Felipe para um canto, enquanto os outros riam e conversavam na sala de espera.

Felipe: o que foi?
Mel: eu queria falar com você.
Felipe: sobre o que?
Mel: sobre o Heitor, você acha, que ele seria capaz, de fazer algo contra você?
Felipe: contra mim?
Mel: sim... - Ele viu a dor nos olhos dela.
Felipe: por quê ele faria algo contra mim?
Mel: por que, apesar de todos estarmos envolvidos nisso, você é o mais envolvido, e eu não quero, eu não iria suportar que nada acontecesse contigo...

Felipe sentiu uma emoção fora do comum, ela gostava dele.
Felipe: calma Mel, tudo vai dar certo e nada vai acontecer comigo.
Mel: jura? - Ela disse se aproximando dele.
Felipe: juro.
Mel: então me beija!
Felipe: Melissa, já conversamos sobre isso...
Mel: e daí?
Felipe: e daí que isso nunca daria certo, eu tenho quase idade para ser seu pai, por favor.
Mel: mas você não é, e eu quero você.

Felipe não resistiu, vendo-a tão linda, falando que o queria e a beijou de forma apaixonada, e Larissa que estava indo falar com o tio, viu e achou maravilhoso ele e Melissa juntos, afinal ele merecia muito ser feliz.

O toque do telefone de Felipe interrompeu os dois.

Felipe: espera... - Ela o viu pegar o celular. - Alô?
XXX: Alô, oi é o Rodrigo
Felipe: Oi, e ai?
Rodrigo: consegui o que você me pediu, sobre a mãe da Ohana.
Felipe: foi? Ótimo, pode mandar para o meu apartamento? Deixe com o Enéas, o porteiro, ele saberá o que fazer.
Rodrigo: certo. - Se despediram e desligaram.

Larissa já havia voltado para a sala de espera, sem ser notada.

Mel: o que foi? - Ela perguntou ao ver a expressão preocupada dele.
Felipe: nada.

Ele sorriu, estava nervoso, Enéas, o porteiro, sempre o ajudava guardando coisas para ele na portaria, era um dos poucos que confiava para isso, mas este caso era diferente, ele sabia que havia algo ali, algo muito grave, seu celular tocou de novo.

Felipe: Alô? - Mel o olhava preocupada.
XXX: Felipe? É o Dudu.
Felipe: Fala, Dudu, o que foi? - Eduardo era seu amigo, policial civil extremamente competente.

Felipe estava se perguntando o que ele queria.

Dudu: estou te ligando, pois o detetive daqui esta muito ocupado com um caso difícil, e ocorreu uma morte muito bizarra, coisa de filme mesmo, será que você poderia nos dar uma força? Pensei em você por que já conheço suas habilidades.

Rodrigo: eu também estou com um caso dificil... Mas acho que posso dar uma olhada.
Dudu: muito obrigado, está quebrando um galho daqueles.

Felipe sorriu.

Felipe: onde eu devo ir?
Dudu: Vou te mandar a localização e claro que você será muito bem  recompensado por isso.

Rodrigo se despediu e desligou, se despediu com mais um beijo de Mel e foi rumo ao endereço recebido.

Lari: serio?
Médico: sim senhora, ela poderá sair amanhã, se recuperou muito rápido.
Ton: mas isso é maravilhoso.
Médico: sim, mas ela tem que tomar cuidado com os pontos da cirurgia e nada de fazer coisas muitas radicais e muito bruscas, afinal ela levou um tiro...
Alline:  mas ela pode ir para a escola?
Medico: claro, com tanto que se alimente bem, e nada de movimentos bruscos, como eu já mencionei.
Lari: eu cuido dela. - O medico a olhou com certa ternura, tava na cara que aquela menina era louca pela senhorita Lefundes.
Médico: sei que vai minha jovem, sei que vai, se quiserem podem ir dar a noticia a ela!

-
No que será que o Felipe vai se meter hein!?  

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Única esperança - OhanittaOnde histórias criam vida. Descubra agora