Larissa estava sentada impaciente na cadeira de frente com a de Heitor, os dois se encaravam, com ódio, Ton e Felipe temia onde aquilo iria parar, Melissa também.
Ton estava de guarda ao lado de Larissa e atento a cada movimento de Heitor.
Larissa estava muito nervosa, levantou então e começou a andar pela pequena sala, passou por perto da porta varias vezes, recebendo olhares furiosos do policial que estava ali, ela engoliu seco, será que Ohana precisava dela?
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Estéfano: então desde que sua mãe morreu ele bate em você?
Ohana assentiu, fazia quase dez minutos que não falava nada, já estava chorando, será que o delegado não via o quanto era difícil esse assunto para ela?
Estéfano: e ele a tocava? - Ohana assentiu novamente. - e ele alguma vez a estuprou senhorita?
Ela levantou os olhos arregalados e cheios de lagrimas, não iria contar, não para alguém que não conhecia, era humilhante demais, mas e se não contasse?
O delegado vendo sua indecisão, pressentiu o pior.Estéfano: não precisa responder, está liberada senhorita...
Ele foi interrompido por gritos vindos de fora da sala, todos levantaram o mais rápido que puderam, correndo para a porta, quando abriram viram Ton e Heitor brigando feio, um policial tentava segurar Ton, enquanto o outro tentava o mesmo com o Heitor, mas era difícil eles se movimentavam muito.
Larissa que ajudava o policial a segurar Ton por um momento levou o olhar até Ohana, ela estava chorando, com uma expressão horrorizada, como se não esperasse isso deles, Ton parou sentindo a mão de Larissa trêmula, Heitor se jogou por cima dele, dando-lhe socos no rosto.
Mas sem querer, ou não, um acabou atingindo em cheio o rosto de Larissa.
Ohana gritou, Felipe foi para cima de Heitor que parecia endemoniado, junto com os policiais para tira-lo de cima de Ton e Larissa.
Heitor foi levado para a sala onde iria depor.
Larissa e Ton estavam machucados, sangue escorria dos seus lábios e nariz, tinham marcas vermelhas pelo rosto e pelo corpo, Ohana se odiou naquele momento.
Mel começou a cuidar de Larissa, enquanto Alline, que havia acabado de chegar, cuidava de Ton.
Felipe se aproximou de uma Ohana estupefata e sem ação que ainda se mantinha parada perto da porta da sala.
Felipe: Ohana? - Ela se virou para ele, sem esboçar reação alguma. - você está bem?
Ela assentiu, mas chorava, ele a abraçou.
Ohana não sentiu medo, sentiu-se confortada como se alguma coisa lhe fizesse ter certeza que ele nunca machucaria ela.
E ela não estava enganada.
Eles se soltaram, e Ohana teve coragem de se aproximar de Larissa, ela estava melhor agora que Mel, com uma água mineral, havia lavado os ferimentos e improvisado um curativo no canto da boca, cortada.
Melissa lhe deu um terno abraço, sussurrando que a amava, Ohana quase sorriu.
Larissa viu Ohana se aproximar e sentar ao seu lado.
Lari: Ohana? - Ela a olhou.
Ohana: vocês não deveriam ter brigado com o Heitor...Uma profunda dor estava presente em seus olhos, ela ia falar algo, mas a porta se abriu, Heitor saiu de dentro dela, parecendo furioso.
Estéfano: creio que depois da cena que presenciei, não posso permitir que a senhorita Lefundes volte para casa com o senhor Do Valle .
Heitor: mas o moleque e a lesbiquinha me provocaram. - O delegado fitou Ton e Larissa, sentados, machucados e com Ohana ao lado da morena.
Estéfano: e o senhor bateu em dois adolescentes como se fosse um animal, não posso permitir que a senhorita Ohana volte para sua casa, mas também não posso mandá-la para sua casa. - Disse assinalando Felipe.
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Única esperança - Ohanitta
Fiksi PenggemarLarissa e Ohana estudam no mesmo colégio e na mesma sala, mas não se falam, pelo menos Larissa pensa que não fala, ela nem imagina que Ohana também é Ninha, uma menina que conheceu pela internet, aos poucos, provas de que Ohana é Ninha vão aparecend...