Sofrimento.

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Larissa sentiu como se tivesse levado uma facada no peito, o que ela estava fazendo? Estava querendo voltar para a casa de Heitor? Para ser maltratada?

Mel: Ohana, pelo amor de Deus pensa na sua decisão.
Ohana: eu vou para a casa do meu tutor, senhor Heitor do Valle. - Heitor sorriu vitorioso.
Heitor: vamos Ohana, obrigado delegado, detetive, tchau garotos.

Ele pegou as coisas de Ohana, que quase se arrastava atrás, eles entraram no elevador, e enquanto as portas não se fechavam, Ohana levantou seus olhos, encontrando o olhar de Larissa, que parecia perdida, sentiu-se a beira das lágrimas, as portas do elevador fecharam.

Quando as portas se fecharam, Larissa também se sentiu a beira das lagrimas, com uma falta de ar repentina, não teve nem condições para contestar, seu coração estava em pedaços, sentia um enjoo só de pensar no que aconteceria com Ohana, sua Ninha.

E ela não poderia fazer nada para impedir, ela não poderia dizer chega, e tirá-la de lá para sempre, sentiu a cabeça pesada e de repente, tudo em sua volta virou um incrível borrão colorido, logo depois não viu mais nada.

{...}

No elevador, Ohana encarava pesarosa a porta, o silencio não imaginado havia se formado ali, e nenhum dos dois presentes parecia disposto a quebrá-lo, passaram pela recepção assim, e foram até em casa assim, Ohana estava nervosa, sabia que algo estava por vir, e que ela não gostaria...

Assim que entraram em casa, Heitor mandou que ela o esperasse na sala, subiu, guardou as malas delas, e então voltou, com aquele olhar furioso que ela conhecia, só que tinha algo diferente, algo que ela já havia visto antes.

Ele nem ao menos falou nada, nem deixou que ela falasse, um único tapa foi dado, no rosto de Ohana, logo depois ele a pegou com violência pelo braço, enquanto ela se debatia, ele a empurrou contra o chão, se jogando logo depois em cima dela, as lagrimas, os pedidos, os gritos, os tapas, nada o parou desta vez.

Ohana foi obrigada a lhe entregar o que tinha de mais precioso.

A dor foi tão constante que em meio ao ato, ela não tinha mais condições de se debater, nem de tentar evitar algo inevitável.

Depois de satisfeito, Heitor levantou e olhou Ohana, no chão, não falou nada, subiu as escadas trocou de roupa e quando voltou disse que precisava trabalhar, e saiu, deixando Ohana na mesma posição, ainda no chão, machucada, traumatizada, magoada, ela chorou as lagrimas mais dolorosas de toda a sua vida.

{...}

XXX: Larissa, acorda!

Larissa demorou a se acostumar com a claridade, olhou em volta, se sentia zonza, ao poucos os borrões que enxergava foram ganhando cores e formas, estava em uma sala de paredes brancas, seu tio a olhava, sentiu a presença de mais pessoas, mas sentiu uma terrível dor na cabeça quando tentou levantá-la.

Lari:o que aconteceu?

Felipe: você desmaiou.
Lari: eu o quê?

Perguntou visivelmente surpresa, nunca tinha desmaiado antes, e podia garantir, a experiência não era boa.

Ari: você passou por situações muito difíceis psicologicamente hoje, além de que também esta desgastada fisicamente, deve ter sido por isso que desmaiou, foi um protesto de seu próprio corpo contra a sua rotina dos últimos dias.

Larissa viu Arielle se aproximar da cama.

Felipe: ela está certa.

Mel: graças a Deus você acordou.

Mel entrava pela porta, trazendo algumas sacolas, se aproximou de Felipe.

Mel: toma, o que você pediu – ela olhou Larissa - como se sente?
Lari: bem, mas minha cabeça dói um pouco. - Melissa sorriu de maneira amável.
Mel: quer alguma coisa para comer?

Enquanto ela falava, os meninos iam pegando cada um uma sacola na mão dela.

Lari: não sei...
Mel: legal, mas você vai comer mesmo assim.

Os meninos riram, enquanto Larissa sentava na cama, vendo que sua cabeça doía menos, e que estava com recebendo soro.

Lari: por quê o soro?
Ton: porquê o medico achou que você estava um pouco desnutrida e fraca.
Alline: aliás falando nisso, seus pais já vieram aqui, agora eles estão resolvendo tudo com o médico.
Felipe: você não estava comendo, Larissa!?

O tom serio do seu tio fez Larissa perceber que havia comido muito pouco desde que Ohana tinha entrado no hospital, quase uma semana, mas simplesmente não sentira fome alguma desde então.

Lari: desculpa, tio...

-
Eu falei que a tendência era piorar...

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Única esperança - OhanittaOnde histórias criam vida. Descubra agora