8.

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ANGEL

Acordo na manhã seguinte super disposta. O madrugada cantou pela manhã, bem cedo mas eu respirei fundo e o ignorei.

Preciso aprender a lidar com isso o mais rápido pois aí, mas rápido sairei daqui.

Depois de arrumar minha cama e fazer minha higiene. Desço as escadas e encontro a Jade tirando poeira dos móveis.

- Bom dia. - a cumprimento

Assim que ela se vida e ver que sou eu, Jade abre um enorme sorriso e vem me abraçar. Percebi que eles gostam muito disso, contato.

- Bom dia Angel.

- Cadê todo mundo? - pergunto

- A Clarinha e dona Rosa estão andando pela fazenda. - responde

Apenas confirmo com a cabeça e vou até a cozinha onde pego uma maçã e volto para onde ela está.

- Eu trouxe essas coisas que a Dona Rosa disse que você precisava. - diz e me mostra uma sacola de plástico em cima do sofá.

Me sento e abro a sacola vendo que são algumas roupas de ficar em casa e um chinelo, junto a dois biquínis.

- Não precisava. - digo

- Que isso. No calor que faz aqui, deve ser bem difícil. - diz com um sorriso caloroso

Apenas confirmo com a cabeça. É realmente difícil passar o dia todo de salto alto e com roupas caras nesse lugar que mais parece o inferno.

Termino de comer minha maçã e assisto Jade andar para lá e para cá arrumando, limpando, varrendo e lavando as coisas.

- Quer uma ajuda? - pergunto

Ela me olha assustada, acho que ela não esperava por isso mas apenas concorda com a cabeça

- O que quer que eu faça? - pergunto

- Tem como você ir até o quarto do Blake e dar uma ajeitada lá? Vou só colocar o feijão para cozinhar e já irei lá com ocê.

Subo as escadas com a vassoura e o balde em uma mão e na outra uma flanela para tirar poeira.

Passo primeiro em meu quarto onde aproveito para trocar de roupa. Visto uma das bermudas que a Jade me emprestou junto a um top e calço os chinelos que couberam em mim como uma luva.

A Jade é mais magrinha que eu, o que fez o short fica levemente curto e apertado e o top espremer meus seios. Mas não me importo.

Saio do quarto e caminho até ficar cara a cara com a porta do fim do corredor. A abro calmamente e entro. Acendo a luz já que o quarto está em completo escuro e caminho até as pesadas e grossas cortinas as abrindo para arejar o cômodo.

A toca do lobo mal é de paredes negras. Uma enorme cama bem no centro do quarto com cobertas pretas. Uma enorme televisão na parede e um extenso guarda-roupa.

Abro a porta que dá acesso a uma singela varanda onde tem uma samambaia e uma rede, que só de ver me bate uma vontade de me deitar e ficar até amanhã.

Volto para dentro do quarto e começo tirando a poeira. Logo passo para a cama onde sacudo as cobertas para arrumar. Quando eu estava batendo nos travesseiros para organiza-los. Uma cueca preta boxer cai me fazendo grunhir.

- Que que não toco nisso. - digo e continuo arrumando

Estava varrendo o quarto com coberta e tudo quando a Jade entra.

- Menina, isso deveria ir para roupa suja. - diz e pega a cueca

- Eu estava levando.

- Junto com o lixo? - pergunta e eu apenas dou um sorrisinho

- Eu que não ia tocar nisso.

- porque? É apenas pano. - diz e coloca a roupa dentro do balde que ela trouxe

- Eu sei, mas o dono dela me causa repulsa. - digo e termino de varrer o quarto

- O Blake? Ele é um bom menino.

Ela diz e eu a olho com cara de nojo a fazendo rir

- Não mesmo.

- Você só está aqui a três dias, ainda não o conheceu direito.

- E pretendo continuar assim. - digo e torço o pano de chão para começar a passar pano

- Você vai gostar dele, tenho certeza.

- Me internem quando isso acontecer.

Jade sorrir e fica me olhando passar pano por todo o cômodo.

- Até que ele é organizadinho - digo quando termino de arrumar todo o quarto.

- Ele é. Super simpático, educado, trabalhador e carinhoso. - diz e eu a olho horrorizada

- Você gosta dele!? - pergunto

- O que? Não! Blake é como um irmão para mim. - diz com certa firmeza

- Ah, desculpa é que você o elogiou tanto. - me defendo

- Eu o conheço desde que me entendo por gente. Ele me ajudou e ajuda muito com minha mãe. - diz e abre um sorriso e eu acabo por retribuir em compaixão.

- O que sua mãe tem?

- Ela tem câncer. Ele que paga o hospital para ela e quando não estou aqui ajudando a dona Rosa estou lá com ela. - Jade diz tudo de uma forma tão natural

- Eu sinto muito.

- Não precisa sentir. Eu ainda a tenho do meu lado, e isso que importa.

Ficamos em silêncio apenas por alguns minutos mas para mim pareciam horas. Ela tem a mãe dela em um hospital e é feliz e agradece por isso. Enquanto eu, tenho a minha em prefeito estado e quase não a vejo e quando isso ocorre, sempre discutimos por alguma palhaçada.

Sacudo a cabeça para espantar esses pensamentos.

- Vamos descer? O cheiro dele é ainda mais forte aqui e está me causando náusea. - digo e fecho a porta do quarto do ogro fazendo a Jade gargalhar logo atrás de mim.

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QUE SÁBADO TEDIOSO. O que cês estão fazendo de bom estrelas cadentes?

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Xxlys

AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora