- É, sua mãe acabou de partir. - a senhora diz e entra para dentro da casa novamente
Tomada pela raiva, grito a plenos pulmões todo meu ódio e frustração.
Não ficarei aqui mesmo.
Saio andando em direção à saída. Algumas galinhas e outros bichos passam por mim. Mas quando passo por um grupo de patos uns começam a correr e eu começo a correr também.
- Socorro! - grito e olho para trás vendo eles ainda atrás de mim - eu vou morrer! - exaspero
Não sei como ainda não cai com meus saltos. Dou meu máximo para não ser pega por eles, quando eu começo a ver o portão de entrada pintando na minha frente.
Sou pega ainda correndo por mãos enormes e colocada no ombro de alguém
- Me coloque no chão agora seu estupido. - grito
Tudo que vejo são cabelos loiros, umas costas larga, musculosa e suada.
- Quieta arisca. - diz com a voz super rouca
Começo a me espernear e a socar suas costas mas é como se eu estivesse fazendo carinho. Ele nem ao menos se incomoda.
Passamos pelos bichos e logo subimos as escadas da entrada. Me esperneio tentando o machucar de alguma forma mas é em vão.
Quando chegamos a cozinha, ele me joga como se fosse um saco de batatas no chão me fazendo grunhir de dor.
- Seu ogro. - digo e me levanto com dificuldade
- Achei essa arisca tentando fugir vó. - diz e se senta ao lado da menina na mesa
Me levanto encarando a senhora que apenas me olha com certa pena. Me recomponho e encaro o brucutu que me tacou no chão.
Ele é grande, estupidamente grande. Com braços e ombros largos e enormes. Ele está sem camisa o que me ajuda notar seu tanquinho trincado. Seus cabelos são grandes e loiros e parecem tão sedosos que chega me bate um certo ódio. Seu rosto é musculoso, sua boca rosinha, uma barba perfeita e olhos azuis.
Em outras palavras, lindo mas horrível.
- Arisca é a sua....
- Olha o que vai dizer. - me adverte
- Seu bruto! - digo com raiva
A menina apenas sorrir enquanto a vó se levanta e vem em minha direção
- Angel ficará aqui conosco durante um tempo. Ela é neta de uma antiga amiga minha. - diz e reviro meus olhos
- Que maravilha. - diz com desdém
- Angel, esse é Blake meu neto e irmão da Clara. - nos apresenta mas nenhum faz questão de ser educado com o outro
- Ela estava tentando fugir. - diz
- Mentira, estava fugindo daqueles patos loucos que vocês têm aqui. - me defendo
- São gansos - a menina responde
- Menina da cidade não entende de animal, para eles é só cachorro e gato. - diz e rir da minha cara
Me bate um ódio tremendo dele que chego a fechar as mãos em punhos.
- Blake Ryan, olha como fala com a visita. Toma seu pingado e volta ao trabalho. - a avó dele me protege e eu lhe lanço um sorriso vitorioso que o faz bufar
- Vou voltar mesmo. Tenho que arrumar as cercas lá perto do estábulo. As égua quebraram tudo. - diz e ataca a comida
O olho comer como se não houvesse o amanhã e fico assustada com o quão rápido ele come.
- Então vai lá meu filho. Eu e a Clara faremos o almoço. - a senhora diz quando ele já se levanta para parti
- Vó, sabe que não tem mais idade para isso. Cadê a Jade? - pergunta e pega um chapéu de cowboy que estava ao lado da porta que eu nem tinha visto ali
- Somente amanhã, hoje ela está tomando conta da mãe. - diz e coça a cabeça - Mas daremos um jeito, não se preocupe.
- Põe a moça da cidade para fazer alguma coisa. - diz
- Cala a boca seu brucutu.
- Parem os dois. - diz a Rosa
- Ele que começou. - digo
- Vocês parecem crianças. - diz a Clara
Apenas reviro meus olhos para ela
- Estou indo vó, qualquer coisa pede para a Clara me chamar. - diz e se vai
- Não esquenta com ele não. Ele é bruto assim mas é legal. - Clara diz e sua vó apenas confirma com a cabeça
- Tanto faz, só o quero longe de mim. - digo e saio em direção ao quarto onde estão minhas malas
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