Olho para o Blake e estranhamente ele fica completamente pálido.
- Blake - o chamam e não é a voz da dona rosa ou ao menos da Clarinha - querido?
Ouço os passos da pessoa se aproximando e mesmo com ele segurando meu braço, eu coloco minha cabeça para fora e vejo quem eu menos queria
Solto meu braço de forma bruta das mãos do Blake e saio enfim de onde estávamos.
- Ah, oi garota. Sabe aonde o Blake está? Marcamos de nós encontrar aqui. - diz mas eu ignoro suas palavras e olho para Blake que me encara
Ele enfim sai da cela e para bem entre nós duas.
- O que ela está fazendo aqui? - Sophie pergunta
- O que você está fazendo aqui? - eu pergunto
Blake coça o rosto e nos encara.
- Eu chamei ela aqui. - me responde
Ergo minha sobrancelha, ainda em silêncio e encaro Blake
- Então é isso? - pergunto
- O que ? Não! - Blake diz
- Vocês dois? - digo
- Aí garota, dá um tempo. - Sophie diz e revira os olhos - Está sobrando aqui.
- Sophie, cala a boca. - Blake esbraveja
- Não, você que tem que calar a boca. - digo firme - Como você pode? Eu sou uma idiota por cair sempre em seu papinho. - digo e tento ao máximo não deixar cair nenhuma lágrima
- Angel... - ele tenta mas o corto
- Você é um nojento, mal caráter e completamente insensível. Eu nunca mais quero ver você na minha frente - digo e enfim as lágrimas começam a brotar
- Nossa garota, deixa de ser dramática. - a Cascavel loira diz
Ignoro suas palavras e a presença do Blake ali. Seco as lágrimas rebeldes que caem em minha face.
Saio do celeiro o mais rápido possível, ouço ele me gritando mas eu corro em direção a casa. Preciso me trancar, preciso me isolar em meu quarto.
Ele é como todos os outros, onde eu estava com a cabeça mesmo? Já estava tudo sobre controle, estávamos afastados. Não poderia sair mais ferida, mas eu me enganei.
Subo as escadas e entro dentro da pobre casa de madeira. Dona Rosa que estava sentada no sofá se levanta quando eu entro em prantos em seu campo de visão.
- Menina Angel, o que aconteceu?
Não respondo, subo as escadas rápido e vou em direção ao meu quarto. Pouco depois a pequena e maravilhosa senhora adentra o mesmo
- Porque chora? - pergunta e se senta ao meu lado
- Eu sou uma idiota Dona Rosa.
- Não, você não é. O que aconteceu?
- Eu acho que me entreguei de corpo e alma a alguém que queria apenas brincar comigo. - digo
- Como assim?
- O meu trabalho exige desconfiar de tudo e todos. Há muitas pessoas que se aproveitam de nós. Mas quando eu cheguei aqui, pude ser eu mesma, sem cobranças ou comparações. - digo e fungo - Mas eu acho que era apenas um troféu na mão do seu neto Dona Rosa. Eu fui um prêmio para ser exibido. - digo e choro mais ainda
- Blake? O que tem ele?
- Eu fiquei com ele mas ele não ficou somente comigo e agora, depois do que tivemos, ele está lá com aquela loira oxigenada no celeiro. Ele simplesmente pisou nos meus sentimentos não ligou para mais nada.
Dona rosa não diz nada, apenas me abraça fortemente. Eu choro ainda mais, como um verdadeiro bebê recém nascido.
- O que eu posso fazer por você menina? - pergunta
- Chama a minha mãe, me tire daqui. - peço me transbordando em lágrimas.
Ela fica em silêncio, somente meus suspiros de choro sendo ouvidos pelo quarto. Dona rosa acaricia meus cabelos
Ouvimos a porta da entrada sendo batida com força e logo meu nome ser gritado pela casa.
- Fique aqui menina, darei um jeito naquele cabrão. - diz e se retira do quarto.
Me deito novamente, agora sozinha no escuro. Suspiro e somente peço para minha mãe aparecer aqui e me tirar dessa masmorra de sentimentos que estou.
- Cadê ela? - ouço Blake perguntar
- Você não vai encontrar com ela. Ela está muito chatiada Blake. - Diz Dona Rosa
- Eu preciso explicar ela vó.
- Não, deixe ela quieta
- A senhora não entende.
- Entendo que você é um idiota que magoou aquela pobre menina. - diz
Eles ficam em silêncio, ouço os passos deles pelo corredor e logo uma porta sendo batida com força. Blake está em seu quarto e consto isso quando um barulho de coisas se partindo ecoam.
Mais passos são ouvidos pelo corredor. Dona rosa abre a porta do meu quarto e eu sou rápida em fechar meus olhos e fingir que estou dormindo.
Suspiro em alívio quando ela volta a fechar a mesma. Não quero mais falar sobre o que estou sentindo, quero apenas sentir até morrer.
Ainda posso ver sua sombra, ela está bem em frente à minha porta.
- Acho que pode vir buscá-la. - ouço ela falar e fico sem entender
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Chegamos ao fim de Malia e resolvi trazer um pouco de caos para vocês. 😏