Cap. 31 - Encontrada

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Oiii amores.. capítulo fresquinho.. como hoje é sexta, resolvi postar.. :)
Obrigada a todos meus queridos leitores...

Bjinhos
Boa leitura:)

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Sentia minhas pernas bambas, mau conseguia manter-me em pé, os primeiros sintomas do desgaste físico aparentemente estava se formando em mim. A falta de alimentos havia me deixado cada vez mais fraca, sem falar que tinha passado o dia todo colocando pra fora o que eu já não nao possuia no corpo, tudo por causa de um maldito enjoo que persistia em habitar em meu estômago.

Fui rastejando até chegar no colchão sujo, que ultimamente havia se tornado meu único refúgio, e me deitei abraçando os joelhos em busca de me aquecer do frio insuportável que pairava sob o porão.

Aquilo estava sendo um grande pesadelo para mim, a pior coisa que já tinha me acontecido.

Eu precisava sair dali, precisava, se continuasse por mais uma maldita hora, acho que nao aguentaria, se pelo menos pudesse fugir, porém, no estado em que me encontrava, vejo que minha fuga seria em inútil, mau conseguia dar um passo sem cair, logo seria alcançada por Brad, minha saúde já estava debilitada, mas teria que haver outra saída, tinha que ter, ou eu não duraria nem mais um dia naquele lugar.

E onde será que Nick se encontrava? Será que estava bem? Estava tão preocupada com meu pequeno, meu único projeto de família, ou o que sobrou dela. Me mataria se algo acontecesse a ele.

Se Daniel entrasse por aquela porta agora mesmo, juro, o perdoaria sem nenhuma sombra de dúvidas, e mesmo, isso já estava nos meus planos, parei pra analisar que talve ele realmente poderia estar falando a verdade.

Esse tempo aqui dentro pelo menos serviu pra alguma coisa.

Descobrir motivos suficientes para acreditar em sua história, primeiro, ele não iria me trair sabendo que corria o risco de a qualquer momento ser pego com a boca na botija, segundo, ele não faria isso, justo quando realizamos nossa primeira viagem juntos, e ainda mais com sua família, terceiro, por que ele se preocuparia comigo se não me amasse de verdade? Talvez ele tenha caído em uma armadilha, isso, uma armadilha! Tudo faz sentido agora! Como fui ser tão burra? Se eu não estivesse agido por impulso, talvez nem tivesse aqui nesse inferno, e estaria protegida ao lado do homem que amo.

Se pelo menos pudesse dizer que que o amo e que não conseguiria viver sem ele, tudo seria mais fácil, tudo! Eu tinha que fazer isso, ainda não tinha me aberto completamente a ele, eu não podia morrer sem falar o que sinto.

O medo tomava conta de mim a cada instante, o pavor daquele monstro obsessivo entrar por aquela porta a qualquer momento como havia prometido, podia ser ainda bem pior do que perder a vida, sentir o seu cheiro, seu toque novamente me causava repulsa.

Tudo isso me trazia arrepios, por sorte a nossa história havia acabado, olha no monstro em que ele se tornou, mesmo nossa relação ter acabado da pior maneira, tinha sido muito melhor!

Mas por que estou pensando isso? O que ia adiantar? Se estou presa novamente a ele, de nada adianta! Que droga!

De repente, um estrondo tira-me de meu transe. Lá estava a pior imagem que já tenha me assombrado, Brad usava apenas sua roupa de baixo, e estava com cordas, açoites e algemas nas mãos, pronto para executar o seu plano violento, arrepiei da cabeça aos pés.

- Ora, ora, ora bonequinha, cheguei pra terminar o que começamos - disse com a voz rouca, pavorosa.

Aproximou-se de mim e me puxou abruptamente pelos braços.

- Me solte, me solte - gritei.

- Cala a boca sua vagabunda - acertou-me um tapa no rosto, com muita força.

- Me solta - gritei mais uma vez.

Ao dizer isso, me levou até uma parede, onde havia uma escrivaninha antiga e desgastada e jogou-me com toda a força na parede, o impacto foi tão forte que cair.

- Já mandei calar a boca!!! Berrou.

Me colocou em pé novamente, arrancou minha blusa, e me deixou apenas com o sutiã. Após fazer isso, sentir uma dor insuportável nas costas, que me fez cair de joelhos e clamar por misericórdia, mais uma vez, e mais outra, a dor do açoite, foi a pior que tinha sentido, o sangue escorria quente sob a minha pele, percebi, que já não havia um só lugar em minha costa, que já não houvesse recebido uma açoitada.

- Isso é pra aprender a nunca mais fugir de mim sua vadia, nunca mais, me ouviu?

- Por favor, pare! - implorei.

E mais uma vez a dor veio. Logo estava tomada pelas lágrimas e pelo sangue.

Depois dessa seção de tortura, me jogou sobre o chão e começou a chutar minha barriga, e dentre outras partes do meu corpo.

Já quase inconsciente, ouço gritos seguidos de vários disparos. Vi quando Brad caiu no chão com tiros no tórax e nos ombros. Fiz um esforço e me arrastei a tempo de pegar a arma caída, e ao olhar para o lado oposto ao nosso, vi que tinha outra pessoa caída.

Não, não pode ser... lá estava Daniel, baleado logo acima do peito.

- Nãããããoooooo - berrei aos prantos.

Cheguei o mais rápido que pude, coloquei sua cabeça em meu colo e comecei desesperadamente a chorar.

- Daniel meu amor, Daniel fale comigo, fale comigo, por favor? - dei batidinhas em seu rosto com intuito de reanima-lo, só que nada aconteceu, me desesperei ainda mais - Meu Deus, por favor.

Fechei os olhos e comecei a pronunciar uma oração silenciosa.

- Eu te amo, meu amor, eu te amo, por favor não me deixe, não posso viver sem você, não consigo.

Ouço uma voz...

- Eu também te amo, a amo mais que minha própria vida Sophie. Daria tudo por você, morreria pra te salvar - disse compassadamente.

Foi nessa hora que seus olhos de repente se fecharam, meus olhos encheram-se de lágrimas, minha vista ficou embaçada, e antes que caísse em um desmaio. Vários homens e policiais adentraram o porão, e enviaram tiros certeiros em Brad, que sem notarmos estava a ponto de puxar o gatilho em nossa direção. Daí em diante, não vi mais nada, apenas desmaiei.

°°°°

Acordei com tubos por todo o lado de meu corpo, minha vista estava embaçada, minha cabeça e meu corpo doía.

Estava prestes a arrancar o que estava em mim, quando uma enfermeira se aproxima e me impede de fazê-la.

- Por favor Sra, não pode fazer isso, está muito machucada, e o seu caso ainda é muito delicado.

- Onde está ele? Onde Daniel está? Diga-me! Gritei.

- Sra, sinto muito, mas precisa repousar, quando estiver melhor, iremos lhe falar o que aconteceu.

- Não, não, isso não pode ter acontecido.

Pronto! Isso era tudo o que eu mais temia, Daniel estava morto.

Chorei incontrolávelmente e capotei por causa dos antibióticos.

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Espero que tenham gostado amores..

Bjinhos :)

Amores estou muito feliz, passei no vestibular.. êêêêh
Parabéns pra mim.. haha

(Arquitetura e Urbanismo)

De Repente AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora