Cap. 37 - Brad - parte 2

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Aquele foi o começo da grande perseguição, aquilo que poderia tornar-se uma família virou um inferno para mim, o que já estava me tirando o sono.

O pai de Sophie fazia de tudo para me jogar contra ela.

Eu já tinha feito a minha escolha, seria egoísmo, mas não estava nenhum pouco me importando, era o que eu queria, iria lutar para ter Sophie entrando em uma igreja, para casar-se comigo. Eu a amava, e sei que também tinha o seu amor.

Só que isso foi sendo adiado, a cada dia, o seu "querido pai" sempre arrumava uma desculpa, que dava certo.

Era o dom do infortúnio que ele possuía ou algo parecido.

Já não tinha mais sossego, eles começaram a visitar Sophie frequentemente, e sempre que isso acontecia, eles também concediam sua presença em meu apartamento. Era difícil engoli-los, constantemente era ameaçado por aproximar-me dela. Não estava nenhum pouco com medo daquilo, o meu medo era realmente o contrário, tinha pavor justamente do gênio ruim que sobre mim pairava (que quando ameaçado, sempre reagia por impulso, e isso era muito ruim, aliás era péssimo).

Eu tinha ideias... ideias terríveis na cabeça, estava ficando conturbado, incontrolável.

Por muito tempo, sofri com os pais de Sophie.

Faziam de tudo para me incriminar.

Chegaram a colocar coisas em minha mochila, fazendo me passar por ladrão, por muitas vezes contrataram mulheres para embebedar-me, a fim de construir um cenário de infidelidade, o que graças aos céus, Sophie nunca me flagrou.

Eles me faziam coisas baixas. O que fazia ela me amar ainda mais (só que nunca soube da tramóia de seus pais, e não seria eu a alertar, longe de mim, a jogar contra eles).

Há muito tempo o sofrimento me cercou, já estava cansado disso.

Naquele dia, havia acordado decidido a cumprir o meu plano. Talvez me arrependesse de minha decisão, mas não havia outra escolha a ser tomada.

Eu olhava para as bombas em cima da mesinha de centro da minha sala, e por vários minutos, a abandonei (junto com o meu plano malefico), mas algo dentro de mim me fez tomar a coragem que procurava.

Saí porta à fora com a ideia nas mãos.

Fiz o que tinha que fazer, e fui direto para um bar (o que sempre visitava), com o intuito de esquecer a burrada que havia sido concluída.

Não sei o que me aconteceu, mas minha cabeça começou a rodar imediatamente.

Antes de cair desacordado no chão, pude ver uma ruiva bem ao meu lado.

Me espantei com um grito estridente, que ecoou no quarto.

Era a minha Sophie, estava toda desajeitada, com os olhos vermelhos de lágrimas. Não havia entendido o motivo de seu espanto.

Só quando lembrei de minha vingança fui me tocar do que supostamente havia acontecido, so que ao olhar para a cama ao meu lado, fui me dar conta da real gravidade.

A ruiva que tinha visto ao meu lado naquele bar, era real.

- Amor, amor - pulei da cama, ao perceber que ela corria para longe de mim. Puxei em seu braço - Não é nada do que você está pensando!

- Me solta - puxou seu braço de meu aperto - eu não estou pensando Brad, eu estou vendo! Gritou aos prantos.

- Deixa eu explicar, amor?

- Não. Me. Chame. De. Amor!

- Por favor?

- Não toca em mim, nós não temos mais nada para conversar! Me deixa em paz! Não quero ver tua cara nunca mais, tá me ouvindo? Esquece que eu existo! Quando ia falar algo, ela saiu por entre a porta.

Pronto! Minha vida já era...

Não consigo entender, mesmo mortos, esse idiotas conseguiram o que tanto desejavam. Conseguiram fazer com que Sophie me odiasse e me abandonasse... para sempre...

°°°°

Podem pensar o que quiser... que eu estava ficando paranoico, obsessivo, o que fosse... porém, Sophie seria minha novamente, nem que eu tivesse que passar por cima do rei da Inglaterra.

- Me ouve, Brad! Vive a tua vida, deixe ela pra lá! Você é jovem, bonito, tem uma vida inteira pela frente!

- Não! Não posso viver sem ela, Alicia. Eu a amo.

- Isso não é amor, Brad, é doença!

- Seja o que for... eu a quero de volta. E eu vou te-la novamente, nem que pra isso eu tenha que rodar o inferno.

- Por favor, meu amigo, desencana dela, ela já deve ter refeito a sua vida.

- A vida dela é ao meu lado, ao meu lado, Alicia, pare de falar! Isso não vai me fazer mudar de ideia!

Passei os últimos anos tentando descobrir o paradeiro de Sophie. Havia se mudado sem deixar rastros.

Eu ia conseguir encontra-la, eu sei que ia... e aí ela não me escaparia... seria novamente minha... e se não fosse assim, não seria de mais ninguém!

Fim...

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Estou desnorteada que nossa estória chegou ao fim, mas de uma forma ou de outra isso iria acontecer não é mesmo?

Obrigda por tudo meus queridos leitores, pelo apoio.
Se não fosse por vocês, não sei o que seria de mim...

Bjinhos D.L

De Repente AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora