11 - Forever connected

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Sexta-feira

Base Avenger, 11h 39min p.m.

Depois da reconciliação com Steve, Natashase sentia até mais leve. Ele tentara incontáveis vezes lhe explicar que tudo o que queria era seu próprio bem e que foi tudo um acidente.

Talvez ela tivesse o perdoado por amor, ou talvez por pena da culpa que Steve carregava. Essa resposta estava nas catacumbas de seu inconsciente. Nem ela mesma conseguiria encontrar.

Na tarde daquele mesmo dia Natasha não quis subir mais um degrau em relação a Steve, dizia ela por causa da diferença de idades. Mas a verdade verídica era outra e estava bem longe dessa.

Desde que se lembrava de existir, lembrava da Sala Vemelha e da KGB. Natasha detestava contar sua história completa para as pessoas, por não querer parecer frágil e vulnerável. Para ela, o passado deve ser enterrado em seu devido lugar, no passado.

A jovem se apaixonou pela primeira vez, como todas as pessoas. Ela era introvertida, não insensível. O rapaz tinha sua mesma idade na época, era uma espécie de inspetor em treinamento da Sala Vermelha.

Ela se apaixonou perdidamente, mergulhou no amor.

Mas, como todos que nadam fundo demais, se afogou.

O garoto não a amava. Era tudo um teatrinho que a própria Sala Vermelha impôs para que ela aprendesse a nao se apaixonar.

Tudo, todos os momentos, sorrisos, o primeiro beijo, o carinho. Era tudo falso. O amor que era o único motivo da jovem se manter firme naquele martírio diário, seu único motivo de felicidade simplesmente não existia. Foi um dos (se não o maior) trauma de que se tem memória. Porque a dor física passa, cicatrizar. Mas a sentimental não funciona bem assim. E ela só tinha 13 anos.

Depois disso, ela se recuperou, mas tem receio de se magoar de novo. Claro, ela sabia que Steve jamais faria tal coisa como essa, mas ela via que o problema era ela, estava nela. Ela não sabia o que realmente era amar. Viveu como uma marionete todo esse tempo, não sabia ser ela mesma.

Agora ela estava refletindo sobre tudo sentada em cima de um dos edifícios mais altos da cidade observando o céu. Era lindo dali. As luzes da cidade, do céu... Ali ela se sentia finalmente em paz.

Natasha bem percebeu Steve bem atrás de si. Estava ali há cerca de 20 minutos. Ele tomou iniciativa e sentou ao seu lado.

S: É lindo não é?

N: Sem sombra de dúvidas.

S: Todos os problemas somem daqui de cima. Eles ficam muito pequenos para poder ver.

N: O mais impressionante é que, independente do lugar onde esteja, você pode ver. Isso me faz sentir tão...

N, S: Conectado(a)

Leram a mente um do outro e começaram a rir. Era um momento só deles.

S: Sabe como fica ainda mais bonito?

N: Ah não sei pode ter vários jeitos de...

Steve levantou repentinamente e segurou na mão de Natasha enquanto saiu correndo para descer do prédio, os dois rindo da atitude inesperada.

S: Vem ver!

Ready for me? || by Natasha Romanoff 😎💥⭐Onde histórias criam vida. Descubra agora