Capítulo seis

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O sono nunca foi fácil para Kylo, a fragilidade que residia em fechar os olhos e adormecer completamente exposto o aterroriza quando mais jovem. Antes de saber que quem o esperava para sussurrar ao seu ouvido era Snoke, o jovem padwan Ben temia fechar os olhos a noite

Até que um dia todos seu pesadelos se provaram reais, ao ser despertado pela luz esverdeada do sabre de Skywalker. 

Agora, sem Skywalker ou Snoke era ela que atormentava seu sonhos. A lembrança desvanecida de ser embalado contra seu peito, o cheiro tão conhecido e ao mesmo tempo tão distante, que Ben só consegui associar a maternal  as mãos delicadas, ainda assim com calos acariciando seu cabelo nos momentos de calma depois de um de seus pesadelos.

Esses sonhos, memórias, começaram a perturbá-lo logo após a morte de Snoke. Como se uma barreira em sua mente tivesse sido danificada, deixando as lembranças traiçoeiras passarem.

Kylo esfregou os olhos mais uma vez, nem estivera adormecido e quase podia ouvir as batidas calmantes do coração da mulher deitada ao seu lado, o braço do homem grande enrolado sobre os dois

não 

Ele Volta a se concentrar no datapad a sua frente. O relatório de Hux sobre onde a resistência podia estar, o suposto planeta, o melhor jeito de começar o ataque. Meia hora depois, seu cérebro é geléia e não havia mais nada que afugentasse o sono

Kylo se despiu da túnica grossa irritado, não se incomodando em por uma mais confortável. Se jogou na cama só de calças e adormeceu

Dessa vez ela estava lá sozinha, em pé, o sabre de luz de seu avô em mãos.

- Luke me contou tudo - ela disse ao vazio - pai - a mão dela desceu pelo estômago inchado, um carinho inconsciente - eu te perdôo


Uma raiva quente toma conta dele, ele quer gritar por horas com ela, perguntá-la todas as perguntas no mundo, culpa-lá por não impedir que a dor torcesse seu coração em algo sombrio e oco


- Ben, venha casa - ela pede, ela sempre o faz


É estúpido, não há nada mais para ele além da raiva, é o ódio que mantém Kylo Ren seguindo em frente, que esconde o tolo e fraco garoto que um dia foi Ben Solo

- não sobrou mais nada do seu filho - rebate

Venha para casa

- Você não precisa fazer isso - diz outra voz, mais suave, mas não menos familiar - eu posso sentir o conflito em você. Está te despedaçando. Ben, eu vou te ajudar.


- Saía da minha cabeça! - grita, o sonho se esvai. Kylo senta na cama, a suor frio por todo seu corpo seu coração bate dolorosamente em seu peito, a respiração vindo em jatos rápidos e irregulares fazendo sua cabeça doer  

Claro, há a força fantasma de seu avô parado no canto do quarto esperando por ele, seu espectro fantasmagórico banha o  seu arredor em azul. Anakin Skywalker, sem máscara, sem a glória pela qual Kylo foi doutrinado a perseguir

- Você ainda tem uma família, Ben

- Vá embora

- Ainda existe conflito em você, agora mais do que nunca

- Vá embora - repete, a raiva borbulhando na superfície

- Ben...-

- Esse não é o meu nome

- É, você é Ben solo, filho de minha filha Leia e Han Solo

- Ele está morto, eu o matei! - ele de pé agora gritando com o fantasmas, como um lunático

- Você fez, não muda o fato dele ser o seu pai. Nunca vai mudar

- Vá embora! - ele joga os braços a sua frente convocando a força, objetos saem voando, a estante entorta sobre a pressão. A dor o morde tão forte que trás lágrimas aos seus olhos Ben solo está morto, eu mesmo o matei repete a si mesmo

Ele interrompe o fluxo de poder, o seu quarto está parcialmente destruído, seu joelhos estão contra o chão a cabeça apoiada na mão, ele está sufocando em seus soluços, deixando o ar sair de seu corpo como uma canção triste

O fantasma de Anakin se foi


•••


Rey fica trancafiada naquele quarto por um dia inteiro depois que Ben se vai, depois das vinte e quatro horas as paredes sufocantemente pretas começam a se fechar em torno dela

Ela torce o pulso socando a porta, Rey convoca a força e a explode das dobradiças.

Ela não consegue ir mundo longe, já que Ren não foi burro ao ponto de deixar stormtroopers normais tomando conta dela, claro que não

São quatro de seus cavaleiros guardando o lado de fora de seu quarto

bom

Ela ataca, é o estúpido considerando que nem a sua confiável e antiga equipe está com ela. Rey nota o modo que nenhum deles faz menção a pegar as armas letais a seu alcance que talvez eles estão sobre ordem de não machucá-la.

Eles tentam então imobiliza, ela, uma mulher crescida no inferno de Jakku.

Ela derruba os dois primeiros, segurando o terceiro com a força. O quarto a deruba com um balanço bruto de seu cajado contra sua têmpora

Quando ela acorda horas depois, sua cabeça está em chamas e ela está em outro quarto. A porta é lisa sem nenhum tipo de maçaneta, provavelmente trancada por um código pelo lado de fora

Ótimo

Ela volta a dormir, sua cabeça doí e  não há nada que possa ser feito agora. A resistência tem que aguentar um pouco mais até ela se recuperar.

No terceiro dia, sua comida chega acompanhado de um homem alto e ruivo, o rosto torcido em desdém. Hux

- Ouvi sobre Ushar e seu destino - diz, a porta sem ousar dar um passo mais perto dela

- Quem?

Rey não desvia a atenção do bolinho doce que explode o céu na sua boca ela está enjoada, mas não deixaria de comer. Foda-se esse estúpido general a olhando como uma barata a ser esmagada sob seus sapatos lustrados até brilharem sua cara estúpida


- Ren quebrou seu pescoço, alegando insubordinação a sua ordens - zomba - eu vim ver com meus próprios olhos o dano que ele cometeu contra a prisioneira, não sem pedir a Ren primeiro, claro

Ela levanta a cabeça, a notícia batendo com um soco em seu rosto. O cavaleiro que lhe deu um inchaço dolorido em três tons diferentes logo acima de sua sobrancelha direita....está morto?

- Vejo que ainda está inteira - o general continuou cuspindo veneno - dois braços, dois pernas não vejo o real dano...

Então, a peça clica no lugar, Hux não está aqui para intimidá-la. Ele aqui falando bem alto ao lado dos cavaleiros de Ren como Kylo eliminou um deles, a sangue frio, como se fossem nada, cobra traiçoeira

Rey projeta a força nele, pegando os pensamentos logo na superfície para não alertá-lo de nada, o homem continua falando. São fragmentos, nada alarmante, mas está lá. A repulsa contra seu supremo líder, desconfiança que roda sobre a morte de Snoke. Sua fé em como Ben era a única coisa entre ele e a liderança da primeira ordem.

Sua fala é interrompida quando ela avança, ele percebe que Rey está em sua mente. Seu rosto se torna vermelho de raiva, quase tanto quantos seus cabelos. Ele da um passo em sua direção a fúria tomando conta dele por segundos

Rey se levanta, as mãos fechadas em punhos ao seu lado. Sua cabeça ainda roda como um carrossel, seu estômago se revolta. O general não parece notar, parando a alguns passos de distância, o dedo quase tocando o rosto dela


- nunca mais faça isso, sua puta - ele cospe - ou eu mesmo me livro de você, não importa o que Ren...-


A bile está subindo por sua garganta queimando seu caminho para fora. Ela se inclina involuntariamente e vomita no rosto furioso do general que solta um grito de horror

Rey continua a esvaziar o estômago no carpete escuro no chão. Hux está xingando, os cavaleiros que vigiam a porta correm ate ela evitando que sua cabeça bata no chão quando ela desmaia.


•••

Um cheiro doentiamente doce a acorda juntamente com uma picada a faz abrir os olhos a tempo de ver um droid médico retirando uma agulha do ferimento em sua testa.

- Ai! o que você está fazendo?! - ela se senta tentando se orientar. O droid que se aproxima de novo, cutucando o inchaço em sua testa - pare com isso - Rey afasta a mão mecânica com um tapa


O droid, L4S8 se apresenta rudemente. Está cuidando de sua concussão

- Oh, eu não sabia, desculpe

L4S8 bipa alegremente sobre como a injeção de bacta a terá inteira em poucas horas. Ela teve uma concussão foi leve, e o supremo líder estará aqui a qualquer minuto

Rey franze as sobrancelhas, o droid aplica uma bandagem de bacta sobre o inchaço, é quente contra sua pele aliviando parte da pressão em seu crânio.

- Obrigada

L4S8 bipa em concordância, dirigindo-se para fora do quarto resmungando sobre pegar roupas pra ela, só então Rey percebe que ela só veste uma grande blusa branca macia ao toque, que chega quase aos seus joelhos.

A porta se abre, Rey cruza as pernas com susto quando Ben entra de supetão no qaurto. Ele está imundo, sua capa e luvas se foram, sua rosto está coberto de sujeira, sangue e suor. A túnica preta grossa tem um rasgo no ombro onde mais sangue flui pingando no chão.

Rey está indo até ele antes que possa perceber, ele levanta a mão a mantendo na cama com a força

- Não

- Você....-

- Estou bem - descarta sua preocupação, quase não acreditando na emoção que ela deixa correr pelo vínculo deles - como está sua cabeça?

O rosto dele é uma máscara impenetrável

- Estou bem - imita

Os lábios dele se curvam em um quase sorriso, que é varrido de seu rosto tão rápido como veio. Ben vai até uma das paredes lisas de decoração tocando em um painel de controle que Rey não havia notado antes. Uma grande porta desliza dando passagem a outro quarto, quase idêntico ao que ela está, talvez um pouco maior.

Ben entra, navegando pelo espaço como se fosse seu, ele joga o sabre na mesa de cabeceira e se senta na cama para desfazer os cadarços de sua bota. É então que Rey percebe que esse é o quarto dele, e tem uma passagem para onde ela estava o tempo todo

Como ela não sentiu sua presença antes ? Ele estava escondendo sua assinatura na força mesmo enquanto dorme? Como diabos ele faz isso?

- meditação - sua voz atravessa a porta até ela

Rey corta a conexão, carrancuda,  ela puxa os joelhos até o peito não ousando espiar pela porta aberta. Ela ouve o baque de sua botas no chão, então passos se afastando. Outra porta se abrindo é um maldito labirinto 

Ela descansa a cabeça nos joelhos, com o som fraco de água correndo. Ela se permite pensar na resistência, superficialmente é claro

Apenas vislumbres de Finn e seu abraço calmante, Rose discutindo tão animadamente sobre qual seria a próxima parte da Falcon que as duas consertariam em seguida , Poe e seu sorriso torto e Leia, a mulher mais velha que a olhava profundamente em seus olhos como se soubesse de algo que Rey desconhecia  eu vou voltar para vocês, aguente um pouco mais 

Ela os minutos passarem, quase adormece com as memorias doces, e o som da água corrente 

Can you feel my heart?Onde histórias criam vida. Descubra agora