Azriel nunca achou que pudesse ser feliz. Nunca achou que fosse merecedor de um sentimento tão glorioso para alguém tão indigno quanto ele.
Sua vida sempre se resumiu a sombras, e por muito tempo elas foram o que reconfortaram seu coração partido. P...
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Não sei se o que mais tenho é sorte ou azar, talvez ambos. Mas no último ano com certeza foi azar.
Sendo mais específico, a um ano e nove meses desde a descoberta do meu laço de parceria com a rainha Sellene Whitethorn de Doranelle minha vida virou de cabeça para baixo.
E por mais que eu fale a mim mesmo que é uma coisa péssima, lá no fundo, algo diz o contrário.
Desde que Akinli, segundo filho de Feyre e Rhysand, e Serina Galathynius, primogênita de Aelin e Rowan descobriram ter um elo, tudo mudou. A frágil conexão que arrebatou nosso mundo por causa da ida de Taryn - filha dos Grão-Senhores da Corte Primaveril, e parceira de Anakin, herdeiro da Noturna - ao seu lar, ficou bem mais forte.
Pessoas que acharam que nunca seriam abençoados por tal dádiva encontraram seu par em outros mundos. Isso mesmo, outros mundos, após o embate com Lumiere O Conquistador, descobrimos inúmeros povos pela galáxia, e estamos tentando estabelecer boas relações, uns querem, outros não. Aster, a caçula de Rhys e Feyre está vagando e explorando eles, junto com Durakin seu parceiro.
Bom, eu nunca achei que poderia ser abençoado por um.
Engulo o líquido vermelho de uma vez só e peço para o atendente do bar trazer outro. Não quero mais pensar nisso.
Uma fêmea de cabelos loiros e vestido dourado curto que delinea cada parte do seu corpo para ao meu lado e também pede algo. Ela me olha de esguio, me limito a fazer o mesmo.
Ficamos assim até o macho trazer nossas bebidas.
— Old Winyards, huh? — pergunta, seus olhos felinos se voltando a mim e meu copo — Então até o Encantador de Sombras precisa esquecer as coisas.
— Me conhece? — ergo o cenho com um sorriso nos lábios.
— Quem não conhece o mestre-espião? — replica dando um passo na minha direção — Agora me diga, o que você quer tanto esquecer que precisa recorrer a bebida extraforte?
— Coisas — dou de ombros.
— Então deixe-me ajudá-lo — sua voz saí irresistívelmente sexy.
Encaro a fêmea a minha frente, é linda, e seria uma ótima distração para toda essa merda, mas... Meu corpo não reage a isso. Nada.
— É uma proposta tentadora — suspiro. — Porém, terei que recusar.
Ela se afasta, mas não perde o ar de divertimento.
— Todos sabem que tem um laço de parceria, deduzo que essa fêmea esteja ocupando seus pensamentos — especula.
— É — não nego fazendo uma cara de desgosto.
— Um conselho, Encantador de Sombras — pega sua bebida. — Fugir do problema não vai adiantar, e muito menos concertar seu amiguinho aí embaixo — pisca indo embora.