39.

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Eu penso que desistir seja o mais acertado... Ela não me quer – ele suspirou, derrotado
— Então, Francisco, não podes pensar assim tão pouco – a sua progenitora profere, ao telefone – eu sei que lá no fundo, a Luísa ainda te ama. Ela apenas precisa de tempo para se curar. Tu sabes bem a asneira que fizeste e ela não é rapariga de perdoar logo à primeira. Dá-lhe tempo, filho. Tenho a certeza que ela vai perdoar-te
E se ela nunca mais voltar? E se ela se tiver apercebido que não valho o tempo dela? Que só a faço desperdiçar tempo e atenção? Eu estou muito arrependido de ter dado trela à Catarina quando voltei. Não devia ter feito isso. Não na altura em que eu e a Luísa começamos a escrever a história mais bonita da minha vida. Eu sou um desastre, mãe. Nunca na vida conseguirei remediar o meu erro. Mas é o preço que estou disposto a pagar.

Depois de desligar a chamada com a sua mãe, Francisco Moura deitou-se na sua cama, começando a chorar. Ele odiava sentir-se assim. Nunca se sentiu daquela maneira com nenhuma rapariga. Ele amava mesmo a Luísa. E ele sabia que tinha feito a maior asneira do mundo.

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— Mas Luísa, tu sabes que não lhe deves nada e não devias correr atrás – Pedro soltou um pequeno suspiro
— Mas Pedro... Eu sei lá... Apesar de tudo, eu nunca deixei de nutrir sentimentos por ele. Penso que, por uma vez, devia tomar a iniciativa de querer reconciliar. Eu fui muito dura com ele, com razão ou não, mas honestamente eu não quero ficar sem ele
— Bem, sabes que, independentemente de tudo, eu apoio as tuas decisões. Nunca te irei julgar, e se queres dar o braço a torcer, então estarei ao teu lado sempre – ele deu um pequeno beijo na testa da sua amiga – estás a pensar em conquista-lo de volta como? – ele pergunta
— Bem... – ela pegou na sua guitarra – com o mesmo método que nos fez interagir da primeira vez. Com a música

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[...]

oh, oh, oh, love me when I'm gone
let me be the reason
let me be the one
oh, oh, oh, I'll love you all the time
be my one and only
baby, be mine

you'll always be my reason
so let me be the one

— Luísa? Isso foi fantástico! – Pedro diz, animado
— Achas que vai ser o suficiente para ele? – Luísa pergunta – achas que ele vai gostar?
— Acho, seria estúpido se não gostasse – Pedro diz e sentou-se mais perto da amiga – porque é que não falaste com o Mark ou com o Trincão sobre isto, antes de falares comigo?
— Porque eu já sei que me vão dar na cabeça. Sei que se falar com eles que me vão fazer mudar de ideias. Se der merda, deu. Nunca vou saber no que vai dar se não arriscar. Penso que preciso de tomar mais decisões sozinha e por mim mesma

Pedro abraça a amiga, orgulhoso do seu progresso. E Luísa abraça-o de volta, encostando-se a ele.

— Sabes, podíamos trollar mais um pouco os nossos amigos – Luísa riu levemente – estou a gostar do drama deles
— Realmente, é boa ideia – ele riu levemente – bem, vamos indo para o Bernabéu? Não queres chegar atrasada para veres o teu crush, pois não?

Luísa levantou-se num ápice para se ir vestir e ir, então, com Martelo para o estádio Santiago Bernabéu, em Madrid. Ainda teriam um longo caminho a fazer.

Music Sounds Better With You || Francisco Moura || COMPLETAOnde histórias criam vida. Descubra agora