6.Reino Dos vampiros

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AYRA:

Estava andando pela floresta, suspirei cansada, a floresta estava ficando fria, iria chover. Observei a minha frente, lá estava a nossa Mine cabaninha, entrei estava no mesmo jeito que deixamos naquele dia. Sentei numa das poltronas, sentindo o tecido nos meus dedos. Não sei o dia de amanhã,mas garanto uma coisa, ele vai ser igual a hoje, só vai mudar o que eu irei fazer. Olhei a luz do sol entrando pela janela, a casa estava vazia e silenciosa, uma paz incrivelmente boa. Fechei os olhos deixando minha mente pairando sobre o nada. Precisava voltar, abri os olhos observando o teto de madeira, não posso fraquejar não agora, ainda tenho que levantar, ainda tem povo que depende de mim. Andei até o meu quarto, peguei uma mochila minha e coloquei, meu sekin é uma caixa com três gargantilhas( uma gargantilha que ao ser acionada, se transforma numa roupa especial, para combate, além de invocar armas que estejam conectada a ela) uma preta, outra vermelha e uma branca, coloquei a gargantilha branca no pescoço e guardei a caixa, meu grimório, peguei uma maletinha que tinha bem escondida num piso solto, dentro dela só tinha 3 injeções com um líquido branco. Merda. Só teria 3 semanas, antes que o soro acabasse. Peguei uma das injeções e apliquei na veia no meu braço, meu corpo recebeu uma onda de choque, mas logo retornou. Guardei a caixinha dentro da minha bolsa, junto com uns roupas e minha armas. 

  Deixei a bolsa na sala e fui até a cozinha, preparando algo pra eu comer, já que não toquei naquela comida, assim que estava pronta, me alimentei e voltei pra o quarto pegando meu celular dentro de uma cômoda. Olhei a lista telefônica e olhei os nomes passar, parando em um em especial. Liguei e fui até a geladeira pegando uma garrafa de vinho.

- a quanto tempo Ayra- ouvia voz que reconhecia no telefone.

- digo o mesmo.

SEBASTIAN:

Fazia mais de 50 minutos que a Ayra tinha saído, o senhor Hiverd já surtou ao saber da saída da Ayra, avisei a Ian e ele aceitou bem mesmo com um pouco de relutância. Sei que a Ayra tinha contatos em todos os reinos, além de que ela sumir assim não seria a primeira vez.  Fiquei sem fazer nada andando pela residência em quanto Ian brigava com o pai na sala. Fui na cozinha e encontrei a senhora Hiverd, ela estava lavando os pratos diatraida.

- ah- ela falou ao se virar- que susto você me deu.

- não foi minha intenção- ela voltou a lavar os pratos.- posso ajudar a senhora?

- ah, agradeceria- fui ao seu lado enxugando os pratos e guardando.- quantos anos você tem?

- 23- ela me olhou espantada.- pode não parecer ,mas é, eu sou o mais velho desta dupla.

- então vocês dois já?- neguei com a cabeça.

- não, ela é como minha irmã mais nova, mesmo não precisando de  proteção, precisa um pouco de juízo.- revirei os olhos lembrando dos planos mais mirabolantes dela.

- vocês já mataram?- estranhei a pergunta.

- já, mas,  estamos tentando uma vida nova, uma vida normal, sem esse negócio de matar por alguém, só matamos por um motivo, não somos assadinhos a sangue frio, bom, uma parte- engoli em seco lembrando do nosso passado. logo ouvi que os gritos na sala aumentaram.- são sempre assim?- ela concordou.

- é, eles sempre ficam se desentendendo, nunca podem ficar no mesmo cômodo sem brigarem, sempre tiveram ideias diferentes, mas o bom é que eles saem de manhã até de tarde aí você não vai ter que aturar eles direto.- falou com um sorriso gentil.- e como é você com a Ayra?

- Nós brigamos ,mas 5 minutos depois estamos lutando um do lado do outro. Precisamos um do outro pra sobreviver, então quase nunca machucamos um ao outros, mas se machucar é de brincadeira.

- Como, como ela suporta? - a olhei confuso, sua expressão era meio deprimida, ela apertou os lábios um contra o outro.- ela tem todas as pessoas ao redor que a odeiam né?- concordei- como ela é forte daquele jeito? Como ela ainda sorrir como se nada tivesse acontecido? Como você consegue sorrir?

- realmente, não sei- pensei na Ayra, isso era verdade, sobre nós dois, depois que tudo que aconteceu, cada guerra, quando quase morremos um nós braços do outro, não teríamos um legado pra deixa, não um bom pra as pessoas se orgulharem.- sorrimos porque, já perdemos demais nesta vida, tanto eu, como ela, sorrimos porque queremos aproveitar cada segundo que temos, porque não sabemos quanto pode acabar, quando este céu azul, pode escurecer e um de nós, nunca mais acordar.- ela me olhou com pena. Sorri gentilmente pra ela.- não se preocupe conosco. Sempre vivemos assim- neste momento os pretos já tinham terminado, a ajudei a guardar.

- bom, desejo uma boa sorte pra vocês lá no reino dos vampiros, por favor, eles são temperamentais, tenha paciência com eles.

- farei o que for possível, senhora Hiverd- falei e ela só agradeceu, sai voltando a sala, aonde Ian já estava sentado, com Daniel e o Léo do lado, o Jonas( ex supremo), estava sentado numa poltrona, provável cansaram de discutir.

-Então já prontos?- uma voz veio atrás de mim, levei um susto, olhei e vi que era a Ayra.

- Maldição, Ande e faça barulho!- ela riu do meu susto, os outro já se levantaram.

- Aonde você estava!- Jonas gritou pra Ayra, ela como sempre nem ligou, ela estava com um manto preto, seu corpo era o verdadeiro, por incrível que pareça ela preferiu continuar com o corpo original, sua roupa de caçadora armada, com armas visíveis e oculta aos olhos. Seus olhos heterocromaticos me encararam, suas olheiras eram visíveis , deveria está tendo pesadelos denovo.

- vamos supremo?- ela falou com toda graça felina na voz, um jogo de provocação entre os dois, as vezes chegava a ser interessante observar.

- primeiro as damas- ele falou com um tom de voz um pouco mais rouca. Ela saiu andando em direção da porta da frente.

- mas os carros estão na garagem- o Léo tentou falar.

- e quem disse que vamos de carro?- ela falou, observei que quando se movimentou um colar com uma pedra roxa , um fragmento de portal, dava a ela o poder de criar portais.

- Ahhh não!- falei, portais me deixavam enjoados e com tontura.- Não vou por um portal.

- então irá a pé- ela estendeu a mão na frente e um portal surgiu.

- você é bruxa?- Ian perguntou.

- mais ou menos, agora entra lobinho- a olhei confuso quase rindo da cara de Ian- vamos lobos!

- sabe que posso ordenar que vá pra uma cela por desrespeito a mim o pai do supr- antes que ele tivesse chance de terminar ela abriu um portal e falou.

- Ou entra ou sai do meu caminho, você escolhe- ela falou bem na cara do Jonas, ela estava estressada. Seu corpo estava tenso e sua voz dura.
Algo aconteceu? Perguntei pela nossa ligação, ela respondeu sem me olhar,nada demais.  O Ian entrou e logo os outro foram, o Jonas foi o último.

- deve ser novo pra ele receber ordens suas- ordens de uma mulher. Os lobsomens tem tendência de que as mulheres são inferiores aos machos. Ayra odiava esse dilema que ela era inferior a qualquer macho, não quando ela era a mais forte.

- bom,ele vai ter que se acostumar, aqui- ela estendeu a mão e tinha um colar, com um pingente de uma pedra vermelha igual a gargantilha dela, nossas armaduras.- vai precisar.- o coloquei e entrei no portal.

Estávamos na frente dos portões do reino dos vampiros, os guardas estavam apontando as armas pra o supremo e os acompanhantes dele. Assim que me viram as armas se voltaram pra mim, junto com seus gritos.

- Se ajoelhe invasor- sorri de lado quando Ayra surgiu do meu lado, o portal atrás de mim se desfez, Ayra estava de capuz, mas isso não impediu de que eles sentissem seu cheiro e se afastassem com medo.- quem é você?- ela retirou o capuz observando todos atentamente, com aqueles olhos que nunca deixavam nada escapar.

- Diga ao rei que eu cheguei um pouco mais cedo.- ela falou com qualquer disisteresse. Os guardas estavam com as armas tremendo nas mãos

A Caçadora & Os Supremos (Concluído- Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora