7. O castelo

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AYRA:

Assim que abaixei meu capuz a reação dos guardas não foram incomuns pra mim, medo, pavor e uma tremedeira. O comandante fez uma reverência pra mim, mas nem liguei, afinal não era rainha nem nada pra isso, nunca gostei de reverência. Suspirei, esperava que suas reações seriam diferentes.

- Senhora, por favor nos siga- o comandante falou, mesmo tentando manter a postura, dava pra perceber seu medo nas palavras. Concordei com a cabeça e andei logo atrás dele, o supremo e os outro logo vinheram mais trás, Sebastian estava do meu lado. Andamos por dentro da floresta pegando um atalho.

- qual seu nome comandante?- perguntei quebrando o silêncio.

- Salles, Victor Salles- falou, eles tinha um porte atlético por baixo da roupa de soldado, com algumas insiguinas no peito que diziam sua patente, seu cabelo era castanho e seus olhos castanhos escuros.

- Ayra- falei e ele não sabia como responder- como anda a patrulha?- ele parou um momento pensando em considerar se dizia ou não sobre o relatório que escreveria todo o dia pra o rei.

- bem, sem nenhum movimentação estranha, além de sua chegada- falou gentilmente. Deixei tudo em silêncio, mesmo querendo saber uns coisas, chegamos rápido as portas do fundo do "castelo", bom era uma mansão a moda clássica, linda e esplêndida. Entrámos.- ele espera sua visita na sala de reuniões, presumo que saiba aonde fica.- seu tom afiado se fez presente.

- sei, mas guardaria esse tom pra você mesmo, gosto de coisas clássicas, não a queria sujar de sangue.- falei andando pelo corredor já conhecido, o piso de madeira, as paredes decoradas a moda antiga, o comandante ficou pra trás. Subi uma escadaria, até um corredor um pouco mais iluminado que o resto da casa.

- então como acha que é voltar aqui?- uma voz veio do meu lado, uma bem conhecida.

- esqueço como era tão fechada.- falei, o rei dos vampiros estava do meu lado, seus olhos eram vermelhos e deu cabelo negro.- e como você parecia o conde drácula.- ele riu.

- vamos?- falou pra mim e pro resto dos que me acompanhavam. Ele entrou numa das portas do corredor, ainda tinha uma mesa ampla com várias cadeiras, mas diferente do resto da casa, a decoração era mais atual, a mesa era de vidro e as cadeiras pretas de escritório, uma parede com apenas 4 janelas, rodas fechadas. Sentei numa cadeira qualquer, o rei e o supremo sentaram na cabeceira, o Jonas ficou do lado do filho e Leo e Daniel sentaram do lado direito do Ian.- creio eu que está reunião não foi pré relembra os velhos tempos?- falou pra mim, observei as janelas.

- os velhos tempos eram horríveis.- argumentei, Sebastian se sentou do meu lado, permanecia com cara de paisagem, deixei transparencer desenteresse.

- então me diga Ayra, como a lenda viva, sobrevive a uma queda de uma cascata, toda machucada, com uma flechada?- ele falou, o jogo do reino dos vampiros era a provocação iguala ao do reino das fadas era a sedução, eles te conduzem ao erro.

- acredite que até agora nem sei- falei, estava entrando em seus jogos.- mas, vim aqui pra falar de motivos mais complicados que minha vida. Um acordo de paz.

- antes, uma pergunta- apoei os cotovelos nas mesa e o olhei com todo meu desenteresse em sua pergunta, mesmo assim ele continuou- então é verdade que Ayra a caçadora a lenda viva, está sem poderes?- ele falou com um toque de diversão. Ri de sarcasmo.

- estou- uma carta entregue, eles estava tentando me atingir-, mas continuou mais mortal que antes, agora minha pergunta, como anda suas barreiras?- vi sua respiração vacilar. Anos atrás fiz um acordo com ele, ergui barreiras em varia e vários reinos um deles foi a dele, assim que meus poderes selaram as barreiras caíram.- queremos uma cordo de paz, nada demais, quero o cessar fogo permanente ente o reino dos lobsomens e os dos vampiros.

- lhe devo minha vida e a do meu povo- ele falou, deixando a armação e qualquer que fosse o plano dele de início de lado.- o acordo está feito- ele olhou pro Supremo- acertaremos os detalhe depois, fiquem se precisar.- ele dirigiu o olhar pra mim.- preciso conversar com você, a sós.- falou pra todos presentes. Um convite de amigo pra amigo, sem negócio de reis ou inimigos. Concordei e ele se levantou saindo pela porta, ao me levantar, senti uma pontada de dor e a exaustão do meu corpo, mesmo assim me mantive firme. Sai e ninguém me empediu quando segui o rei, ele foi até um dos cômodos mais afastados e talvez o meu predileto, adentrei no cômodo, era a biblioteca, grande, sempre limpa e esbelta com todos aqueles livros, que contariam várias e várias histórias, ele parou na frente de uma vidraçaria, parei ao seu lado, não deixando meus olhos disfrutarem da vista daqueles maravilhosos livros. A vidraçaria dava pra uma floresta, estava chuvendo.

- pretende voltar?- sabia que ele se fala quando a vida de caçadora.

- não, estou só de passagem.- falei e seus olhos vermelhos me olharam, como se estivesse se relembrando só meu rosto.

- Cuidado, pode ser que algo a atraia pra dentro desta vida denovo. Ayra, você já fez demais por eles, por mim, perdi as conta de quantas vezes você correu pra alinha de frente por mim e por meu povo.- ele respirou fundo.- você era pra mim um botão de emergência, quando te vi virar as costas foi aí que a real caiu. Quando a barreira caiu, foi neste momento, em que todos os reinos, sabiam, que perdemos você e olha aqui, você denovo. Não sei como está viva, mas sei que isso a custou muito caro, ou estou errado?- senti um aperto no peito lembrando só meu poder, de uma parte de mim. Não respondi sua pergunta.- então sim.- ele suspirou- um conselho de um vampiro de mais de 400 anos. Cuidado com sua bondade, ela pode ser usada contra você.- só concordei- Ayra- antes dele continuar, a terra vibrou, as estantes por um breve momento tremeram.- um ataque- senti meu colar pulsar.- Ayra você não precisa ir, acabou.- o olhei ele estava falando sério, entendia a rigorosidade das suas palavras mas isso era maior que eu.- Acabou Ayra- Não.... Não acabou.

A Caçadora & Os Supremos (Concluído- Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora