27. Viagem

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AYRA:

Estava no avião, por o bem que ainda habita neste mundo, o ithan teve que ir primeiro com o pai em outro avião e eu fui mais atrás atrasada num jatinho particular que nem sabia que o Deimon tinha, cortesia da Layla por me fazer ficar mais no trabalho e dispachar o Ithan.

  Me acomodei no avião que voava por cima das nuvens, eu já voei com minhas  assas, era uma sensação de liberdade incomparável, mas neste momento o que me prendia não era material, não era uma corrente ou uma cela, era interno, eu estava destruída internamente, meu mundo desabou sobre meus pés e a chance de reconstruir qualquer sensação que tive de pelo menos sentir a paz interna, está numa maca de hospital entubada e sobrevivendo a base de máquinas, todas minhas 4 chances. Meus pés se moviam durante o dia, mas não sentia como se fosse eu, me sentia presa em uma gaiola de tristeza, culpa e angustia.

  Sentimentos demais pra eu começar a siquer ligar, eu sentia como se tivesse uma arma nas minhas costas, se eu baixasse a guarda e deixasse tudo o que sinto me inundar, a escuridão tomaria meu corpo e eu viraria uma fera bestial que tanto temo. Uma arma no meu coração, em que penso na possibilidade de que... eles não vão acordar... Outra arma na minha cabeça, aonde se eu vacilar um passo Hector usa a informação pra me tirar do poder e matar os supremos e o sebastian... Outra arma bem na minha nuca, aonde eu tenho que ser perfeita, forte, destemida e relativamente inquebrável, para a população não entrar em desespero e resolver os ataques demoníacos que tão ficando cada vez mais frequentes.. todas as armas prontas para disparar, um mísero passo em falso, uma mísera vez em que minha máscara escorregar, não sei qual das armas será a primeira a puxar o gatilho.

  Isso sem contar o rastreamento que tô tentando dá um jeito na Sucumb, que organizei junto com uma equipe com o Clark. Ainda tinha o problema do demonio do meu passado que tinha voltado.

Flashback on.

  Estava no meu escritório, revendo a papelada antes de enviar tudo, ouvi meu celular vibrar, o peguei rapidamente, pós poderia ser algo do hospital, talvez tivesse alguma melhora, mas minha ansiedade foi apagada quando abri e vi que era uma mensagem de um número desconhecido.

Xxx:Olá baby girl

  Senti meu coração parar e errar algumas batidas, minha mão no celular tremia, não poderia ser, não.. não... Não poderia ser... Me sentia engolida pelo próprio desespero.

Ayra: Akise?

  Demorou um pouquinho, mas logo o vi digitando, por favor, suplico que isso seja só uma brincadeira de mal gosto de quem quer que for.

Xxx: vejo que não se esqueçeu do meu nome né princesa?

Eu deixei o celular cair na mesa e respirei fundo. Não poderia ser eu tinha o matado, bom, não matado, o deixei lá e ele deveria está morto a essa altura, na verdade seu corpo em decomposição.

Ayra: como?
Akise: Ahhh baby, como sempre muito apressada, só vim dá um Oi pra você, bom bem que poderíamos nos encontrar pessoalmente, mas, não creio que você seria um boa garota e me deixaria sair ileso né?
Ayra: você morreu...
Akise: Morri mesmo?

  Então eu senti, o ar estava diferente, o ambiente tomou um tom mais sombrio, uma aura pesada estava suspenda no ar. Olhei ao redor, a lua do sol tava opaca, minha sala estava parecendo que saiu de um filme de ferro macabro. Eu estava num Lupe de tempo, é um local fora da realidade, aonde você ficava preso até que quem criou o Lupe queira que você saia. Olhei a o redor e nada, olhei pra trás e vi o céo estava negro, parecia que estava no setealem.

A Caçadora & Os Supremos (Concluído- Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora