4. Minha História(Rv)

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AYRA:

  O meu companheiro me levou até o segundo andar, o silêncio era atordoante entre nós, embora eu não quisesse quebrar esse silêncio. Logo paramos na frente de uma das portas, ele a abriu e vi meu quarto(multimídia).Era lindo, permiti mais uma vez uma pequena surpresa, uma mão tocou levemente meus ombros.

- não sabia se seria do seu agrado, mas pode redecorar ele como quiser- só assenti .- bom acho que vou deixar você um pouco a sós.- segurei sua mão antes de saísse, seus olhos cor de mel me encararam, suas mãos eram grossas, mas ainda sim gentil .

- eu ainda não sei sei nome.- feliz encarando seus olhos, ele deu um leve sorriso, senti meu rosto esquentar.

- Ian, meu nome é Ian.- não tinha mais nenhum assunto que o fizesse ficar, também não diria logo de cara pra ficar por que sua presença me dava conforto que eu precisava.- bom, acho que já vou- só essenti e ele se foi. Seu cheiro ainda estava presente, mas fraco.

   Observei o quarto, tinha, um closet, com alguns roupas femininas, ainda estavam com etiquetas, foram compradas as pressas. Outra porta dava pra o banheiro, outro luxuoso banheiro, pra me surpreender.

 Outra porta dava pra o banheiro, outro luxuoso banheiro, pra me surpreender

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 Poderia admirar a luxuosidade do quarto, mas não tinha cabeça pra isso. Sem poderes, sem armas, além dos meus punhos, me sentia totalmente desprotegida, no espelho do banheiro dava pra ver meu estado deplorável. Cabelos despenteados, suja de terra, com o vestido da noite passada, os selos agora estavam a mostra, senti uma pontada de vergonha pelos selos que se escancaravam em meu corpo. Tranquei o banheiro e me despi, entrando no bom  e ligando o chuveiro, deixei a água escorrer, sentindo um fragmento de memória vindo me atormentar.

Flashback on.

As correntes eram tão familiares a mim, a escuridão da minha sela  me atormentava dia após dia, sentia as paredes me sufocaram, meu poder foi tirado de mim,  a dor nas minhas costas era insuportável, gritei e implorei noite após noite, agora estava jogando neste chão frio, sentindo cada latejar dos ferimentos abertos, como lembrança das palavras que reverbavam em meus ossos. Em cada uma dos meus braços, palavras foram cravadas com adagas de prata, pelos torturadores. Monstro, vadia, demônio, Caído, fracasso, inútil, assassina, ladra,.... Cada uma latejava, mais uma vez, as correntes foram puxadas, mais uma vez, fui arrastada, mais uma vez, estava naquela sala branca, presa naquela cadeira, um cano de ferro foi colocado na minha boca até minha tranquei, me engasguei, tentar gritar e me debater pela dor já não sentia mais nada.

- Sabe- um dos homens de jalecos, se aproximou de mim.- hoje estava pensando em um jeito novo de nós entretermos- falou com aquele sorriso sarcástico, olhei pra lâmpada sobre mim.- Acho que seu ferimentos devem doer né?- lágrimas escorreram, dessa vez nem tentaria a impedir.- sabe a machucamos fisicamente, de todas as maneiras, mas e psicologicamente, só fizemos pequenos ferimentos.- eu sentia agonia sabendo o que viria. Um homem de túnica azul, estava na sala, o capuz foi retirado, seu rosto era idoso, seu sorriso cruel, eu era sua presa, minha mente era o que ele atingiria.- acabe com ela.

A Caçadora & Os Supremos (Concluído- Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora