A Caçadora & Os Supremos (Concluído- Revisão)

70.Pedido

AYRA:

Assim que contei tudo ao Kroni, ele já tinha vestido uma bermuda, como eu já estava chorando com a dor de perder uma mãe, ele me abraçou e me levou pra cama, me deixando ficar encima do seu peito e fez carinho no meu cabelo, deixando eu por tudo o que sentia pra fora, chorar, me lamentar e esperava calmamente em quanto desabafava tudo pra ele.

- eu- falei com a voz falha de tanto choro- eu não queria isso, queria que tivesse outro jeito- falei me sentando em seu abdômen e o olhando- era pra ter sido eu.

- não era pequena, ela quis que você vivesse, ela se sacrificou porque ama você- ele a falou segurando mina cintura e se sentando, ele limpou minhas lágrimas- ela não iria querer te ver chorar.- ele falou e me deu um selinho.

- e você?- perguntei e ele se apoiou nos braços inclinando o corpo pra trás e respirou fundo- desculpa eu- ele me cortou.

- não relaxa, esta tudo bem- ele respirou fundo e se deitou, me olhou com carinho, pegou uma mecha do meu cabelo e ficou brincando com ela- como você sabe somos bastardos, minha mãe tentou nós esconder do nosso pai, mas ele conseguiu nós encontrar. Me lembro muito bem desse dia, dos gritos da minha mãe em quanto foi arrastada pelos guardas.- ele parou um momento ,mas voltou- nós ficamos numa cela escura longe da minha mãe, quando saímos, foi pra assistir minha mãe ser torturada em publico- ele falou e vi que se corpo ficou tenso e seus olhos tristes- eles a levaram pra um palanque e arrancaram suas roupas em publico- ele travou.

- não precisa falar- falei e ele me olhou, seus olhos tinham tantos sentimentos misturados que não consegui descrever o que se passava atraves dele. Coloquei a mão em seu peito, sobre seu coração.

- eu era pequeno, Karvem também, foi nesse dia que atraímos a tenção do nosso pai. Quando nós transformamos, nos soltamos das correntes e tentamos salvar nossa mãe.- ele engoliu em seco- nós voltamos pra cela, não conseguimos salvar ela, eles nós espancaram antes mesmo de um de nós pudesse chegar ao palanque. Só recebi a noticia que ela estava morta, desde em tão eu jurei que mataria o culpado, como ele se interessou por nós, mesmo que essa ideia ainda me faça ter enjoo, eu e o Karvem trabalhamos pra ele, deixamos que ele nós treinasse, passamos por coisas ruins, terríveis. Porém só fizemos isso, pós naquele dia eu percebi que sem treinamento adequado ou sabedoria, experiência não conseguiríamos sair dali e morreríamos. Nós fizemos isso e trabalhamos pra aquele desgraçado, aprendendo o que podia, até nós tornarmos invencíveis. Foi nesse dia que o rei colocou os olhos em nós e mandou um servo pra dá a proposta de assassino do rei e de general. Escondemos isso e na noite perfeita, Karem e eu, nós sequestramos o desgraçado que matou nossa mãe e passamos semanas o torturando e o fazendo pagar por tudo, um mês de tortura, pra que eles começassem a suspeitar de nós e então, tivemos que o matar por fim, fugimos pra o castelo do rei.- tentei processar tudo o que ele dizia, ele sofreu muito, muito mesmo. O abraçei forte, tentando de algumas forma consolar.

- eu sinto muito- falei e ele retribuiu o abraço, afundando o resto no meu pescoço e inspirando meu cheiro.

- eu também- ele falou com a voz rouca- mas temos que aprender com o passado e continuar a viver o presente, o tempo não para- ele falou e se afastou um pouco pra me ver- eu amaldiçoei minha existência todos os dias, me culpei, não tinha emoção, nenhum sentimento, minha vida era vazia até você chegar e a dispencar de ponta cabeça. - ele beijou minha testa- você chegou como um furação bagunçando tudo em minha vida e em minha emoções. Agradeço aos deuses por ter te encontrado. Graças a você tudo é diferente, você me tirou daquele lugar, você me permitiu viver, mas eu descobri que eu não conseguia viver longe de você, você era minha vida, minha paz e minha felicidade. Obrigado por me escolher e me mostrar o que é o amor outra vez.- eu o beijei apaixonadamente e tentando demonstrar todo o meu amor e carinho.