A Caçadora & Os Supremos (Concluído- Revisão)

56. Kroni

AYRA:

Seguia o Kroni por uma escadaria estreita até o subsolo, Quando chegamos a base, era um amplo corredor cheios de salas com portas de metal, aparentava ser um calabouço, ele seguia calado ao meu lado, nunca consegui tirar uma dúvida, como um homem tão grande tem passos tão leves? Algo me retirou dos meus desvaneios, algo como se me chamasse, sussurase meu nome no ar. Olhei pra o lado pra uma das portas de metal, de onde vinha os sussuros.

- o que tem atrás dessa porta?- Kroni parou e se virou pra mim com sua graça imortal. Ele abriu um sorriso e seguiu pra porta, ele tocou e seu poder negro correu pelo metal velho e enferrujado e então um clique baixo, a porta estava entre aberta.

- descubra- olhei pra ele e seu semblante era passivo, me aproximei da porta e os sussuros ficaram mais fortes.

Kroni se afastou da porta pra me dá espaço, toquei o metal, mas não senti a presença de alguém, mas de algo. Assim que abri vi uma espada, ela estava no meio da sala cravada no chão e correntes envolviam elas, a fixando no chão. O curioso não era esse fato, mas o que ela se parecia com Damaris, minha espada, era um réplica, mas bem feita, a lâmina era negra e o cabo roxo. Me aproximei da espada e os sussuros pararam, andei em volta dela procurando algumas armadilha, mas Kroni não era Akise, mesmo que sustentasse essa calma Inabalável.

- Damaris, A matadora de demônios, você possui a réplica dela- ele falou, fiquei atrás da espada de frente pra ele que estava encostado na parede me observando- Essa é Damaris a primeira espada forjada com sangue de demônio por um Feerico e dada a primeira líder alada das bruxas vermelhas, a lenda fala que quem conseguir erguer essa espada poderá montar o Grande dragão que se esconde nas cavernas ao alto da maior montanha- ri com sarcasmo.

- acha que posso erguer essa espada e montar em um dragão?- Perguntei com deboche, ele sorriu, um sorriso que fez minha respiração vacilar.

- Você levantou a réplica dela, a empunha como se fosse igual a qualquer outra espada e quando estávamos passando você se interessou por essa porta e pós mais nenhum outra quando todas são iguais- ele contou só fatos- não acho tenho certeza.

- e se eu levantar? O que vem depois? Monto num dragão?- perguntei com um sorriso de lado que ele retribuiu.

- Você disse que queria um exército, o que melhor que uma dinastia de bruxas vermelhas super treinadas e letais em cima de dragões?

Ele falou e indicou a espada com o queixo, me incentivando a levantar, segurei seu cabo e era como se uma corrente de eletricidade fraca passasse pelo meu braço despertando e tateando atrás de meu poder. A levantei com facilidade as correntes deslizaram por sua lâmina, caindo no chão com um estrondo e por um momento era como se eu sentisse a força vindo da espada se unindo com a minha. Kroni me olhava e algo brilhava em seu olhar, satisfação e orgulho.

- me leve até o clã das bruxas vermelhas.- falei com a voz firme.

- levarei, vamos a tarde quando Karvem chegar da missão, até lá- ele falou se aproximando de mim, tocou uma mecha de meu cabelo e me dando um beijo na testa- irá se alimentar melhor pequena, vamos?

- aixeeee eu ergui uma espada lendária, só quero ir logo e montar num dragão- falei saindo arrastando os pés, ele riu, uma risada grave e profundo, chegava até ser sexy.

- primeiro sua saúde pequena, Depois você pode montar em mil dragões e erguer mais cem espadas lendárias- ele falou segurando minha mão e me guiando pra fora do subsolo, mas bem no meio da escadaria ele parou e se virou pra mim.- pequena.

- hum?- perguntei distraída.

- não precisa conter tudo dentro de você- olhei pre ele, seus olhos verdes me olhavam com carinho, não compaixão ou pena, mas carinho e uma assombrosa aceitação.- Sei que está acontecendo algo dentro de você, algo ainda atormenta você.- ele se sentou no degrau da escadaria e deu um tapinha pra me sentar do lado.- me diga pequena porque seu olhar está tão apagado e sem vida?