NOTAS DA AUTORA:
Cá estou eu novamente, então... Essa ideia me surgiu do nada sem muita pretensão, só o princípio dela me veio a mente. Pelo menos um esboço e eu fui fazendo e acabou ganhando forma, eu espero que vocês gostem. Dito isso... Boa leitura ;)
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Ela sentia a brisa gélida soprar seus cabelos e seu olhar melancólico estava lá embaixo, seus pés não balançavam e a visão nem era agradável, sentia o frio em sua barriga e a sensação de limite parecia lhe chegar como uma espécie de dormência. Ora tome coragem. Ela pensou. Sua vida acabou mesmo. Acrescentou seu subconsciente com quem discutia bastante ultimamente.
O coração também se manifestava, esse tinha medo, batucava mais rápido do que normal. Oh pobre coitado. Ela pensou, queria ter coragem mesmo para fazer o que você teme nesse exato momento. Ah como queria, soltou uma lufada de ar sentira seu peito doer após isso, por que comigo? Adiantava perguntar?
A droga já estava feita, a vida já estava azeda. Ela inclinou-se um pouco mais para frente e seu coração que já batia rápido começou a bater ligeiro demais, quase em pânico, e com certeza ela devia estar mais pálida do que o normal.
Medo. Medo. Medo. Medo. Medo. Medo. Essa era a palavra que ia e vinha de maneira desgovernada em sua mente, tão caoticamente como o trânsito da Índia. Sua boca estava seca, mas ao mesmo tempo tinha um sabor amargo, por que ela não era impulsiva?
Por que estava quase sempre tomando tempo demais para tomar uma decisão? Para fazer algo? Ah sempre fora assim. Ela lembrava-se muito bem de quando ia comprar doces com a família para dar para as outras crianças no Halloween. Sempre ficava indecisa demais.
Todos aqueles doces, todas aquelas embalagens, aquelas cores misturando-se como se dissessem que para ser perfeito seria necessário que exatamente todos fossem levados... Ela sempre saía da loja um pouco insatisfeita. Porque embora na maioria das vezes comprassem de forma variada, sempre ficavam doces que deveriam ter sido comprados.
Você não serve para viver. Você não serve para morrer. Você não serve para se amar. Então para que você serve? Ela se perguntou mentalmente irritada com toda aquela complicação. Viver é uma droga, pensou como uma garota birrenta. Agora! Avisou seu subconsciente como quem pede para que ela fizesse aquilo naquele exato momento, como se se não fosse naquele momento não poderia ser nunca mais.
-Oi... Moça...?
Ela ouvira e assustou-se dando certo sobressalto escorregando e pronto. Ela pensou enquanto escorregava praticamente em câmera lenta. No final das contas uma estranha fez o que eu não tive coragem. Ou pelo menos ajudou no processo.
Mas ela estava errada. Sentira que sua cintura fora ligeiramente agarrada e em seguida foi arrastada para trás e acabou caindo por cima de alguém, provavelmente da estranha já que não sentia o chão duro contra suas costas. Ela levantou-se sentindo o coração subir-lhe a garganta ainda atordoada pelo momento sentia-se assustada, não podia negar.
-Você tem um jeito esquisito de apreciar a paisagem.
A estranha comentou com um pequeno sorriso levantando-se em seguida.
-Eu não... Estava apreciando a paisagem.
-Oh não?
A outra perguntou de volta, mas não estava surpresa com a negativa. Ela não pensou mesmo que aquela moça estava apreciando alguma paisagem quando a vira há uma distância considerável em meio a sua caminhada naquela noite quando, saíra para espairecer.
-Eu estava tentando ser covarde, mas eu sou covarde demais para ser covarde. Eu não quero morrer, deixar de existir. Eu só quero que as coisas deixem de ser assim e que pare de doer.
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Ao Acaso • SuperCorp
FanfictionKara Danvers estava desiludida da vida, o suficiente para tentar desistir dela uma vez que sentia que já não era mais a mesma desde que recebera certo diagnóstico. Mas ela não imaginava que a brisa que lhe soprava os cabelos naquela noite borrada e...