18 ↬ Four days

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Madison Hudson Point Of View.

06:04 p.m.

Brooklyn, New York.

"Não diga, não ouse dizer. Uma simples respiração vai quebrá-lo. Então cale a boca e me percorra como um rio."

River - Bishop Briggs

Payton anda com uma mochila branca nas suas costas, e carregando uma mala não muito grande em uma de suas mãos, enquanto com a outra, segura na minha, me guiando pelo aeroporto lotado.

Nós realmente parecemos um casal, e eu refleti por muito tempo assim que cheguei em casa ontem, eu preciso confrontar Moormeier sobre o que nós somos, e que tipo de relação construímos. Eu posso me decepcionar com a resposta, ou talvez não, mas eu preciso saber.

— Então... eu acho que é isso — ele para de andar e se vira na minha direção.

— Te vejo em quatro dias — levanto meu rosto, vendo que ele me encara com muita lentidão, parecendo gravar cada detalhe do meu rosto.

Não demora muito e sinto seus lábios nos meus, me roubando um beijo longo e intenso. Nossas bocas se movem em sintonia, as pessoas em nossa volta nos olham estranho, mas por esse pequeno período de tempo, nenhum de nós dois se preocupa com isso.

Até que nos separamos ofegantes, escutando os diversos barulhos ecoando pelo aeroporto, e apenas agora ficamos um pouco envergonhados pelos olhares alheios.

— Não quero que você vá — meu tom de voz soou como uma criança manhosa.

Ele sorri e beija meus lábios rapidamente, encarando os mesmos por um tempo.

— No que você tanto pensa? — pergunto para ele.

— Penso no tanto de tempo que eu poderia passar beijando essa sua boca deliciosa, mas eu tenho um vôo para pegar em aproximadamente dez minutos — ele liga a tela do seu celular, olhando o horário —, fico te devendo todos esses beijos.

— Eu vou cobrar todos eles — molho meus lábios com a língua.

— Preciso ir — ele me dá um abraço forte, de alguns minutos, e então se afasta com as suas coisas.

Saio do local com o meu celular em mãos, ando por algum tempo, e vou a uma cefeteria próxima, comprando um café e pegando um táxi para meu apartamento.

Entro no elevador, que sobe até o décimo primeiro andar. Chego a colocar a chave na fechadura, mas noto que não era preciso, pois a porta já estava aberta.

Duas caixas de pizza estão na pequena mesa central da sala, uma delas aberta. Alguns copos com refrigerante estavam sobre a bancada da cozinha, e eu consigo escutar risadas no quarto de Chase.

A porta está aberta, mas eu realmente não quero ver nenhum deles. Na minha intenção de passar despercebida por lá, Charli me vê e vem até a porta do meu quarto.

— Ei, Madison — ela me chama, sendo gentil, enquanto se apoia no batente da porta.

— Oi — sorrio, tentando não ser antipática —, você quer alguma coisa?

— Quero saber se não quer se juntar com a gente.

— Eu... — estava prestes a recusar de uma forma educada, até que meu irmão aparece ao seu lado, com um dos seus amigos, Kie ou Kio, sei lá o seu nome.

— Chegaram outras coisas para comer, os caras comeram todas as pizzas, não sobrou nada para a gente — ele riu e pegou na mão de Charli, apenas passando seus olhos por mim, e levando ela de volta para o seu quarto.

Eu realmente não estou surpresa por isso, minha relação com o meu próprio irmão era péssima, com os meus pais também, e isso não era nada novo para mim.

O amigo de Chase permanece na porta, observando meu quarto com atenção, como se fosse um parque de diversões. Apenas jogo um olhar para ele que claramente perguntava "o que você ainda está fazendo aqui?", e ele pareceu se tocar e finalmente saiu do lugar, me permitindo fechar a porta.

— Você está aí! — Kitty surge do meio dos meus cobertores jogados em um lado do meu quarto, correndo e miando alto.

Deito na minha cama em meio as almofadas e travesseiros, trazendo ela comigo, e chego a fechar meus olhos por algum tempo, acariciando seus pelos laranjas.

Meu celular toca, avisando uma ligação de Avani, eu imediatamente atendo.

Mad! — ela parece entusiasmada ao falar comigo.

Hey Avani, você está me ligando, me sinto honrada.

Tem planos para amanhã à noite? — e ela ignora a minha irônia, me fazendo uma pergunta.

— Não, por que? — minha gata morde meu dedo, querendo brincar.

Ótimo, agora você tem. Noite das garotas, amanhã, na casa da Addison — ouço barulho além de sua voz, ela parecia fazer algo enquanto se comunicava comigo —, nos encontramos lá, as sete, até mais.

Ela desliga a ligação, então apenas começo a arrumar algumas roupas em uma mochila, torcendo para que o amanhã chegue logo.

Bathroom; Payton Moormeier.Onde histórias criam vida. Descubra agora