27 ↬ Fire

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Madison Hudson Point Of View.

08:23 p.m.

Brooklyn, New York.

"Sua perna tão macia, eu tinha que estar perto de você. Mais em minha mente, indo tão louco. Eu só quero ouvir você. Ao tocar em seu corpo, o que eu preparei para você."

Sin City - Chrishan

Ele dá me dá espaço para passar e
entrar em seu quarto, e é isso que eu faço.

— Pensei que precisasse de mais tempo.

— Eu preciso — com dificuldade, olhei em seu rosto, tentando não desviar os olhos para sua barriga definida —, de mais tempo ao seu lado.

Não consigo decifrar a sua expressão, ele apenas concorda de leve com a cabeça e coloca suas mãos no bolso da sua calça moletom.

— Se cansou de me esperar? — me viro de costas, obeservando seu quarto com calma, esperando que ele me responda, mas ele não diz nada.

O silêncio permanece, passo meus dedos pelas cordas do seu violão, e então sinto suas mãos na minha cintura, acariciando-a, e o som rouco e baixo da sua voz no meu ouvido.

— Eu jamais me cansaria de te esperar — me arrepio por inteira, e sem pensar duas vezes me viro para a sua direção, enquanto ele se aproxima ainda mais, fazendo com que meu corpo encoste em uma pequena mesa de estudos.

Ele leva suas mãos para a mesa, enquanto me  deixa encurralada, e olha nos meus olhos como nunca havia olhado antes, arrisco dizer que ele parece saber qual a minha resposta, apenas pelo modo intenso que me olha, e o jeito que me toca.

— Por que não acaba logo com isso? —  pergunto para ele, que molha seus lábios com muita calma, enquanto direciona o olhar para a minha boca entreaberta, e ri das minhas palavras.

— Gosto do efeito que a paciência causa em você — ele cola nossas testas, fecha os seus olhos e fala num tom de voz quase inaudível —, eu não tenho pressa nenhuma para te beijar, aliás, eu vou fazer isso tão lentamente que vai te enlouquecer.

E antes que ele pudesse começar a falar qualquer outra palavra sequer, junto nossos lábios, sentindo suas mãos acariciando meu pescoço e minha mandíbula.

— Caralho — digo quando separamos nossas bocas em busca de ar —, a sensação que você provoca em mim é tão boa.

Ele sorri e então me envolve em seus braços, enquanto junta nossos lábios novamente e me leva em direção a sua cama. Me deito, e sinto seu corpo em cima do meu, e quando as coisas parecem estar esquentando ainda mais, sua irmã abre a porta.

— Payton, você pegou o meu carregador de novo... — ela move seus olhos da tela do celular para nós dois, enquanto ainda segura a maçaneta da porta — Já estou saindo.

Ela fecha a porta, com a boca aberta, o que me faz rir um pouco da sua reação.

— Faith cortou o clima, mas que porra — o garoto parece realmente bravo, ele apenas tira seu corpo de cima do meu e se deita ao outro lado de sua cama.

Envolvo nossos corpos novamente, desfrutando do nosso momento mais íntimo. Ele coloca uma de minhas pernas sobre a sua, e pousa sua mão ali, movendo-a e fazendo carinho, enquanto fecha seus olhos e fica quieto.

Começo a mexer nos seus fios de cabelo, e ele parece gostar disso, pois se aconchega ainda mais ao meu corpo.

Os minutos passam rápido, apenas percebo que já está tarde e que eu preciso voltar para casa antes que minha mãe me encha de perguntas. Ela está mais presente ultimamente, e fica fazendo interrogatórios de onde estou indo e com quem saio, é realmente chato.

O garoto parece ter adormecido, o que facilitaria a minha saída. Baixo minha perna com calma, tentando a tirar das mãos de Payton para me desvincular, mas isso não acontece, já que ele a puxa novamente para si.

— Preciso ir embora — ele abre os seus olhos e nega com a cabeça.

— Não, por favor. Fica só mais um pouco.

E ele afunda seu rosto no meu pescoço, sugando a fragrância do meu perfume. Eu não consigo recusar, apenas o puxo para mais perto.

Novamente ficamos em silêncio, sinto sua respiração contra a pele do meu pescoço e resolvo falar algo.

— Sinto muito, Payton — ele coloca uma das mãos em meu rosto, e me olha com as sombrancelhas franzidas.

— Por que? — seu dedo polegar acarecia minha bochecha.

— Estive adiando os sentimentos que sinto por você — e então ele ri, levantando sua cabeça.

— Já tem sua resposta, Mad? — ele sabia exatamente que ela estava na ponta da minha língua.

Meu corpo se move para o seu colo, envolvo meus braços em seu pescoço e o olho com um sorriso sarcástico.

— Eu quero você, Moormeier. Quero a porra do seu rostinho bonito, o seu corpo gostoso e também os seus moletons legais. — aperto minhas mãos nos seus ombros — Mas eu fui indecisa pra caralho, e não consegui admitir que eu também gosto de você na mesma intensidade.

Ele tira os cobertores da cama, jogando contra o carpete do chão. E me deita na cama, enquanto apoia seus antebraços ao lado da minha cabeça.

— Seja minha garota, Madison — ele dá beijos rápidos pelo meu rosto.

— Eu já era, antes mesmo de você me pedir — mordo meus lábios, e isso parece ser um pedido para que ele me beije forte, puxando minhas pernas para que rodeem seu corpo.

— Você é fogo garota... — ele ri quando separa nossos lábios, ambos com respirações ofegantes, que mostram o quão entregados nós estamos — Você é fogo...

Bathroom; Payton Moormeier.Onde histórias criam vida. Descubra agora