VESTÍGIOS DO TEU ADEUS

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Virou-se, e saiu.
Sem sinais de angústia ou adeus.
De um modo tão frio
E levando os beijos meus.

Nem sequer sussurrou em meus ouvidos como outrora.
Notei que não bateu a porta ao ir.
De um olhar estranho ouvi um: "estou indo embora".
Sem toques, afagos ou simplesmente como costumava sorrir.

Era como se guardasse o tal: "um dia eu regresso"
Desconhecendo, talvez, que tudo muda após as decepções
E que somos pássaros soltos ao universo
Voando e renovando as íntimas emoções.

Se prometeu ser a cura
Por que causou-me machucados?
Agiu de forma imatura
E parece que acredita que é fácil colar os cacos quebrados.

O bom é que a alma aprende a se regenerar
E se redesenha com mais cor.
Consegue se permitir e aos poucos se amar
E enxergar o próprio valor.

Toda vez que alguém silencia
Eu recordo da sua voz calada
Numa sintonia melancólica, vazia
Soltando vestígios de "tchau" na estrada.

Busco esquecer o nosso tema
O perfume de seu corpo sedutor
E não pensar em qualquer telefonema
Que leve-me a ter um pesadelo de dor.

Se vier com a aura partida
Não imagine novamente que irei te sarar.
Lembre-se da sua ardida ida
E de quando me fizestes chorar.

Lembre-se da sua ardida idaE de quando me fizestes chorar

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