(DES)AMOR

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Porque te amar
Dói demais.
É como se eu estivesse a me afogar
Em um mar sem paz.

Onde procuro os teus lábios para beijar
O que encontro são as palavras duras.
Ainda imagino o teu corpo a acariciar
Mas, logo, enxergo as tuas atitudes imaturas.

Eu só gostaria que você tivesse me visto como eu te vi
Ou que pelo menos tivesse me olhado nos olhos com verdade.
E que respeitasse o que eu realmente senti
Valorizando a minha alma com reciprocidade.

Mas nem sempre tudo é como esperamos
A vida nos impõe regras doloridas.
E quando novamente acreditamos
O tempo nos bate com novas feridas.

Eu enxerguei o oceano
Em alguém que era apenas uma leve garoa.
Eu doei cada íntimo plano
Para uma mente que estava à toa.

Tu me fizestes fugir da realidade
Eu adentrei ares que eu jamais imaginei.
Até surgir a tua verdadeira identidade
E eu cair dos devaneios que sonhei.

Porque te ver
Machuca bastante.
E não conseguir facilmente te esquecer
Atormenta a qualquer instante.

Eu acordo e coloco na mente
Que vou me reerguer.
Mas, a melancólica amargura, de repente
Deseja arrancar o meu próprio ser.

O que estou fazendo da minha vida?
Indago em um momento de confusão.
E, à frente, está a minha saída
Amar-me, seguir, e valorizar o meu coração.

CAOS (KHAOS) Onde histórias criam vida. Descubra agora