Um dia você vem
Abre novamente a porta
Mostra que se importa
Diz que está tudo bem.
E no outro
Você então desaparece
Finge que não existo, e me esquece
Evapora da minha vida mais um pouco.
Nessa ida e vinda
Eu perdôo, você disfarça
Eu recuo, você me abraça
E a farsa parece ser linda.
Um toque no telefone
A sua voz está de sono
E me elogia, eu passo pano
Retomo a falar o seu nome.
Você me chama de paixão
E eu caio em seu charme
E nos pegamos acordando com alarme
Brincando de amor e bonita união.
Nesse instantâneo ioiô
Eu grito, você me cala
Eu arrumo as coisas, você desfaz a mala
E no ouvido fala: "meu mô".
Uma semana se passa
Nem lembro mais quem és
Até você vir e se ajoelhar aos meus pés
Com um olhar cheio de graça.
Sempre com o mesmo perfume
E o vocabulário rebuscado perfeito
Achando que tem todo o direito
De fazer o que é de costume.
Nesse bumerange
Eu corro, você me usa
Eu recorro, você de novo abusa
Pois, a indecência está no seu sangue.
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CAOS (KHAOS)
Poetry"...Eu fiz dos meus cacos, poesias. Do meu caos, palavras frias. Dos meus medos, melodias. E de mim, rimas e simetrias".
