🧬CAPÍTULO 3 - O garoto de Gwangju e o garoto de Seoul🧬

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                                          Por Carol7Wal


É fascinante e estranho. (DNA, BTS)



- HoWong! – Maya entrou no apartamento gritando pelo amigo dos bilhetes e post-its, mesmo sabendo que ele não estaria e o único a lhe receber foi Kuzco, como sempre. Trazia consigo mais um pedaço de papel com a tão conhecida letra em hangul, o idioma coreano – Vejamos o que ele deixou desta vez...

"Mayah, não esqueça de pôr a água e a comida do Kuzco quando sai logo cedo, yah! E não esqueça de me mandar mensagens todos os dias no horário do almoço. Sabe que me alegram e me deixam menos empático com a solidão do cãozinho. Somos dois pobres coitados e é tudo culpa sua".

- Culpa minha?! Mas o que deu nele? – Ela largou o bilhete no pequeno sofá à medida que caminhava para os armários amarrotados de macarrão instantâneo. Meneou a cabeça negativamente e sorriu puxando alguns pacotes para cozinhar junto a alguns ovos, cebolinha e pasta apimentada – Dramático este HoWong, não acha, Kuzco?!

O animal apenas a encarou com seus olhinhos pidões.

- Ah, vem cá. – Ela abaixou-se acariciando os pelos macios do pequeno amigo – Você acha mesmo que eu não cuido daquele bobo, Kuzco?! Olha só todos estes bilhetes! – E apontou indignada para um pote cheio deles onde guardava todos, assim como ele tinha um igual no próprio quarto.

Maya deu de ombros pondo a água para ferver e separou dois pratos na mesa. Mesmo sabendo que um deles sempre seria bem embalado e guardado para quando o outro chegasse quando ela já não mais estivesse ali.


***


Enquanto isto, no famoso restaurante, em cenas anteriores...

"Tudo isto não é uma coincidência". – Estas palavras ecoavam em minha mente caótica.

- E então, irmãozinho? – HoSeok me estendeu a mão e também parecia confuso, mas sua disposição era contagiante.

Retribuí o gesto com um aperto agora digno de HoWong, o corajoso cão covarde.

Inflei o peito e sorri comigo mesmo.

Como consolo, espero poder descobrir que a falta de coragem também seja genética, assim como nossos rostos idênticos escondidos por realidades tão discrepantes e eu, em meio à multidão de anônimos.

– Eu topo. Eu topo esta loucura! – Quase gritei e isto foi libertador.

Bateram à porta do toillet e nos sobressaltamos. Nos entreolhamos apreensivos e logo prendi novamente o cabelo, retirei o brinco e passei as mãos na farda, agitadamente, ajustando meus óculos logo em seguida.

HoSeok, por sua vez, pigarreou retomando a postura descontraída que levava consigo.

Ele passou por mim no mesmo instante em que a porta foi aberta e esbarrou propositalmente me entregando um cartão com um pequeno número pessoal, registrado em papel timbrado. Provavelmente pertencente à empresa que fazia parte. Me piscou prestes a sair como se nada tivesse acontecido.

- Hyung! Estávamos te procurando. Você sumiu! – Um outro rapaz do grupo, de voz aveludada, falou assim que viu o amigo. Carregava consigo um pequeno pet de focinho afilado, bem acomodado em uma forrada bolsa azul de alças – Já estamos de saída e faremos um último brinde. – Ele parecia animado e olhou-me apressado. Porém, fui pego de surpresa quando este me sorriu genuíno já retirando-se no encalço do mais velho.

DNA - Jung HoSeokOnde histórias criam vida. Descubra agora