🌌CAPÍTULO 6 - Outra realidade🌌

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                                                      Por amorices


 POV JUNG HOSEOK

Já era noite quando saí de Gangnam.

Agora eu era Jung HoWong por uma semana. Seria esquisito atender por outro nome, mas depois de ser chamado por nome artístico e apelidos, não seria difícil incorporar outro nome.

Enquanto eu andava pela rua, achei que a primeira pessoa que olhasse para mim me reconheceria, mas não. Não que o cabelo bagunçado, a falta da maquiagem, os óculos e as roupas fossem o melhor disfarce. Na verdade, as pessoas só não olhavam diretamente para mim e quando olhavam não deviam ver mais do que um garoto comum levemente familiar, o que foi muito estranho.

Então, era daquela forma que meu irmão gêmeo vinha vivendo todos os anos desde que nascera.

Queria ter curtido a euforia de pegar ônibus e trens até o apartamento do HoWong, mas acabei me confundindo com os endereços e no final, acabei pegando um táxi. Meus amigos, especialmente YoonGi, disseram que a ideia não era das melhores, mas eu queria saber o que tinha acontecido para eu nem saber da existência do meu gêmeo e da minha família verdadeira. Como eu fui dado como morto? E devo admitir, eu queria viver uma vida normal por pelo menos uma semana.

A pressão do sucesso era tão sufocante que houve vezes que pensamos em desistir, eu pensei em não cantar, não dançar, nem sorrir. Quando o HoWong surgiu em minha frente como um caminho para o descanso, eu só quis me arriscar, e tomar um tempo para mim. Não parecia justo envolvê-lo no meu conflito interno, mas o mesmo se apresentou tão disposto que não consegui me sentir culpado por arrastá-lo estresse abaixo.

Balancei a cabeça, dispersando os pensamentos negativos. Não adiantava me arrepender agora. Uma semana mais tarde eu estaria de volta aos meus conformes.

Entrei no apartamento que conheci através de fotos e imediatamente uma bola de pelos correu até mim latindo de forma desesperada. Devia ser o Kuzco, a quem HoWong dissera ser bem amigável. Bem, não era o que parecia, visto que precisei subir no sofá para não arriscar uma mordida no calcanhar.

— Que bagunça é essa, Kuzco? — Uma voz feminina despontou de outro cômodo e eu quase gritei por socorro, mas ela veio logo em seguida.

Maya, a garota peruana. Exatamente igual as fotos e descrições do HoWong. Então, era essa garota que ele vivia conversando através de post-its e que vez ou outra entrava no quarto? Devia ser.

Ela parou por um momento, me olhando sobre o sofá, até deixar o queixo cair um pouco. Kuzco continuava latindo adoidado, porque eu não tinha o mesmo cheiro do HoWong, a quem ele já estava acostumado.

— Você se importa? — Falei com a voz trêmula, apontando para o cachorrinho.

Maya piscou algumas vezes e saiu do transe.

— Ah sim, me desculpe! — Acudiu, pegando o cachorro no colo. — Pare de latir, menino mau! Esse é o irmão do Wongie, seja bonzinho ou ele não lhe dará petiscos quando voltar!

Acabei rindo da forma que ela falava com o animal, como se ele fosse entender. Mas a garota me olhou no mesmo instante e eu engoli a risada a seco, porque aqueles seus olhos escuros eram ameaçadores.

— Espere um momento que eu irei colocá-lo no meu quarto. — Disse hesitante. — Hm, fique à vontade.

Quando os latidos cessaram e eu pude respirar normalmente, me apressei em descer do sofá antes que a colega de apê do HoWong voltasse, o que não demorou quase nada. Ela alisou a roupa, dissipando os pêlos do cachorro que ali ficaram presos, e se curvou brevemente.

DNA - Jung HoSeokOnde histórias criam vida. Descubra agora