Capítulo VI

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Na manhã seguinte, Talis, Giuseppe e Amália entraram na vila.

- Finalmente civilização. - Amália disse.

- Uma civilização um bocado diferente da que estás habituada. - Talis disse

- Mas é civilização.

Carros de palha passavam para cima e para baixo, carregados por homens com vestes velhas.

- Vamos àquela taberna - Talis disse.

Os 3 entraram e sentaram-se numa mesinha à beira de uma coluna. Amália sentou-se encostada a ela para não chamar as atenções.

- Eu vou lá pedir - Talis disse - O que queres, Amália?

- O que for menos provável de eu apanhar uma intoxicação alimentar. - ela disse olhando a falta de higiene que havia naquele lugar. Até galinhas andavam lá dentro.

Talis foi e voltou com 3 cervejas.

- Uma cerveja? - Amália observou

- De tudo foi o que achei que te ia fazer melhor.

Amália deu um gole e fez uma cara feia e Giuseppe riu.
Do nada um homem apareceu à cabeceira da mesa.

- Então senhor Giulio? - perguntou o homem a Talis. - veio com pessoas novas?

- Sim é verdade. - Talis respondeu.

O homem esticou a mão a Giuseppe e este cumprimentou-o.

- Galbert - Giuseppe apresentou-se. - e esta é a minha esposa Valéria.

Talis olhou Giuseppe com um olhar mortífero e Amália fez uma cara estranha ao ouvir o nome Valéria.

- Muito prazer, eu sou o Roberto. - ele apresentou-se - vou vos deixar à vontade.

O homem afastou-se e Talis encarou Giuseppe.

- A tua esposa?

- Se eu dissesse que era minha irmã não ia faltar aí homens a querer corteja-la! Assim nenhum vai porque ninguem quer andar atrás de uma mulher casada... ainda por cima com um homem como eu. Ninguém quer andar á porrada comigo

- Eu acho uma boa ideia - Amália comentou afagando a perna de Giuseppe

Talis concordou interiormente com o que o sobrinho disse.

- Eu só não quero que te magoes Amália- Talis disse a sussurrar.

- Eu não me vou magoar. - ela respondeu enquanto tocava no copo

- Eu ainda estou aqui. Não fales mal de mim à minha frente, pai. - Giuseppe falou para Talis

- Agora sou teu pai também?

- Não veem que quanto mais mentirmos sobre a nossa verdadeira identidade vai ser mais difícil as pessoas chegarem à conclusão que nós somos quem somos. Agora se não mentirmos sobre os nossos graus de parentalidade, os nossos nomes e assim vai ser muito mais fácil. Para além que a minha esposa Valéria é uma péssima atriz.

- Não sou nada! - Amália exclamou.

- Por acaso és... - Talis concordou.

- Portanto até sobre as nossas idades devíamos mentir! Valéria tens 20, eu tenho 27 e tu pai tens 43.

- Eu tenho 37 estúpido. - Talis desacordou - porque é que toda a gente aumentou 2 anos e eu aumentei logo 6?

- Porque não ias ter um filho com 12 anos, não é?

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