Capítulo XIV

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Os noivos foram invadidos por um montão de gente. Amália estranhou o facto de as pessoas estarem tão perto dos herdeiros do trono para além de já lhe terem calcado e puxado o vestido umas 4 vezes.
Amália e Andor caminhavam no meio da multidão. Quando a princesa se apercebeu estava ao lado de uma mesa enorme. Havia decorações primaveris penduradas nas árvores e assim como alguns candeeiros que seriam ligados quando anoitecesse.
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Os noivos sentaram- se na cabeceira da mesa e todos os convidados sentaram-se ao longo da mesa. Amália olhava à sua volta. Sentia-se totalmemte perdida. A segurança que sentiu durante a cerimónia desapareceu por completo. A falta de expressão na sua cara denunciou-a logo a Andor. Ele continuava com a mão dada à princesa e apertou a com mais força. Amália olhou para ele.

- Foste sempre tão firme, não é agora que o vais deixar de ser. O que se passa? - Andor perguntou, genuinamente preocupado.

Amália voltou a olhar à sua volta.

- Eu não sei nada. Absolutamente nada. Eu não pertenço aqui, eu não deveria estar aqui. Nós não nos devíamos ter casado.

- Estás a ter esses pensamentos agora? Depois de já o termos feito? - Andor questionou.

- Isto está a ser mais difícil do que o que eu esperava.

- Pois está a ser difícil para mim também. Eu desisti de toda a minha vida por ti e pelo teu reino. - Andor cuspiu

- Não exageres. - Amália respondeu.

Tudor ergueu-se, da outra ponta da cabeceira da mesa e chamou a atenção dos convidados.

- Eu esperei por este dia como nunca esperei por nenhum outro. Ver o meu filho Andor se casar é a melhor alegria que me podiam dar. Amália que sejas muito bem-vinda ao nosso reino, que Thor te proteja e que Feyr vos abençoe com muitos filhos.

Na mesa foi ouvido vários festejos às palavras de Tudor.

- Que inicie o banquete!

Toda a gente atacou a comida. Pelos olhos de Amália, pareciam animais que devoravam o prato o mais rápido possível. Foi nesse momento que ela reparou que eles comiam com as mãos. Rapidamente Amália olhou para o seu prato e não viu talheres nenhuns.

- Não há talheres. - ela afirmou para o marido.

- Não há o que? - ele questionou confuso.

Amália pegou numa perna de leitão com todo o cuidado e mordeu-a ficando com a cara um pouco suja. Andor olhava-a sério.

- O que é que está a acontecer? - ele perguntou irónico.

- Eu não estou habituada a comer com as mãos, Andor. - a princesa respondeu com irritação na voz. - se pelo menos houvesse uns talheres...

- Que raio são talheres? - Andor perguntou muito confuso.

- Talheres são constituídos por uma faca, um garfo e uma colher. A faca é afiada ajuda a cortar...

- Como uma espada? - Andor interrompeu.

Amália ficou a olhar para Andor. Uma espada?

- Sim... Como uma espada... - ela concordou com o marido, para o ajudar a perceber - o garfo serve para fixar a comida, ajuda a faca a cortar. E a colher é uma colher, vocês também têm de certeza.

- Colheres sim. - Andor respondeu firmemente.

Amália continuou a mordiscar o leitão e quando se apercebeu que quase toda a gente estava a acabar de comer menos ela, deitou o leitão ao chão. Logo a seguir, um cão enorme correu contra o banco onde Amália estava sentada, fazendo com que esta se assustasse e se agarrasse ao marido. Andor agarrou a princesa contra si e esticou-se para ver o que passava.

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