A Outra Face da Lua

03 - Visitante

Acordo depois de uma soneca após o almoço, em 30 minutos já estou arrumada, a campainha soa pela casa, vou até a porta e avisto Nataly.

_ Acordou agora? _ Nataly pergunta enquanto estou caminhando para abrir o portão.
– Sim, só tenho que arrumar a cesta ou você quer ficar com fome? – A respondo um pouco mal-humorada por ter acabado de acordar e ainda querer continuar dormindo.
– Com fome nunca! – Ela diz enquanto atravessamos a sala. A campainha soa novamente. – Vou atender, deve ser Diego, vou te esperar lá fora assim você termina mais rápido.
– Seria mais rápido se me ajudasse.

Ela não pergunta o que irei levar para a refeição, sinto que o dia vai ser ótimo ao lado deles e deixo a preguiça de lado. Cumprimento Diego e vamos andando, Nataly se mostra ansiosa a cada passo que damos e por incrível que pareça não fica conversando no ritmo de sempre, Diego permanece a todo o momento puxando assunto conosco e me dou ao luxo de poder rir de suas observações.

Iremos fazer um piquenique perto de um rio, passei várias ocasiões me divertindo naquele lugar, era algo que fazia parte de mim, o local fica um pouco longe, mas nem me dei conta por causa da conversa. Assim que chegamos Nataly estende a toalha sobre a pedra e tiro alguns alimentos da cesta para arrumar.

– Fiz este bolo especialmente para vocês. – Diego fala ao tirar o bolo da cesta dele.
– Me deixa provar! – Nataly pega a faca e corta um pedaço grande experimentando com muita vontade. – Quantas dúzias de ovos colocou nisto?
– Está exagerando ficou ótimo! – Diego fala depois de provar o próprio bolo.
– Então... Fala aí quantos quilos de açúcar você colocou no suco? – Pergunto o provocando, mas realmente o suco está muito doce.
– Pura frescura de vocês! – Ele toma um longo gole de suco.
– Mudando de assunto, estou louca para nadar, quem topa? Ou vocês ficaram aqui sem fazer nada. – Nataly diz animada.
– Acho melhor Lua ficar quietinha não quero a ver atacando as cobras. – Diego sugere sorrindo para mim, Nataly tira a roupa deixando à mostra o seu biquíni que quase não tampa muita coisa, o peito dela é grande demais para o pouco pedaço de pano.
– É melhor você acompanhar Nataly qualquer coisa chamo como da última vez.

Diego tira a blusa mostrando seus músculos definidos quando olho para seu rosto ele está sorrindo e acho que estou corada. Às vezes lembro-me de quando éramos crianças e talvez teria namorado com ele e não com Rafael.

Pego a máquina fotográfica aproveito que eles estão distraídos e consigo tirar várias fotos com poses descontraídas, uma borboleta pousa na ponta da toalha vou a sua direção sutilmente preparo a câmera no foco exato e ela voa antes de me possibilitar captar a foto.

Vou até a árvore onde ela está e a borboleta voa novamente, a sigo até uma flor onde pousa calmamente. Desta vez consigo tirar a foto o problema é que há varias árvores ao meu redor e não sei o caminho de volta, ando mais um pouco para tentar voltar, escuto o barulho da queda d'água e sei que estou perto, mas começo a me apavorar quando não consigo chegar.

– Ótimo Luara! – Digo para mim reclamando do que fiz. – Diego! – Grito bem alto. – Diego! – Grito depois de um minuto. – Diego! – Estou parada porque posso me perder ainda mais.
– Lua? – Enfim ele responde. – Continua gritando! – Ele responde e sua voz parece mais próxima, sei que ele já está perto, porém ele demora um pouco.
– Está tudo bem, apenas estou perdida. – Ele chega arfando.
– Você está louca? – Ele pergunta indignado. – Por que veio para cá? – Diego pergunta enquanto andamos.
_ Fui tirar umas fotos e não reparei no caminho. _ O respondo. – Já chegamos? Pensei que estava mais longe.
– Era cobra de novo? – Pergunta Nataly saindo da água sem demonstrar preocupação alguma.
– Não. – Digo sem olhar para ela.
– Vamos nadar? Depois dessa tem que diminuir a tensão. – Ela diz animada.
– Não trouxe biquíni achei desnecessário, nem sei nadar direito. – Respondo.
– Ok. Então vamos acabar com a comida? – Sugere Diego.