Até que ponto nós escrevemos nossas histórias?
Li um conto, um desabafo calibrado e concreto
Digno de sua inteligência
Fúnebre do início ao fim
Desmembrando traumas
Desenterrando fantasmas
Verbalizando o peso no peito
O Acaso começa contando a história
Camaleão, máscara viva, termina o conto
Fruto do tormento e criado no caos
Ethos guerreiro
Como poderia plantar flores com a espada em punho?
Filho do caos, nascido para guerra
Ninguém perguntou se ele queria ser guerreiro
Até que ponto escrevemos nossas histórias?
Para fugir da guerra vestiu personas
Criou máscaras e camuflagens
Camaleão, máscara viva
Não pode fugir do enredo do Acaso
Ainda carrega correntes frias
Memórias vazias, espólios das trevas
Ainda fere com a espada, ainda está em guerra
Criado com Ethos guerreiro
Não podemos eliminar o acaso
Mas escrevemos nossas histórias
Mais que persona, máscara viva