Camaleão

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Até que ponto nós escrevemos nossas histórias?

Li um conto, um desabafo calibrado e concreto

Digno de sua inteligência

Fúnebre do início ao fim


Desmembrando traumas

Desenterrando fantasmas

Verbalizando o peso no peito


O Acaso começa contando a história

Camaleão, máscara viva, termina o conto

Fruto do tormento e criado no caos

Ethos guerreiro


Como poderia plantar flores com a espada em punho?

Filho do caos, nascido para guerra

Ninguém perguntou se ele queria ser guerreiro

Até que ponto escrevemos nossas histórias?


Para fugir da guerra vestiu personas 

Criou máscaras e camuflagens

Camaleão, máscara viva


Não pode fugir do enredo do Acaso

Ainda carrega correntes frias

Memórias vazias, espólios das trevas

Ainda fere com a espada, ainda está em guerra


Criado com Ethos guerreiro

Não podemos eliminar o acaso

Mas escrevemos nossas histórias

Mais que persona, máscara viva 

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⏰ Última atualização: Mar 26, 2020 ⏰

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