JOSH'S POV
São exatamente uma da madrugada e eu não consigo dormir se jeito nenhum. Amanhã eu vou almoçar na casa do Noah, sabe o que isso significa? Eu vou ver a Sina. Vou ver a Sina com ele. Ai que vocês me perguntam "Josh, por que você aceitou ir então?" não é como se eu tivesse muita escolha, ele simplesmente disse que não aceitava não como resposta e eu não pude fazer nada, eu tô indo por pura e espontânea pressão.
A atuação vai ser digna de um Oscar, vou fingir não me importar com as carícias e beijos dos dois, vou fingir não me importar com ela nos braços dele e não nos meus. Eu vou fingir basicamente tudo, como eu disse: atuação digna de um Oscar.
Desisti de esperar o sono vir e abro a gaveta do lado da minha cama pegando um remédio para dormir, tomo e apago completamente.
A claridade começa a atrapalhar meu sono, já estou acordado mas me recuso a abrir os olhos, na verdade eu nem consigo abrir os olhos. Levanto da cama ainda com os olhos fechados e vou até o banheiro, abrindo a torneira e jogando água no rosto. Finalmente abro os olhos e vejo a minha cara de acabado, estou visivelmente cansado, essa semana eu trabalhei mais do que normalmente trabalho, estou esgotado de tanto fazer horas extras. Não me julguem, foi o jeito que eu achei para ocupar minha cabeça.
Volto para o quarto e pego meu celular vendo que já são 11:26
- Caralho! - falo comigo mesmo. Dessa vez o remédio realmente fez efeito. Mais um pouco eu perderia o almoço na casa da Sina e do....ugh! Noah. Me dirijo ate a cozinha e como algumas bolachas para enganar a fome, não quero parecer um esfomeado lá, eu ainda tenho modos. Volto para o quarto novamente e coloco um shorts e uma camiseta de manga curta, está calor e eu não vou de calça nem que a vaca tussa. Olho novamente para o horário e são 11:47. Acho melhor eu já ir indo para lá, não quero correr o risco de atrasar o almoço deles.
Entro no carro e começo a dirigir em direção aquela casa, que por incrível que pareça não é tão longe do meu apartamento, não sei como eu e Noah nunca nos trombamos antes, tem coisa que nem a ciência nem a filosofia explica, só acontece na hora que é pra acontecer, ou seja: na pior hora.
Chego no local e aperto a campainha, respiro fundo e conto até dez. Minhas mãos se encontram suadas dentro do bolso da minha calça e eu fico balançando meu corpo para frente e para trás repetidas vezes, isso tudo é nervosismo?
- Hey Bro - Escuto a voz de Noah e me viro para o moreno que me recebe com um abraço - Sina, a visita chegou - ele fala e eu estranho o fato dele não falar meu nome, será que ela não sabe que eu venho?
- Hey Noah - o cumprimento de volta e dou um sorriso
- Como estão as coisas? - ele pergunta e da espaço para que eu passe pela porta
- Estão boas, estão bastante corridas mas estão boas - falo me sentando no sofá - e com você?
- Está tudo perfeito, sabe como é né? Vou me casar com a mulher da minha vida - "Viu mi cisir cim a milhir di minhi vidi" repito pra mim mesmo na minha mente e forço um sorriso pra ele - Que ótimo - murmuro e ele sorri de volta. Escuto passos se aproximando e temo que sejam dela, eu tenho medo do que está por vir
- Noah, essa é Sina, minha noiva. Sina esse é Josh, meu amigo - ele diz e eu me levanto do sofá me virando para a alemã que está totalmente paralisada
- Prazer em conhecer você, Sina - digo e estendo minha mão para ela. Ela pisca algumas vezes e logo volta do transe em que estava
- O prazer é todo meu, Josh - ela diz e pega minha mao a balançando. Nesse momento uma explosão ocorre dentro de mim, achei que nunca mais fosse sentir o toque dela, eu não me lembrava que era tão bom sentir essa sensação
- Sina, o Josh é meu amigo de infância. Ele nasceu no Canadá e morou aqui até os 14, depois voltou para o Canadá e se mudou faz alguns anos de volta pra LA - Noah diz e eu me seguro pra não rir da cara de falsa surpresa que Sina faz - E Josh, a minha noiva é alemã e trabalha na empresa comigo, como eu já te falei. A gente está junto a 6 anos não é? - Ele pergunta e se vira na direção de Sina
- É! 6 anos, quase 7 - ela diz e volta seu olhar pra mim, juro que tremi. Não estou mais acostumado com o olhar dela sobre minha pele - Venham comer, o almoço já está pronto. Vocês tem a tarde inteira para por os assuntos em dia. Vem Noah e venha Kyl... Josh. - ela se corrige em uma fração de segundo e eu dou um sorriso de lado pra ela que vira os olhos levemente e se vira em direção a cozinha.
O almoço foi tranquilo, o clima tenso entre mim e Sina era muito perceptível, mas Noah não percebeu já que não parou de falar um segundo, graças a Deus que ele é um tagarela. Agora estamos os três sentados no sofá e conversando sobre coisas aleatórias que Noah fala
- Então Josh... - Sina interrompe o assunto que Noah falava sobre sua empresa - Você trabalha com o que? - ela cruza as pernas e eu percebo o deboche em suas palavras
- Sou professor de dança - digo e vejo ela dar uma olhada para Noah e ele fechar a cara em resposta. Será possível que ele continua com aquele preconceito com a dança?
- Ah, professor de dança é? Onde você trabalha? - ela continua no assunto
- Na Millennium, ali no centro - digo e ela faz uma falsa, muito falsa expressão de surpresa
- Então você da aula pra Yoon? - ela pergunta e eu resolvo entrar no seu joguinho
- A Heyoon? - levanto uma sobrancelha debochado e ela assente - Sim, dou aula pra ela.
- Ela é minha melhor amiga - Ela diz e eu abro a boca como se estivesse surpreso
- Sério? Puxa, que mundo pequeno - digo e ela deixa escapar uma pequena risada - E você? Dança? - pergunto e vejo a cara de Noah se fechar mais ainda, ele ainda não se pronunciou nessa conversa
- Sim, eu costumava dançar e quero voltar pra esse ramo. Mas está difícil largar um dos turnos da empresa, está tudo muito corrido.
- Você sabe que não vale apena - Noah se pronuncia e eu vejo o olhar mortal de Sina sobre ele, não evito e o olho do mesmo jeito.
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íժαs ҽ ѵíղժαs
FanfictionDepois de dois meses de uma viajem louca e insana, Sina tenta focar em seu casamento e esquecer do Canadense de olhos azuis, mesmo ela sabendo que isso seria impossível. Como se já não estive difícil o bastante, dois pequenos imprevistos são respons...