𝐒𝐚𝐛𝐢𝐧𝐚 𝐇𝐢𝐝𝐚𝐥𝐠𝐨
Ontem eu fui embora da festa muito feliz por ter aproveitado com os meus amigos, eu não estava muito bêbada, não quis beber muito.
Assim que coloquei meus pés dentro de casa, dei de cara com George, meu padrasto, e foi nesse momento que eu percebi que eu estava ferrada.
𝐆𝐞𝐨𝐫𝐠𝐞: Isso são horas de você chegar, Sabina? - ele pergunta bravo, vindo em minha direção e eu consigo sentir o cheiro de álcool vindo dele.
𝐒𝐚𝐛𝐢𝐧𝐚: George, eu falei para minha mãe que eu ia em uma festa e provavelmente iria voltar tarde. - falei com medo, me afastando dele.
𝐆𝐞𝐨𝐫𝐠𝐞: Eu não me importo se você falou com a sua mãe, Sabina. Eu já falei que não quero que você saia com seus amigos para lugares onde um monte de homem pode te olhar e encontrar em você. Você é minha e eu não quero nenhum outro homem encostando em você, entendeu? - ele fala agarrando meu pulso e me puxando pra mais perto dele.
𝐒𝐚𝐛𝐢𝐧𝐚: George, você tá me machucando. - falo com muito medo dele.
𝐆𝐞𝐨𝐫𝐠𝐞: Ah, coitadinha, eu to machucando ela! - ele fala em tom de irônia. - É isso que você merece por ter me desrespeitado, Sabina. - ele fala e logo em seguida eu sinto uma ardência no meu rosto, na minha bochecha direita, bem onde ele desferiu um tapa.
Lágrimas brotam no canto dos meus olhos. E foi assim o resto da noite, ele me batendo e eu chorando, encolhida no canto.
Isso que você acabou de acontecer, é o que acontece comigo quase todos os dias. Meu padrasto tem uma obsessão louca por mim, ele não gosta de me ver com outros garotos e se ele me vê com algum garoto ele me bate.
Eu sei o que vocês devem estar pensando, por que você não denuncia? Mas não é tão simples assim, é ele que cuida das despesas da casa, então se ele for preso não teria quem sustentar eu e minha mãe. Sem contar, que eu já tentei falar sobre o que ele faz comigo para minha mas ela nunca acredita em mim.
Enfim, enquanto eu não denuncia ele, eu sigo minha vida normalmente. E nesse momento eu estou me arrumando para ir para escola, tenho que passar bastante maquiagem para cobrir todos os hematomas da noite passada.
Depois de me arrumar e tomar um café da manhã rápido, eu vou em direção a escola. Dei graças a deus que não encontrei com George enquanto estava tomando meu café da manhã. Agora eu sigo rumo a escola, a pé mesmo, prefiro ir andando e observando as pessoas na rua.
Quando chego na escola, encontro meus amigos sentados conversando, assim que eles me veem acenam em minha direção me chamando para me sentar com ele e assim faço vou na direção dele e me sento no meio de Jojo e de Any.
Oii, Sabi! - todos me cumprimentam.
𝐒𝐚𝐛𝐢𝐧𝐚: Oi, gente! - depois de responder, eles continuam a conversa, não participo muito da conversa, vez ou outra digo alguma coisa, ainda estou pensando no ocorrido da noite passada.
(𝐐𝐮𝐞𝐛𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨)
Já é hora do intervalo e me deu uma grande vontade de chorar, chorar pelo que vem acontecendo dentro da minha casa, então eu corri em direção do banheiro.
Entrei em uma cabine e deixei tudo sair em forma de lágrimas. Eu me sinto uma inútil por não ter coragem de denunciar aquele canalha que eu chamo de padrasto.
Eu sei que muitas mulheres sofrem o mesmo que eu e que eu deveria ser um exemplo para essas mulheres mas eu não sei, eu simplesmente não consigo contar e quando eu arranjo coragem para contar tudo, a pessoa não acredita em mim.
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𝑰'𝒎 𝒏𝒐𝒕 𝒇𝒊𝒏𝒆
أدب الهواة𝘛𝘳𝘦̂𝘴 𝘢𝘭𝘶𝘯𝘰𝘴 𝘥𝘦 𝘦𝘴𝘤𝘰𝘭𝘢 𝘱𝘶́𝘣𝘭𝘪𝘤𝘢 𝘴𝘢̃𝘰 𝘵𝘳𝘢𝘯𝘴𝘧𝘦𝘳𝘪𝘥𝘰𝘴 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘛𝘳𝘪𝘯𝘪𝘵𝘺 𝘐𝘯𝘵𝘦𝘳𝘯𝘢𝘵𝘪𝘰𝘯𝘢𝘭 𝘴𝘤𝘩𝘰𝘰𝘭, 𝘢 𝘮𝘦𝘭𝘩𝘰𝘳 𝘦𝘴𝘤𝘰𝘭𝘢 𝘥𝘦 𝘓𝘈. 𝘖 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘭𝘦𝘴 𝘯𝘢̃𝘰 𝘴𝘢𝘣𝘦𝘮 𝘦́ 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘴�...