Capítulo 12

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De repente todas as chamas em meu corpo se dissipam. Sinto o peso das asas ser anulado em minhas costas fazendo meu corpo cair sobre meus pés e desabar no chão gelado sobre meus joelhos.

Em seguida, o traje e a pele dourada começam a desaparecer de meu corpo me alertando que logo ficarei nua no meio do pátio da R.A. com todos os alunos ao meu redor.

–Senhor Jackson Halloween, faça o favor! –Pede o diretor Abæum a um de seus alunos na multidão. Ele estica as mãos em minha direção e diz:

–Era uma vez... Uma manta.

De repente uma manta de veludo preto cai sobre meu corpo e eu rapidamente a uso para me cobrir, ainda caída no chão.

–Mirana, por favor, leve a senhorita Dmitriev imediatamente para a sala do diretor Abæum. –A diretora Cornélia estava paralisada, inexpressiva. –Senhorita Drovak, se puder levar as outras fênix de gelo para a enfermaria, ficaria extremamente grata.

–Claro, diretora. –Afirma Amélia já cuidando dos machucados dos que estavam caídos no chão.

–Os outros, por favor, retornem para a festa e continuem celebrando nossa espécie. –Conclui o diretor.

Todos continuam ainda imóveis, sem muita reação, mas, com muita curiosidade no olhar.

–Vocês ouviram a diretora Asaveska, andem! –Adverte a diretora extasiada. –Todos para fora!

Mirana corre em minha direção, com os cabelos brancos mal presos em um coque, com alguns fios soltos que balançavam com o vento. Um longo vestido roxo e a prancheta na mão que ela vivia carregando.

–É Alex, né? –Ela pergunta rapidinho, se agachando na minha altura.

–É sim.

–Venha, deixe-me ajuda-la. –Ela diz me dando um sorriso enquanto ajeita a manta macia em meu corpo e, rapidamente, me ajuda a levantar, me envolvendo com um de seus braços e me segurando com o outro.

Eu estou em completo estado de confusão. Não havia o que pensar, o que dizer, eu sequer entendia direito o que havia acontecido ali. A única coisa que eu conseguia pensar era nas palavras dos diretores: "Uma fênix de fogo".

Mirana abre a porta da sala do diretor e pede para que eu me sente, e assim o faço.

–Quer um cafézinho? Ou um suco? O-Ou uma água? –Pergunta Mirana se atropelando com as palavras.

–Não, não, obrigada Mirana, mas não consigo comer ou beber nada agora.

De repente a porta se abre em um estrondo, porém não fora feito pelo diretor, mas sim pela diretora. Os dois entram afoitos no sala, indo para atrás da mesa. Abæum pega uma cadeira e se senta, oferecendo a própria para a diretora que se senta atordoada.

Os dois se curvam sobre a mesa de mogno, põem as mãos cruzadas sobre ela e tentam falar.

–É... Acho melhor eu ir! –Observa a feticeira indo pra porta.

–Não! –Ordena Cornélia. –Mirana, quero que você fique por favor.

–S-Sim, senhora! –Mirana com seu jeito desengonçado apenas concorda, sem se opor a nada, se apoiando na parede ao lado da porta e fica ali observando, calada.

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