Capítulo 15

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"Temos que conversar" essas palavras nunca pesaram tanto para Taehyung quanto agora, com Jeongguk vindo em sua direção sem desviar os olhos, os passos pesados ecoando pelo quarto tão silencioso quanto um cemitério.

— Eu sei que deve estar me odiando agora e tem total razão para isso, eu menti para você, trai sua confiança, fiquei com medo que... – os lábios de Jeongguk sobre os seus fizeram Taehyung engolir suas palavras. O livro que segurava caiu no chão quando o ômega abraçou o pescoço do príncipe, sentindo a língua quente do alfa tocar seus lábios, em um beijo sedento que lhe roubou o folego. — O que... foi isso?

— Me desculpe por te trair e ter um filho com outro, não é algo que imaginei acontecer. – disse Jeongguk de olhos fechados, sem coragem de encarar Taehyung.

O ômega foi para o lado do colchão, puxando Jeongguk para se deitar também. Taehyung mais uma vez foi o ombro amigo do alfa.

— Jimin me contou tudo e eu não considero traição, no meu ponto de vista eu sou o invasor aqui. – falou o Taehyung, acariciando a cabeça de Jeongguk deitada em seu peito.

— É tudo tão confuso. – resmungou o príncipe, fazendo formas sem sentido na barriga de Taehyung.

— Não está feliz que vai ter outro filho? – questionou confuso.

— Estou, mas é diferente. Não queria um bastardo, não quero que as pessoas olhem para você e para Jimin com pena, ou que um dos meus filhos seja maltratado por não ser seu.

— O filhote do Jimin vai ser muito amado, assim como o meu. Não o chame de bastardo, é apenas uma criança. – Taehyung engoliu em seco, soltando o ar pelo nariz. Jeongguk ergueu a cabeça o observando, tão próximos que ele pôde apoiar o queixo no ombro do ômega. — Irei te contar uma coisa que só meus pais e Jin hyung sabem.

Taehyung segurou uma das mãos de Jeongguk, preferindo olhar para seus dedos do que os olhos.

— Meu pai teve um filho com o ômega que ele ama; minha mãe odiava aquela criança, fazia de tudo para que ele fosse infeliz, era uma madrasta horrível. O obrigava a limpar todas as janelas e estátuas do palácio até as mãos dele ficarem em carne viva, cheias de bolhas e meu pai não podia para-la, era um bastardo, ninguém poderia defendê-lo. Isso só mudou no dia que eu nasci, ela viu que aquela criança me amava, mesmo que minha mãe o tivesse machucado muito... Ele era bom o suficiente para se importar comigo. – Jeongguk segurou o queixo de Taehyung, levantando seu rosto para que o olhasse nos olhos. — Eu devia ter uns sete anos quando descobri isso, foi ali que entendi que somos todos iguais. Não importa onde nascemos ou como nascemos, não escolhemos ser quem somos, mas podemos escolher como tratamos uns aos outros.

— Onde está seu irmão? – perguntou Jeongguk.

— Mais perto do que você pensa.– Taehyung abriu um sorriso ao responder, aquele sorriso espontâneo que só ele tem.

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