ゞ𝑙𝑎𝑠𝑡. . .

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◝♡◜

Yukhei estava realmente ansioso, sua perna mexia freneticamente no transporte que estava, ele estava indo em direção a sua antiga cidade. Olhando para as pessoas ao seu redor, sua mente se preenchia de memórias da antiga cidade, tanto boas quanto ruins, era difícil apagar de sua mente. Encostou sua testa na janela e lá observava passar os locais, os edifícios começavam a ficar conhecidos, viu que estava chegando na estação, felizmente a estação não era muito longe da casa de Jungwoo, iria dar uma passada lá e ir para sua mãe. Esse era o plano. A estação estava muito próxima, isso deixava-o cada vez mais nervoso. Quando finalmente chega na estação, desce rapidamente, a estação estava cheia de pessoas indo trabalhar, apenas andou o mais rápido possível tentando não esbarrar em ninguém. Sai da estação num flash, parou num semáforo que estava fechado, esperando-o abrir para ele poder finalmente atravessar a rua com segurança, quando abriu, andou rapidamente. Pensou em comprar algo antes de ir para casa de Jungwoo, sabia que havia uma floricultura no bairro dele, iria trazer um presente, passou por muitas lojas até encontrar a tal floricultura, olhou na vitrine, que refletia o seu visual. Ele usava um terno escuro com gravata azul escura, favorita de Jungwoo, não sabia por que havia vindo tão formal, mas se sentia bonito nesta roupa, seu cabelo que estava anteriormente tão bem arrumado agora apresenta alguns fios rebeldes, mas Yukhei não ligou muito. Parou de olhar-se na vitrine da loja e entrou, uma moça jovem que estava no balcão sorriu e recepcionou-o.

‒ Bom dia, senhor! Posso ajudá-lo?

Yukhei abre a boca para falar, mas hesita. Pensando que flor levar.

‒ Está confuso? ‒ pergunta a moça.

‒ Sim, desculpe ‒ fala passando a mão pela nuca, estava envergonhado.

‒ Temos orquídeas, margaridas, girassóis, rosas de várias cores, vermelha, branca...

‒ Acho que vou levar a branca ‒ interrompe a moça quando lembrou que Jungwoo gostava de rosas brancas.

‒ Uma só ou buquê? ‒ pergunta a moça.

‒ Pode ser um buquê ‒ fala rapidamente.

A moça começa a preparar o buquê, que ficou deslumbrante no final, oito rosas brancas envoltas de um plástico transparentes amarradas por um lacinho, era realmente muito fofo. Yukhei agradece e paga pelo buquê.

‒ Obrigada! Tenha um bom dia, senhor!

‒ Igualmente. ‒ fala saindo da loja.

Caminha agora mais devagar, estava um tanto pensativo, prestava atenção em seus passos, estava perto da casa de Jungwoo e aquele sentimento estava matando-o. Viu a casa de Jungwoo de relance, era uma casa não muito grande, mas muito aconchegante. Chegou cada vez mais perto, notando seus detalhes. Ainda com as mesmas paredes claras, o jardim que antes era tão belo, agora tão mal cuidado, a grande árvore na frente da casa parecia pedir ajuda, as flores agora morriam, parecia que a casa era outra.

Yukhei se dirigiu até a entrada, subiu devagarinho as escadas da varanda, estava a alguns passos da porta, estava tremendo. Tremendo tanto, deu alguns passos e chegou a frente da porta, levantou a mão para bater, hesitou, e logo o fez. Ouviu-se toc toc que a porta fez, logo ela se abriu, revelando uma mulher coreana de baixa estatura com olhar cansado, seus cabelos pretos presos, olhos com olheiras profundas e escuras, seu olhar não era feliz até ver Yukhei. Ela se lançou à frente e abraçou-o tão forte. Yukhei sentiou-se tão acolhido e por alguns segundos bem no abraço de sua sogra.

‒ Sinto sua falta, Yukhei ‒ ela fala baixinho.

‒ Também sinto sua falta. Faz realmente muito tempo que não passo aqui.

‒ Pois é, está difícil para todo mundo... ‒ Yukhei concorda com um aceno de cabeça. ‒ Vamos entrando, querido. ‒ diz ela fazendo um aceno para ele entrar.

Assim ele faz, entra naquela casa tão familiar, quadros de fotos de família por todo o corredor de entrada, fotos de Jungwoo criança, da família reunida, mas notou a falta de sua foto favorita no corredor, ele até imaginava o porquê, se manteve quieto.

‒ Quer ir falar com ele? ‒ ela olha nos olhos de Yukhei, ela entendeu o que ele queria. ‒ Vamos lá juntos.

Ela segura a mão dele, ela levou-o para o final do corredor, onde abriu uma porta, que levava ao jardim, esperava ver Jungwoo ali cuidando de suas flores, mas ele não estava, era tão frustrante.

‒ Ele está ali, ela aponta para uma casinha que eles tinham no jardim, ele nunca havia ido lá. Ela soltou sua mão e ele dirigiu-se sozinho para o local.

Esperava que ao abrir a porta ele estivesse lá, acendendo um incenso e prestando uma oração, mas não estava. Entrou rapidamente olhando para o chão, quando levantou os olhos, lá estava a foto de Jungwoo, sorridente, na frente de um vaso com escritas, onde continha as cinzas de Woo. Era difícil para Yukhei permanecer lá, um monte de lágrimas surgiram em seus olhos, ele não conseguiu segurar. Apenas queria vê-lo novamente, queria uma chance de dar adeus, um último beijo, um último abraço, uma última palavra. Ele sentia tanto a falta dele... sentou-se no chão com lágrimas correndo seu rosto.

Chorou lá por um tempão. Pensou no dia que recebeu a notícia o quão chocado ele ficou, fora um acidente de carro, totalmente imprevisível. Ele só queria seu namorado de volta.

Depois de muito tempo saiu da casinha, com olhos inchados e sentindo-se muito triste. Ele observa o jardim morto que antes era tão bonito, a fonte agora nem funcionava mais, a grama estava alta, as flores estavam mortas, como Jungwoo. Era tão difícil aceitar o fato que ele havia morrido, escrever as cartas como se ele estivesse vivo, ajudou Yukhei por muito tempo, iria continuar escrevendo, como forma de terapia, poderia esquecer quão doloroso era viver sem Jungwoo, mas nunca iria se esquecer dos momentos que passaram juntos, todas as tardes juntos no quarto dele, quando tomavam sorvete juntos, ou jogavam Mário a tarde inteira, todos aqueles eram momentos que ele não iria esquecer.

Jungwoo poderia estar morto, mas para Yukhei estava bem vivo em sua memória.

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𝑙𝑒𝑡𝑡𝑒𝑟𝑠 𝑡𝑜 𝑢𝑤𝑢Onde histórias criam vida. Descubra agora