Ode as borboletas : Alter ego

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Nota: Este capitulo contem cena de um surto psicologico e tentativa de suicídio. Então deixo avisados para caso alguém tenha gatilho.

É o penúltimo capitulo da fic, espero que gostem! 

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Yuri pov

Andei de um lado para outro no meu quarto, desde a situação constrangedora no restaurante eu não obtinha notícias de Demyan, ou ele respondia minhas chamadas. A parte preocupante é que já havia duas semanas que isso vinha ocorrendo. Até mesmo Yuuri e Victor haviam voltado do Japão e Demyan nem sequer respondeu aos convites do japonês. Meu coração estava angustiado e eu me sentia culpado pela última cena durante o natal e por não lidar com tudo de maneira mais responsável.

Eu devia ter corrido atrás daquele carro.

Suspirei exausto e sentei na cama que eu havia me jogado, puxei o celular e olhei o visor. Não tinha respostas do médico, nem sequer uma mensagem. Nada de nada.

Okay, foda-se. Eu estou indo na casa dele resolver essa merda agora mesmo.

Saí do quarto e caminhei para a sala, Megan estava sentada no chão junto com Anastásia e Yuuri, levantou a cabeça quando me viu passar inquieto.

— Onde você vai, Yuri? - olhei para a morena e para o japonês que me encarava curioso.

— Resolver essa merda com Demyan.

— Como assim? O que você pensa que está fazendo? Não acho que seja uma boa ideia, eu não sei como ele está. - a morena se levantou, deixando a menor olhando curiosa a cena.

— Já se passaram duas semanas, Megan. Eu te ouvi até agora, mas chega. Preciso saber o que deu nele. - peguei a minha chave e coloquei no bolso da calça junto ao celular e me direcionei a porta da entrada.

— Não pense em fazer isso, idiota! - ela se levantou e veio em minha direção. — Precisamos entrar em contato com ele e pedir que ele siga o tratamento, ele tem um transtorno, não é algo simples de se lidar e você ir lá não vai fazer diferença. E outra: - Megan devolveu o brinquedo para Anastasia. — Se ele fizer algo para você? Pelo amor, Yuri. - começou a arrumar as coisas em volta, inquieta com o assunto.

— É o Demyan, Megan. Ele nunca me faria mal.

A morena fechou a expressão e deu um suspiro audível, tomei isso como uma deixa para me retirar do apartamento a ouvindo gritar atrás da porta. Enquanto estava no elevador acionei o pedido de um táxi e tentei traçar um plano para toda a cena.

A corrida de carro foi silenciosa, o que me deu tempo para refletir se eu xingaria ele ou tentaria descobrir com calma porque Demyan andava me evitando, além de toda a situação que Megan havia descrito. Mesmo depois do surto tentei conversar com ele, mas sem respostas. Isso não era normal, não era nossa rotina, desde que havíamos nos encontrado no hospital quando ele cuidou do meu avô o contato era constante. Mesmo os anos fora do país ainda nos falávamos por mensagens ou vídeo chamadas. Éramos colados e simplesmente, depois daquele dia, tudo parou e congelou. Tudo entrou em crise, assim como ele e nossa relação.

O táxi parou em frente ao prédio, era quase sete horas da noite, então notei que a luz do seu apartamento estava ligada. Paguei o motorista e desci do carro, indo para o prédio conhecido. O porteiro me reconheceu, então não foi necessário que eu fosse anunciado. Minha mão estava suando, me sentia nervoso com toda a situação.

Seja corajoso, Yuri Plisetsky. Ele está bem.

Repeti diversas vezes mentalmente. Entrei no elevador e apertei o número do andar do médico. Começou a tocar uma música ambiente, revirei os olhos e me senti naqueles típicos filme de terror. As portas de aços abriram-se estrondosamente para um corredor imaculado em tons pastéis. Meu corpo tremia.

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⏰ Última atualização: Apr 04, 2020 ⏰

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