Carinho

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Notas do Autor
Boa leitura!

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Luz VIII

Carinho.

Gosto de tocar em seus cabelos e de sentir o cheiro que vem da sua pele, afinal como recusar algo ao homem chamando Uchiha Madara.

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Madara faltou pular no pescoço da médica quando a confirmação veio, não posso dizer que fiquei feliz e ao mesmo tempo não posso dizer que fiquei triste, mas é que não esperava engravidar do cara que me salvou. Se antes a nossa relação era confusa imagina agora! Ele ainda está a se recuperar do acidente e estou a me acostumar em tê-lo em casa o dia inteiro, apesar de que alguns amigos dele vem vê-lo, já que não é todo dia que Madara é internado e não é sempre que eles têm a oportunidade de tirar uma com a cara dele por causa disso. Eles estão a aproveitar até demais da situação do Uchiha.

No começo ele ficava bravo, para não dizer bem irritado, mas agora ele não fica tanto, pelo contrário ele ajuda a fazer as piadas e quando os amigos passam dos limites eles o pune, batendo neles com a muleta e às vezes com as almofadas da sala.

Quando eles vêm acabo ficando no quarto, não é como se eu não gostasse dos amigos dele, mas é que eu não me sinto à vontade é quase como se tivesse atrapalhando, sendo um incômodo, mas como é do Madara que estamos falamos ele nunca reclamaria, só que eu sei que muito dos amigos dele não gosta da ideia de uma ex-garota de programa morando com um delegado e ainda por cima estar grávida dele. Na mente de muitos dei o golpe perfeito, tirei a sorte grande e achei o trouxa certo para enganar, só que é aí que eles se enganam! Nunca quis e nem ao menos tentei enganar ele, já tentei ir embora, contudo, o moreno mandou uma viatura trás de mim e me deixou "presa" — também pode se ler dormir de conchinha e com um Madara manhoso, reclamando do tédio e tocando na minha barriga —, durante um dia inteiro

Não é como se eu não tivesse gostado de ficar deitada com ele durante um dia inteiro, dando pequenas pausas para comer e ir no banheiro. Mas é que foi constrangedor ver ele andando atrás de mim com o carro enquanto usava um megafone para chamar a minha atenção.

Passo a mão em meus cabelos, nos últimos dias eu ando me sentindo muito sonolenta e desatenta. Me levanto e começo a descer as escadas, escuto uma pequena discussão no andar de baixo, Madara está a brigar com um dos amigos dele novamente, pela voz deve ser o senhor Senju, ele nunca aprovou a ideia do amigo de me manter do lado e odiou ainda mais quando soube que estou grávida. A ideia de que eu estava dando um golpe no delegado ficou ainda mais forte e convicta depois das últimas notícias.

Em certos momentos acabo por concordar com o amigo dele, já que desde que cheguei na vida dele só causei problemas, mas quando tento me afastar, ir embora algo faz para que eu volte, no começo era por não ter para onde ir e por não conhecer ninguém, essas foram as coisas que fizeram com que aceitasse a ideia morar com ele. Depois teve aquelas problemas com o meus documentos e a minha falta de vontade — coragem — de voltar a morar com meus pais, creio que o julgamento deles me fez perder a coragem, fazendo-me permanecer nesse país; pois provavelmente não suportaria vê-los jogando na minha cara tudo aquilo que me aconteceu, e muito menos mesmo aguentaria ficar lá depois de tudo o que passei.

Mas agora que descobri que serei mãe acabei que por definitivo ficando presa a ele, o pai do meu bebê não parece se importar ao contrário de mim que parece que a qualquer momento irá surtar devido a ansiedade e nervosismo.

Desço as escadas de forma lenta, Madara se encontra com os cabelos presos. Ele com certa dificuldade se mantém de pé, termino de descer as escadas um pouco correndo, ele não pode ficar muito tempo em pé e nem se forçar a caminhar sem as muletas, mas o mesmo é orgulhoso e nunca me obedece ou faz o que conforme pedi. Há momentos que eu tento entender como o aturo, pois eu nem sei como a gente se dá bem!

Luz NegraOnde histórias criam vida. Descubra agora