Aiko

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Luz XIII.

Aiko.

Ela é a sua música, apesar de ser a nossa pequena canção de amor.

§

Ansioso. Nunca pensei em como ficaria quando esse momento chegasse, para muitos estou me saindo muito bem, quando na realidade estou lutando para não surtar.

Já estou sem as minhas unhas da mão, as roi tanto que sobrou pouco delas para contar a história, temo continuar e acabar ferindo.

Tem quase seis horas que a minha princesa inventou que queria nascer, ela poderia ter esperado um momento melhor, quem sabe um momento mais apropriado, todavia assim que notou que eu iria sair do país quis nascer! Eu mal entrei dentro do avião e tive que sair as presas, não queria perder o nascimento dela, não queria perder nenhum momento dela, pois quando ela mexeu pela primeira vez eu estava trabalhando.

Ando de um lado para o outro, meus cabelos se encontram mais bagunçados que o habitual, tudo em mim encontra-se fora do lugar, desde o meu instável emocional ao meu temperamento. Hinata poderia ter sido caridosa e permitido que eu entrasse para vê-la, mas a mesma pediu para que eu entrasse somente quando ela estivesse quase nascendo.

Com os últimos acontecimentos eu acabei não escolhendo o nome dela, Hinata deveria ter sido aquela a nomear a menina, contudo resolveu deixar essa difícil tarefa para mim; por nunca ter me imaginando pai de uma criança, eu acabei nunca pensando em como seria escolher o nome para uma, não posso improvissar e nem ligar o modo fodasse para isso. É a minha filha, a bebê na qual eu estou esperando a nascer a seis meses, afinal eu só descobri a existência da minha princesa quando ela estava completando três meses desde que foi "feita".

"Coração se acalme, não está na hora de eu morrer ainda, afinal eu não posso deixar a Hinata e nem a bebê que eu ainda não escolhi o nome desamparadas" — penso ansioso. Kakashi se encontra ao meu lado, Ino é aquela que está a surtar junto comigo, a loira já tentou entrar no quarto de forma sorrateira, mas ao escutar os gritos de Hinata rapidamente mudou de ideia, voltando a se sentar ao meu lado.

— Madara será que vai demorar muito? — a menina questiona.

— Não sei, partos coisas que não dá para se prever, pode ser que não demore muito, da mesma forma que pode se estender por horas a fio. — digo. Respiro fundo, quero entrar dentro da sala, ficar ao lado dela, mesmo com Hinata dizendo que não é necessário. — Caralho!

Já tentei entrar na sala escondido, todavia Hashirama foi aquele a me impedir de invadir a sala e de ficar ao lado dela, estou nervoso demais, é de acordo com ele isso somente iria atrapalhar ao invés de ajudar, nem tive como argumentar com ele quando o mesmo me disse essas palavras, tenho que ficar calma e pensar da forma mais racional e justa possível, todavia é dificil... bem dificil!

Desisto de esperar, dando a desculpa que irei comer algo começo a andar sem rumo pelos extensos corredores, Hashirama caminha atrás de mim. Ainda estamos meio brigados, afinal as palavras que ele disse feriram a mulher que chamo de amor, e isso é algo que não se pode perdoar tão facilmente, pelo assim penso eu.

— Madara? — ele me chama, saindo do enorme prédio eu vou até a área de fumantes.

Não creio que depois de anos irei voltar com esse hábito, mas o cenário pede por isso, apesar de saber que ele não irá relaxar em nada, só irá me deixar um passo mais perto de adquirir um câncer no futuro. O cigarro tem aquele nostálgico e familiar gosto de nicotina e os seus outros elemento químicos.

Acendendo o mesmo eu me sento, Hashirama se mantém em pé, parado a minha frente. O jaleco branco combina com ele, sempre combinou, afinal fazer trabalho de mocinho sempre foi com ele.

Luz NegraOnde histórias criam vida. Descubra agora