Capítulo 18

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"Não ir embora: Ato de amor e confiança."

A Menina Que Roubava Livros, Markus Zusak

Domingo

O projeto do Norte estava martelando no meu coração. Aquele projeto sobre ajudar as pessoas em relação ao seu futuro lá da igreja. Eu havia dito ao Mateus que achava o projeto muito legal e que também tinha intenção de ajudar, mas eu não sabia se podia fazer muita coisa considerando que nem mesmo eu sabia o que ia fazer. Mas as coisas agora eram diferentes.

Eu não sabia muito bem como estava o projeto, mas sabia que estava em andamento. Eles ainda não estavam atendendo as pessoas mas estavam considerando toda a estrutura física e espiritual da ideia. Eu estava muito feliz por Mateus estar fazendo isso.

Eu decidi que após o culto ia falar com ele sobre isso e foi o que fiz.

Peguei minha bolsa e comecei a procura-lo quando ouvi a voz do mesmo dizer:

- Tá perdida?

Sorri e disse:

- Oi Mateus! Queria falar com você sobre o projeto do Norte.

- Ah sim! Você já viu a salinha que estamos separando?

- Não, não vi. - disse eu.

- Vem comigo!

Segui ele até uma salinha na igreja bem arrumada e que tinha algumas carteiras como se fosse uma sala de aula. Uau. Espera, se eu fosse ajudar teria que ser uma espécie de professora?

- Bom, vai ser aqui que vai ter as aulas principais. Conseguimos algumas carteiras, o pastor já está vendo alguns materiais para nós, temos bastante voluntários, o projeto está crescendo. Eu estou bolando uma apostila online de ensino e uma metodologia de aprendizado.

- Caramba!

- O que foi? - perguntou rindo.

- Isso é incrível! Quer dizer, você está realmente se dedicando a isso. Eu estou muito feliz por você Mateus, eu tenho certeza que Deus vai te usar muito nisso porque é algo que eu realmente vejo que as pessoas necessitam.

- Amém. Fico feliz em poder ajudar de alguma forma.

Sorri. Ele só podia estar brincando, ele fazia tantas coisas na igreja.

- Mas o que você queria falar comigo? - perguntou.

- Bom, quando disse a você que não sabia como ajudar visto que nem mesmo eu sabia o que fazer, eu fiquei chateada porque realmente queria ajudar.

- Sem problemas, eu entendo. Fica tranquila. - disse ele.

- Bom, mas agora eu sei o que vou fazer. Você disse que tem muitos voluntários mas se ainda tiver algo que eu possa fazer...

- Se tem algo que possa fazer?! Mas é claro que sim! Estamos de portas abertas! Nós temos sim voluntários, mas são mais para a parte técnica, eu precisaria de você pra ajudar a ministrar diretamente na vida das pessoas.

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