Capítulo 20

8 2 0
                                    

"Eu passei a ver o mundo de outra maneira. E não foi ele que mudou, fui eu."

Cabana dos Sonhos, Irene Pacheco Machado e Luiz Sergio

Domingo

Construir a casa na rocha nada mais é do que ouvir e viver os ensinamentos de Cristo. Não é folgar na rocha, é simplesmente isso: ouvir e viver. Isso fica bem claro nesta passagem. Não basta ouvir, ou seja, não basta vocês estarem aqui me ouvindo, lamento ter que desaponta-los. - disse o pastor - Você precisa viver, entende? Precisa praticar para que quando vierem toda a sorte de desafios você permaneça firme. É lindo o amor de Jesus, é lindo o perdão que Ele nos dá, mas sinceramente, você não cansa de cair? Não cansa de cometer os mesmos erros, não cansa de estar confuso mesmo tendo instruções bem claras do que é pra ser feito? Você está caindo? Então talvez não esteja vivendo isso.

Como uma vez eu ouvi, discipulado é conforto, mas também é confronto. Nós podemos viver fugindo de sermões e isso significa que no final não estaremos prontos pra nada. Estaremos sozinhos, sem conhecimento sobre nada, apenas com uma mochila de opiniões formadas. Ouvir o que ouvi hoje e tenho ouvido ao longo dos dias, tem me desafiado. Tem me chamado para mudanças. E isso de jeito nenhum é confortável, mas no fundo você sabe que é bom. Puxa, quando eu olho para trás e vejo eu mesma a alguns meses fico tão feliz pelas mudanças que me ocorreram. Eu precisava crescer, não sou mais criança, tenho responsabilidadesgrandes agora. Apesar de as coisas serem mais fáceis antes, posso experimentar novas coisas em Cristo agora que sou mais madura. Isso é incrível.

Segunda-feira

O despertador toca ás 7:30h, me sento na cama e olho as pontas do meu cabelo. Precisava lavar ele hoje.

Levantei e fui ao banheiro e enquanto escovava os dentes apreciava meu pijama xadrez que eu amava. Desci para a cozinha e fui preparar o meu café da manhã.

Peguei dois ovos, (se papai visse isso ele ia me matar) duas colheres de creme de leite, sal manteiga e cebolinha. Fiz uma omelete e na hora que me sentei para comer papai entrou na cozinha e me desejou bom dia.

- Bom dia! - disse eu antes de levar uma colher do café a boca.

- Isso parece bom. - disse ele de olho no meu prato.

Deixa ele descobrir que eu usei dois ovos só pra isso.

- Quer que eu faça um para o senhor?

- Não, obrigado. - disse ele servindo uma xícara de café.

Ele saiu da cozinha e eu fiquei comendo devagar para aproveitar melhor. Pouco tempo depois vejo um cachorro muito animado correndo até mim.

- Robin!

Ele também estava de olho no meu café da manhã.

- De jeito nenhum, isso deu trabalho. - disse eu, o que não pareceu diminuir as esperanças dele.

- Robin! - chamou papai.

Robin olhou para a porta e depois olhou para o meu prato.

- Mamãe vai te matar se souber que ele está na cozinha. - gritei.

- Traz ele aqui. - pediu papai.

Me levantei, coloquei meu prato em cima da geladeira e levei Robin até a sala.

Li mais uma página e levei outro pedaço de frango a boca. Olhei no relógio. Dava tempo de mais umas três páginas, eu acho. No fim das contas não deu mas terminei o almoço. Coloquei o livro na mochila caso eu fosse ler no ônibus. Escovei os dentes e saí do quarto com o prato sujo na mão.

SeguindoOnde histórias criam vida. Descubra agora