Capítulo 19

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"Você só vive uma vez, mas se você souber viver bem, uma vez é o suficiente."

Joe E. Lewis

Abracei alguns professores, arrumei as carteiras antes de sair da sala e passei a mão pela parede dos corredores. Tudo isso porque ia sentir falta. Benjamin colocou o braço ao redor de mim e disse:

- Temos um mundo pela frente.

Olhei nos olhos dele e percebi que ele tinha razão. Quem sabe o que Deus faria daqui pra frente?

Fomos ao BK em seguida e embora Paulo quisesse muito ir, ele não podia, e Xarles foi com ele. Éramos eu, Ben, Clara, Kaio, Gessika, Hugo e logo seria também o namorado da Gessika. Estávamos fazendo os pedidos enquanto ele não chegava.

Me sentei e quando ficou pronto os meninos foram buscar. Eles chegaram com as nossas bandejas e no meio da refeição o namorado de Gessika chegou e logo se enturmou. Fiquei com medo de Hugo se sentir meio deslocado por ser o único a não estar acompanhado, mas acho que seria mais fácil eu me sentir assim. Ele não parava de falar e eu queria tornar aquele momento eterno.

- Eu preciso ir. - disse Ben conferindo o relógio.

- Vai trabalhar? - perguntou Juan.

- É, vou. Infelizmente. - disse Ben - Quer dizer, que bom que eu tenho um emprego.

- Seu ingrato. - disse Hugo atirando uma batatinha no Ben.

- Isso se chama desperdício sabia? - disse Kaio.

Sorri e Ben começou a se despedir de todos. Fiz o mesmo pois queria ir com o ele até o ponto.

Quando saímos do BK senti como se ali tudo tivesse acabado.

Suspirei e Ben segurou a minha mão. Começamos a caminhar e ficamos conversando até chegar no ponto.

- Você não pode ir. - disse eu.

- Como assim? Não posso ir trabalhar? - perguntou rindo.

Neguei com a cabeça.

- Justo você, que não chega uma aula atrasada me dizendo pra faltar ao trabalho.

- Só não quero que você saia de perto de mim.

Ele segurou as minhas mãos e disse:

- Nós vamos nos ver mais do que você imagina.

- Não é o suficiente. - disse eu.

- Você está sensível porque é o último dia de aula?

Abracei ele para que ele não me visse chorar. Mordi os lábios tentando segurar ao máximo.

Ele acariciou meu cabelo e disse:

- Ainda não é o fim. Tem a formatura lembra?

Ele tinha razão. Ergui a cabeça e encontrei os seus olhos. Ele sorriu e ajeitou uma mecha de cabelo minha atrás da orelha.

- Nos vemos na formatura então.

- Antes disso. - ele disse e em seguida me beijou.

Segurei seus rosto e me afastei quando ouvi barulho de um ônibus.

- É o meu. - disse ele. - Vai ficar bem?

Assenti sorrindo. Ele fez sinal para o ônibus que parou.

- Se cuida. - disse eu.

- Eu nunca estou sozinho lembra?

Ele subiu e se foi, e eu segui contente com Jesus.

SeguindoOnde histórias criam vida. Descubra agora