Último capítulo / FIM

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Pôr os pés em solo na ilha de Fernando de Noronha fez com que Verner, Ian e Bruno respirassem ansiedade. A viagem tinha sido longa como se cada segundo durasse uma eternidade numa sensação de desespero contido que parecia mútua.

Uma vez em solo os três saíram de seus assentos atropelando os demais passageiros em direção a porta de saída sem necessidade de qualquer bagagem já que simplesmente pularam dentro do avião sem outro pensamento que não fosse salvar seu amigo.

O lugar parecia paradisíaco e pequeno com poucos habitantes porém não parecia tão fácil encontrá-los.

_Vamos nos dividir. Fomos idiotas o suficiente para não ter bisbilhotado em qual hotel ou pousada estariam...

E no segundo seguinte os três corriam cada um para lados diferentes como loucos ensandecidos.

E Verner passava para a segunda pousada sentindo seu coração palpitando de terror por notar que levariam muito tempo para encontrar os dois já que levava uma eternidade para convencer os proprietários a dar qualquer informação sendo que restringiam o acesso a lista de hospedes. Depois de muito berrar apenas lhe confirmaram que não havia nenhum Wendel Backer na lista.

Frustação, medo e terror era o que lhe assolava o coração, mas quando vira Ian correr em sua direção trazendo Bruno consigo e um terceiro personagem que parecia ser um guia suas esperanças foram renovadas.

Ian encontrara o rapaz no primeiro hotel que entrara e vira os olhos dele saltarem quando mostrou a foto do casal e por mais que ele  houvesse negado que os conhecia, notara de imediato que ele mentira. De cara pensara em enfiar-lhe um soco no meio da cara, mas tinha que manter a sanidade se queria resgatar seu amigo.

_Veja. Esse é Nícolas Huberman. _Apresentara então a foto do maldito pelo celular. _Esse cara é um psicopata. Ele é obcecado pela esposa do Wendel e já fez horrores para destruí-lo. Por favor você não sabe do que ele é capaz...

_Meu rapaz, como poderia ser? Ele quem contratou a mim para proporcionar a mais maravilhosa experiência ao casal seria impossível  que...

_Como é?! Você sabe...

Não houve como tal homem escapar de suas mãos e no minuto seguinte ele era obrigado a falar tudo que sabia e ao que parecia era somente um guia que fora enganado por Nícolas.

_Não há como ir por terra. A trilha até lá é íngreme...

_Como chegamos até lá? Vamos! Diga!

_Pelo mar... de lancha...

_Você vai nos levar até lá.

_Eu não posso. As regras di...

_Não temos tempo para suas desculpas. __Ian pôs a mão no bolso. _Eu tenho licença marítima arrais amador só precisamos alugar uma lancha. _E os três correram em direção ao cais.

O que parecia fácil era encontrar um veículo. O difícil era os trâmites para aluguel por se tratar de uma ilha com regras rigorosas de turismo ecológico.

_Não temos tempo pra isso! _Ian berrou diante da demora do proprietário. _Verner! Bruno! _E fez um movimento com a cabeça para que os dois entrassem na lancha. E diante dos gritos assustados do dono ele simplesmente saltou para dentro do veículo ligando o motor e saindo em disparada na direção indicada por seu GPS.

O vento forte e as ondas batendo no casco de metal exprimia a alta velocidade com que corriam... porém a distância parecia longa demais e a medida que seguiam mesmo em alta velocidade  os minutos se passavam. E mesmo que tenham corrido o mais rápido possível não tiveram tempo de impedir que o pior acontecesse.

Simplesmente ImperfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora