back to you | sammy wilk

✦ 31 | eu não sou bom em tomar decisões.

alguns meses antes...

Enquanto eu escutava o barulho das ondas, as mãos de Sammy acariciavam minhas costas. Eu estava com a cabeça em seu peito e praticamente deitada em cima dele, enquanto ambos nos encontrávamos em uma cadeira de praia gigante. 

O dia estava ensolarado e lindo de morrer. A praia praticamente vazia. A água claríssima. A areia branquinha. O amor da minha vida me fazendo o melhor carinho do mundo. Este era o cenário mais que perfeito.

— Acho que eu quero me casar na praia. — Digo.

Samuel riu fraco.

— Hailey e Nate, um casal amigo da minha mãe, fez isso. Eu não fui, mas ela disse que estava lindo.

— Você quer se casar algum dia?

— No geral? Não. Com você? Sim.

— Então, se eu morrer precocemente, você vai ser um solteirão para o resto da vida? — Perguntei em um tom divertido. Quando não obtive resposta, levantei a cabeça para analisar seu rosto, encontrando um Sammy mais sério do que nunca. — Eu estava brincando, Wilk. — Acariciei seu rosto. Ele pegou minha mão, entrelaçando nosso dedos e dando um beijo na mesma.

— Eu sei. — Murmurou com a voz falha.

— Sammy...

— A ideia de não te ter por perto acaba comigo mais do que qualquer coisa. — Passou a língua pelos lábios, suspirando em seguida.

— Sempre vou estar por perto, amor. Você sabe. — Ele assentiu, me puxando novamente para o seu peito. — Meu lugar é aqui, nos seus braços.

Depositando um beijo no topo da minha cabeça, disse:

— Dizem que depois do casamento o sexo acaba. Isso que me preocupa.

Eu ri.

— Por que acabaria? Nós vamos morar sob o mesmo teto. Literalmente sozinhos. Se quisermos transar no meio da sala, nada pode nos impedir.

— Eu ia dizer que são os filhos que provavelmente atrapalham, mas, honestamente, pestinhas ruivos correndo por aí, iguais a você... Porra, não seria nada mal.

Franzi o cenho.

— Você não pensa em casar, mas pensa em ter filhos?

Sammy deu de ombros, me fazendo rolar os olhos.

— Linda, o nosso futuro está nas suas mãos. Eu não sou bom em tomar decisões.

Me afastei dele, cruzando os braços.

— Não quero que você case comigo só porque eu quero me casar com você.

— Vem cá... — Esticou os braços, tentando me puxar de volta ao seu encontro. Neguei. — Eu quero tudo com você, Onika. Casamento em si que nunca passou pela minha cabeça. E, de qualquer forma, se você pedisse para se casar no bar da esquina da sua casa com o mendigo pinguço que sempre está lá como padre, selando nossa união, eu aceitaria.

Gargalhei, deitando novamente em seu peito e plantando um beijo ali.

— Quer dar um mergulho?