CAPÍTULO 18

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Uma chamada da minha mãe foi tudo para que eu fosse correndo para o aeroporto mais perto da minha casa e comprar a próxima passagem para Washington

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Uma chamada da minha mãe foi tudo para que eu fosse correndo para o aeroporto mais perto da minha casa e comprar a próxima passagem para Washington.

O meu pai acabou tendo um A.V.C por causa da sua pressão alta, minha mãe obviamente ficou desesperada. Minha madrinha está com eles mas é claro que não deixarei minha mãe sozinha nessa situação.

Consegui fazer um telefonema para Julie mas não consegui dizer tudo que eu tinha para falar, eu pelo menos queria ter explicado melhor, eu simplesmente joguei a bomba e fugi. Eu não quero que ela pense que estou a deixando, não quando estamos em algo tão bom.

A voz da aeromoça dizendo que chegamos em Washington me tira dos meus pensamentos, me fazendo levantar e ir até a saída do avião.

Já no aeroporto paro em um lugar para comprar um sanduíche natural, no vôo eu não consegui comer absolutamente nada por causa do meu nervosismo e medo.

Sento para comer o meu sanduíche, aproveito e chamo um uber pelo meu celular, ele logo chega e eu entro no carro, o motorista dá partida até o hospital que meu pai está.

Chego lá e a primeira coisa que eu vejo é minha mãe de cabeça baixa sentada nas cadeiras desconfortáveis da recepção.

— Mãe? — a chamo com cautela fazendo ela levantar a cabeça e seus olhos encherem de lágrimas.

— Filho! Filho! — minha mãe levanta da cadeira e me dá um abraço apertado.

— Como ele está mãe?

— Ele está na UTI, por um pouquinho ele não acabou falecendo — diz chorando.

— Ele vai ficar bem — sussuro no seu ouvido.

(...)

Minha mãe foi para casa com a minha madrinha, ela precisava descansar um pouco. Eu nunca vi minha mãe daquele jeito, tão acabada. Provavelmente vou ter q ficar por um tempo aqui, até as coisas normalizar, meus pais precisam de mim.

Saio da UTI que meu pai está e ando pelos corredores em busca de uma máquina de snacks, elas são perfeitas para matar a fome que eu estou sentindo agora.

Encontro uma no final do corredor, pego algumas moedas que minha mãe deixou comigo e compro um salgadinho e um refrigerante, me sento em uma cadeira que tinha ao lado e mato a minha fome.

Pego meu celular decidindo se eu devo ligar para ela ou não, talvez seja tarde demais mas eu não quero deixa-lá preocupada. Com certeza o fato de eu ter que ficar com os meus pais em Washington vai deixá-la triste mas meus pais nesse momento são prioridades. Decido ligar. Ela atende só na minha segunda ligação.

— Aa... Nathaniel? — sua voz sonolenta indica tudo, Eu acordei ela — Meu deus Nathaniel! Como está? Eu estava tão preocupada, nem sei como dormi nesse sofá — solto uma risada com a sua reação.

— Meu pai está muito doente, ele ainda nem acordou Julie.

— Sério?

— Sim... — entorto a boca já pensando na reação que ela vai ter — Julie...

— Sim?

— Meus pais precisam muito de mim aqui, então terei que ficar um pouco aqui em Washington — O silêncio toma a nossa ligação e eu só consigo prestar atenção na respiração da Julie. Ela está pensando no que dizer.

— Eu te entendo Nathaniel — ela diz e percebo sua sinceridade.

— Eu logo estarei aí de volta, tá bom, e eu ainda tenho algo para resolver com você de uma vez — digo com um sorriso nos lábios pensando que eu finalmente vou ter a coragem de dizer que eu gosto da Julie mais do que ela imagina.

— Talvez o que eu estou prestes a fazer seja a coisa mais louca de todos os tempos.

— O que? — digo me levantando mas tudo fica mudo indicando que ela desligou a ligação.

— O que você está prestes a fazer Julie Patterson — sussuro para mim mesmo.

××××

Mais um capítulo para vocês!!
Espero que tenham gostado 😊

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