Capítulo dois

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_ Espero que tenha dormido bem. - Escutei o sibilar que passei odiar. _ Bom dia. - A primeira coisa que vejo foi seu sorriso.

Levantei-me da cama em um pulo só, assustada com a pessoa na cama. Mas era apenas Voldemort sentado na beirada da cama, rindo como se fosse engraçado ter me acordado assim.

Estou apenas um dia nesse lugar e já estou achando normal isso... Acho que estou enlouquecendo devido ao estresse.

_ O que faz no meu quarto? - Tiro meu cabelo de frente dos meus olhos. _ Não te dei essa intimidade. - Não dei intimidade nenhuma.

_ Que eu saiba, Hermione. - Cruzou as pernas. _ Esse quarto é meu. - Abracei meu corpo. _ Mas mudando de assunto, se troque, temos visitas e lhe espero no andar de baixo.

_ Então, por gentileza, magnífico Lorde das Trevas. - Zombei. _ Poderia sair da minha vista por apenas um século? - Seria pouco.

Não serei a submissa que ele espera e não serei a bonequinha de porcelana que ele pensa que sou. Ontem estava querendo apenas sobreviver, mas sou uma Grifinória e darei um jeito de escapar desse lugar.

Mas talvez só esteja cansada de fugir de tudo e quem sabe posso tentar ver essa guerra por outro ângulo? Um ângulo que Voldemort tentava me mostrar...

Duas partes minha lutavam uma contra a outra, uma era a bonequinha de porcelana que queria ser submissa e louca por Voldemort, e a outra era a sensata e apaixonada por Rony.

───※ ·❆· ※───

_ Está bonita. - Comentou quando entrou no quarto sem bater à porta. _ Não esperava que tivesse esse tipo de gosto.

Havia pegado um vestido negro, que estava no closet e a pequena elfa me informou para usar aquele vestido devido à ocasião.

_ Tenho quer me portar como uma Comensal também? - Ele percebeu que já estava farta de tudo. _ Estou cheia de suas palavras, cheia de ficar aqui e cheia de saber que foi um dos seus comensais que matou os meus pais! - Só posso ter enlouquecido de vez. _ Você não tem coração e nunca terá, então, lhe imploro, me deixe ir... - Não estava sendo inteligente implorando para alguém que não tinha sentimentos.

Deu passos largos até mim, parecia nervoso com as minhas palavras, mas sua face não expressava nada que pudesse desvendá-lo, talvez apenas seus olhos. Mas estavam tão calmos que estranhei seu olhar com seu jeito de caminhar.

_ Minha estrelinha. - Já tinha até um apelido. _ Suas palavras me ferem mais do que mil Crucius de Bella. - Que comparação horrível, mas era entendível. _ Você precisa ficar nessa casa para ser protegida. - Não precisava! _ Talvez neste almoço você saiba o porquê, mas se importa de ser minha acompanhante neste almoço? - Cerrei os dentes.

Sua mão esquelética estava erguida, meus olhos estavam nela e era tentadora a sua oferta.

Descobrir a verdade e fugir de lá, sabendo algo que podia salvar Harry e meus amigos, poderia valer a pena, mas teria que aguentar esse homem asqueroso que a única coisa que sabe fazer é torturar e matar.

_ Só irei com você, se me disser por qual motivo declarou guerra contra o mundo? - Sempre quis saber disso, mesmo as pessoas dizendo que era óbvio.

_ Para mostrar a eles que nada do que eles estão vendo é verdade. - Franzi o cenho. _ Estão vendo um mundo cor de rosa, mas o mundo é preto e cinza, e nada irá mudá-lo, nem mesmo a guerra.

_ Então por que você quer lutar?

_ Para mostrar a eles a verdade. - Beliscou meu nariz. _ Como mostrarei a você.

A Estrela de VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora