Capítulo onze

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Matar pessoas não era aterrorizante como imaginava, mas foi tão fácil de tirar uma vida com apenas duas palavras. Já estava viciada em matar e torturar, cada pessoa que entrava por aquela porta, saia dessa sala morta ou sem sanidade.

Tom queria me ver perder a pouca razão que tinha em mim, e já tinha matado o que achava que era o certo. Via o mundo de outro ângulo e esse mundo me parecia melhor e divertido.

Os gritos que imploraram piedade me fizeram rir, o sangue se espalhando pelo chão não me dava mais ânsia de vômito, mas, sim, prazer.

Um prazer que nunca pude presenciar com o meu jeito de boa menina.

_ Está gostando? - Perguntou se deliciando com os gritos de pavor das nossas vítimas.

_ Não. - Falei, sentindo suas carícias em meu rosto e apertei sua mão esquelética.

Ele tinha me contado que só usaria sua face jovem e atraente quando eu pedisse, ou em uma ocasião especial.

_ Estou amando. - Sorriu. _ Esse mundo das trevas é maravilhoso, quero mais e mais, e... - Agarrou minha cintura e nos abraçamos.

Escutávamos os gritos se fundindo com a nossa risada, Voldemort me pegou no colo e começou a me girar no meio do salão.

O sangue respingava pela parede branca e os corpos iam sendo arrastados pela força bruta que fazia ao me girar.

A mesa que estava no centro do salão estava cheia de corpos mutilados e ensanguentados.

Tom empurrou os corpos para o lado, me deitando naquela mesa suja de sangue e com o fedor da morte, minha sanidade não reagia, mas a única coisa que poderia fazer era testemunhar minha loucura.

_ Tom, o que faremos? - Aliso seu rosto. _Estou me sentindo na beira de um precipício e fiquei amiguinha muito rápido do Malfoy. - Suspirei. _ Dumbledore pode desconfiar. - Alisou seu dedão nos meus lábios, os sujando com o sangue alheio.

_ Não se importe com coisas fúteis, minha estrelinha. - Me beijou, fazendo que o gosto de sangue penetrasse meu paladar. _ Apenas sinta o prazer que estou te proporcionando, sinta a loucura dentro do seu ser, seja livre para fazer o que você quiser. - Suspirei em sua boca.

_ Então seja meu e serei sua.

Palavras vazias, mas contendo sentimentos de luxúria, apenas para nos proporcionar um prazer naquele momento.

Minha consciência estava relutante, mas acabou desistindo de tudo e abraçou a loucura mais uma vez como uma velha amiga...

───※ ·❆· ※───

Quando voltou para Hogwarts, ela chorava pelo corredor, imaginando o que Dumbledore iria achar da sua informação, iria fazer Dumbledore cair como um patinho, mas ela queria fazer isso mesmo?

Ela queria trair seus amigos pela loucura e ambição? Gostou mesmo do mundo das trevas ao ponto de perder toda a capacidade de raciocinar? Sim, para todas eram, sim, ela perdeu toda a sua dignidade Grifana e estava sendo como um peão pelo Voldemort, como era tola aquela menina.

Havia acabado de entrar no gabinete do diretor e o viu tomando uma bela xícara de chá, mas quando Dumbledore viu Hermione, largou sua xícara com relutância.

Mas correu até a menina que estava ajoelhada no chão do seu gabinete, ele tentava entender o que havia ocorrido para a menina estar naquele estado.

Hermione estava tremendo e parecia em pânico, ela queria dizer algo, mas estava com medo, medo do inexplicável.

_ Por favor, sente-se e se acalme. - A ajudou se levantar. _ Tome um pouco de chá, isso irá te fazer melhor. - A sentou e começou a dar as coisas a ela.

A Estrela de VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora