Capítulo doze

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_ Poderia me falar o motivo dele querer vingança da própria filha? - Estava tentando entender.

_ Não sei se o senhor iria entender. - Ficou inconformado. _ Como expliquei, éramos uma família tradicional e feliz, mas quando ele levou a Saiph para o futuro, ficou diferente. - Sua voz estava cansada.

_ Como. - Estava ficando sem paciência.

_ Tudo começou...

As palavras que Nagini falava, não eram apenas ouvidas por Severus e Voldemort, tinha outra pessoa naquela casa que não foi convidada ou muito menos apresentada para nós.

Ele ouvia cada palavra proferida com cuidado, apenas para contar para seu mestre onde estaria a pessoa que eles procuravam.

───※ ·❆· ※───

Em Hogwarts, todos podiam dizer que Hermione Granger estava diferente andando com as cobras, não era a mais sabichona da sala de aula e até mesmo parou de levantar a mão para responder algumas perguntas que Severus vazia para o vento.

Mas o professor sentia falta de implicar com a sabe tudo e até mesmo riu desse pensamento quando estava sozinho na sua sala.

Draco via Hermione, ou como ela preferia ser chamada pelos mais íntimos, Saiph, de uma forma diferente.

Poderiam ser primos de sei lá quantos graus, mas ele sentia um novo sentimento aflorando dentro de si, mas não iria demorar muito para descobrir que sua amada prima estava comprometida com o senhor das trevas, ou muito menos que ela não sabia dessa questão.

Suas vidas estavam caminhando devagar, mas cada dia que Hermione andava pelos corredores, se sentia vigiada, mas foi numa noite que ela teve certeza.

Hermione estava fazendo ronda pela escola sozinha, Draco estava doente então não poderia acompanhar ela.

Ela estava indo para o sétimo andar quando uma mão tapou sua boca, ela ficou calma e não respirou o conteúdo que tinha no pano.

Entretanto, manteve em alerta a cada movimento brusco que a pessoa fazia, ele tentava puxá-la para sala precisa, mas não deu muito certo.

Ela pensou em Severus e com ajuda da marca, localizou ele em sua sala corrigindo alguns deveres e fez que a marca começasse arder.

Largou tudo que estava fazendo e saiu correndo até sua Imperatriz, ele sabia que algo estava rondando a escola, mas não sabia que seria devido a Hermione, a fraqueza do Lorde.

Severus corria a grande escadaria com presa e quando chegou, viu Hermione ainda de pé, mas meio cambaleante e a dor de sua marca ficava menos dolorida.

Ela estava perdendo os sentidos.

Paralisou o homem e tomou Hermione dos seus braços, a menina começou a tossir, tentando recuperar o ar que estava até então, faltando nos seus pulmões.

Severus tentava entender o que estava acontecendo, mas quando foi olhar para o agressor, viu que estava virando pó e o ar gélido que passava naquele corredor, levava a poeira que sobrou do homem que tinha ali.

Ninguém poderia dizer que um homem estava tentando raptar a menina desacordada nos seus braços. Enquanto processava as informações, viu que o colar da menina estava vermelho sangue, então ele soube, o seu Lorde queria a menina.

───※ ·❆· ※───

Voldemort andava de um lado para o outro, esperando notícias de sua Lady.

Nagini estava sentada na cadeira de couro, de frente para lareira e batia suas unhas no estofado. Quando um estrondo foi ouvido e sem dizer uma única palavra, saíram do escritório e foram até ao hall.

_ O que aconteceu com ela? - Nagini estava preocupada com sua filha desacordada nos braços de Severus.

_ Teve um invasor em Hogwarts e ele tentou levar Saiph para sala precisa, mas ela me chamou antes de perder a consciência. - Explicou.

_ E onde está esse homem? - Gritou o Lorde. _ Quero ele morto, ou melhor, irei torturá-lo até que ele perca a capacidade de falar ou andar. - Já estava perdendo a paciência.

_ Ele virou pó, não sei que tipo de magia que usou, mas quando o paralisei, começou a virar pó.

_ Coloque ela no meu quarto. - Respirou fundo. _ Chamarei uma medibruxa. - Saiu.

Severus subia a escadaria com maestria, parecia que estava voando sem tocar um único degrau. Quando chegou no quarto, colocou Saiph na cama e percebeu que era a primeira vez que entrava ali.

Para completar seu espanto, tinha várias fotos de Hermione e sua família, até tinha o Lorde com Saiph rindo, como se o mundo fosse um mar de rosas.

Severus se lembrou de sua juventude, quando ainda tinha a amizade de seu grande amor, mas cada minuto que via aquela foto, se sentia traído, por que ela não o escolheu ao invés daquele Potter?

Cada pensamento que rondava sua cabeça era um tormento, era uma facada dilacerando seu coração, mas teria uma salvação, a morte.

_ Professor? - Perguntou Granger, tentando se sentar na cama. _ Onde estou?

_ Você está na mansão. - Proferiu sem interesse aparente.

_ Qual o motivo de estar aqui? - Estava confusa e tentava se lembrar do ocorrido.

_ Você não se lembra? - Tentou saber o que ela se lembrava.

_ Lembro do quê?

Antes de Severus responder, seu Lorde e uma medibruxa de confiança, entraram no quarto, já fazendo alguns exames com sua varinha.

Hermione contava o que se lembrava, mas a parte essencial daquela noite não se lembrava, parecia que aquele homem só tinha o intuito de roubar suas memórias e parece que conseguiu.

_ Então você apenas não se lembra desta noite, senhorita Selwin? - Perguntou a medibruxa, anotando algo em seu caderninho.

_ Sim, me lembro de tudo. - Ela não estava pálida como antes. _ Quem é minha mãe e o nome do meu pai, como conheci o nosso Lorde. - Estava calma.

_ O que me parece, é que essa pequena partícula de memória foi roubada e sinto em te dizer, que não consigo recuperar memórias roubadas, mas você está bem e fez muito bem em não respirar grande quantidade daquele veneno.

_ Veneno? - A menina entrou em pânico. _ Alguém tentou me matar? - Mas sua mão foi segurada pelo Lorde.

_ Sim, o veneno que vi na sua corrente sanguínea é muito raro e talvez nem tenha mais antídoto, mas irei te receitar uma poção calmante.

A medibruxa já tinha ido embora, mas minha mãe pensava em algo que não queria nos dizer, apenas saiu da mansão e aparatou.

Severus havia feito o mesmo e agradeci por me ajudar na ocasião que não me lembrava, mas Tom estava estático.

Não falava ou tentava me olhar nos olhos, apenas olhava para o meu corpo com uma luxúria que, até então, estava inexistente.

No mesmo segundo que Tom e Saiph se encaravam, Nagini aparatava num lugar que conhecemos muito bem, ela andava calmamente, mas seu interior estava borbulhando de pensamentos sádicos.

Com tantos anos de convivência com seu mestre que até pegou algumas características dele, ela se lembrava da primeira vez que esteve ali.

Seu amigo se aliou a Grindelwald e a abandonou, mas ela só pensava em fugir e reencontrar seu amor, foi isso que ela fez.

_ Temos assuntos pendentes e quero aquele favor que me deve. - Falou entredentes com o homem que estava na sua frente.

_ Quanto tempo não a vejo, como vai Deneb? Continua vivo? - Perguntou sarcástico.

_ Devido a você, sim, mas não vim aqui para contar minha história ou do meu marido e sim, cobrar meu favor. - Se sentou na cadeira e olhou para o homem com raiva estampada em sua face.

_ E o que deseja? - Perguntou sem interesse.

_ Nada que você não possa fazer, Dumbledore. - Sorriu.

Total de palavras: 1.217.
Revisado: 05/08/23.

A Estrela de VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora