Capítulo dez

229 27 7
                                    

_ Agora você vai nos contar o porquê de nos acordar tão tarde da noite? - Ginny coçou seus olhos devido ao sono.

_ Bom, como todos estão aqui. - Respirei fundo. _ Dumbledore me deu uma missão e essa missão pode interferir na nossa amizade. - Vejo a boca de Rony se abrir para me interromper, mas não deixei. _ Irei andar com os Sonserinos a partir de hoje. - Ficaram confusos. _ Não quero intervenção neste meu plano, Dumbledore acha que o Malfoy pode fazer coisas cruéis sem perceber.

_ Sabia! - Gritou. _ Ele é um Comensal e só vocês não acreditaram em mim. - Deu um sorriso de vitória.

_ Não é nada disso. - Revirou os olhos. _ Ele apenas me pediu para vigiá-lo e é isso que vou fazer. - Respirei fundo. _ E tenho que me distanciar de vocês, me desculpem.

_ Mas, Mione... - Rony tentou falar, mas foi parado pela Ginny.

_ É a missão dela, se ela precisa fazer isso, ela vai fazer, não importa o que dissermos. - Ela sempre falava as coisas certas.

_ Obrigada, Ginny. - Sorriu. _ Sentirei falta de suas conversas animadoras e Harry, não se meta em mais problemas.

Abracei os três e o sentimento que pensei que teria pelo Rony não veio, e isso apenas me indicava que tudo era realmente passageiro, até sentimentos.

_ Tchau. - Dei alguns passos para trás.

Saio do salão comunal com lágrimas nos olhos, mas por dentro ria de divertimento, meu plano deu certo e agradecia Dumbledore por isso.

Agora só preciso de que os Sonserinos confiem em mim e façam o que mandar, mas se eles não quiserem confiar em mim, terei que fazer um pouco de tortura ou convencer uma pessoa...

_ Senhorita Granger, o que faz acordada a essa hora? - Uma voz ríspida e gélida me fez parar.

Senti algo estranho no meu corpo, mas não era um sentimento bom, era o sentimento de medo, porém, saber que ele me obedecia era uma sensação.

_ Professor. - Me virei. _ Eu que deveria estar perguntando isso. - Sussurrei, mas ele escutou.

_ Menos dez pontos para Grifinória pelo seu linguajar petulante e menos vinte pontos pelo horário indevido de passeios noturnos.

Olhei para as paredes e vi que não tinha nenhum quadro, retirei minha varinha do bolso e aponto para o professor, ele não reagiu de primeira, mas iria reagir.

_ Se fosse você, professor. - Sorri. _ Repensasse no que acabou de dizer.

_ O que está insinuando? - Aproximou-se. _ Que eu deva te respeitar só por que está me ameaçando? - Zombou. _ Faça-me rir, criança tola.

Puxei seu colarinho com força, o fazendo me olhar com surpresa estampado em seus olhos.

_ Olha como você fala, Severus. - Aproximei o meu rosto do seu. _ Você não quer acabar morto pela imperatriz, não é mesmo? - Estava chocado. _ Se você me insultar, irei acabar com sua vida.

_ Perdoe-me, mas não poderia saber que era você. - Estava certo. _ Você que é uma dama da alta sociedade mágica não poderia ser uma menina que nem saiu da puberdade. - Suas palavras não eram maliciosas.

_ Se você não tivesse feito o voto perpétuo, não estaria aqui, contando algo que iria colocar meus planos em risco. - Zombo da situação. _ Mas como estamos a sós, sem fantasmas, quadros falantes ou línguas que não cabem na boca, tive que te contar, agora vá e não conte nada ao nosso querido diretor.

_ Como desejar, imperatriz.

Naquela madrugada os quadros estavam em silêncio, rezando para que as trevas não tomassem mais os corações de seus estimados alunos, mas parece que nem Merlim queria ouvir as preces das pinturas, ou muito menos vindo de um professor que estava com medo do futuro.

A Estrela de VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora