Quase Princesa || Livro 1 [COMPLETO]

31 || A t e n t a d o s

[Música ainda em seleção. Se puder indicar uma escreva no privado ou nos comentários.]

Isabel

— ... ATENTADOS TERRORISTAS POR TODA Ephilia com o foco na capital, Rosabella. A polícia contabilizou dez mortos e dezessete feridos até agora...

Eu simplesmente não conseguia acreditar. Desde que me conheço por gente Ephilia é considerado um dos países mais pacíficos do mundo e até da União Europeia. Sempre amei viver aqui, a liberdade de poder sair pelas ruas sem medo de assaltos ou sequestros não tem preço. Antes, os grupos antimonarquista eram fracos, alguns protestos em época de eleição no máximo, nunca haviam chegado ao ponto de se tornarem verdadeiros terroristas.

Senti enorme vontade de chorar vendo as notícias passando pela televisão. Como o reino que eu tinha tanto orgulho de ser princesa ficou assim? Meu pai disse que tínhamos prendidos diversos rebeldes, mas aparentemente eles estão mais fortes e em maior número do que esperávamos.

A garota que foi a primeira vítima... eu já havia falado com ela antes. Rachel era uma menina simpática, alegre, cheia de vida, líder do clube de jornalismo. E, pela maldade humana, sua vida foi interrompida.

Tia Ana desligou a televisão, fazendo-me voltar a realidade.

— Não é bom para você ver isso, Isa. Você, Elizabeth e Ariana já passaram por muitas coisas hoje. Deveriam descansar.

— Eu conhecia ela. Fizemos dupla na aula de química uma vez. — disse, sentindo a vontade de chorar aumentar.

Anastácia se aproximou e me abraçou, consolando-me. As lágrimas começaram a rolar antes mesmo que eu me desse conta.

— Ela não merecia morrer assim. Eles precisam pagar por isso e...

— Ela está em um lugar melhor, Isa. A polícia está trabalhando ao máximo para fazer justiça, e a guarda real vai nos proteger. Agora o que você deve focar é em descansar e ficar bem.

Infelizmente, eu nunca tiraria aquela imagem da minha mente...

- ••• -

As aulas na escola estavam suspensas temporariamente pelo resto do dia, mas amanhã teremos aulas. Países como a França, por exemplo, mesmo com atentados frequentes não podem parar. Aqui a situação é a mesma, a população precisa seguir em frente. Mas, no fundo dói saber que algumas pessoas não estão mais conosco para seguir em frente junto.

De nós três que presenciamos o atentado, a que ficou mais sensibilizada foi Ariana. Quando a via, estava sempre passando mal de tanto chorar. E pelo que sei, ela nem chegou a conhecer a vítima. No jantar, todos estavam com diferentes emoções. Meu irmão mais velho, por exemplo, estava repleto de raiva. Ari ficou extremamente triste, pálida, passou mal, não conseguia comer. Eu também não estava com apetite depois de tudo.

Tive a impressão de ouvi-la dizer constantemente: "A culpa foi minha." Por que algo que ela não tinha nada a ver seria culpa dela?

Na manhã seguinte, fomos para escola em silêncio e quietude. A guarda real nos acompanhava para reforçar nossa segurança. Poderíamos ser alvo dos terroristas. Em frente ao armário de Rachel e no lugar que o muro foi destruído pela bomba, havia velas acesas, flores e cartas. Ariana, quando viu a situação, correu em direção oposta.

— Quero voltar para casa.

Segurei ela, tentando acalmá-la.

— Por que você está assim?

— É tudo minha culpa.

Ela pôs as mãos no rosto, como se quisesse se esconder.

— Por quê? Claro que não é...

— Os rebeldes mandaram eu entregar o diário de Morgana, se tivesse feito, isso não estaria acontecendo. Eles até me ameaçaram com uma carta minutos antes do atentado. Tenho medo de ser um alvo e...

— Espera, espera, te ameaçaram?

Ela assentiu.

— E você contou para alguém?

— Sim, para meu pai, Anastácia e Christian. Eles até falaram com a polícia.

Parei. Quantas coisas meus familiares estavam escondendo de mim? Os boatos da leucemia e corrupção... eles eram verdadeiros?!

Gostou da estória? Não se esqueça de votar e comentar! Não seja um leitor fantasma! Sério, isso me ajuda muito.

...
Olá!
Sinceramente, não gostei muito desse capítulo (acho que ficou meio ruim), mas acho ele importante. Um capítulo curto, narrado por uma personagem diferente para mostrar a situação em outro ponto de vista. Enquanto alguns sabem das coisas, do que está rolando, por exemplo, outros, como Isabel, não sabem.
Enfim, até o próximo capítulo (espero poder postar amanhã)!
Marcela💙