Era uma tarde ensolarada de primavera na vizinhança da rua Ingram, Queens, NY. Já se passavam das quatro da tarde, mas o dia continuava bastante agradável; o local em si, um parquinho utilizado pelas crianças, estava silencioso, a não ser pelo leve choro e soluçar de um menino;
—Por que você está sendo tão mal? — perguntou o garoto com lágrimas nos olhos e uma voz esganiçada por tentar engolir o choro—...você está fazendo ele chorar Flash!
O menino em si tinha um nome; Peter Parker, 4 anos de idade, morava a poucas quadras do local onde se encontrava. Possuía cabelos castanhos bagunçados, olhos igualmente castanhos e pele clara, usava uma camiseta vermelha juntamente com short preto e seus famosos tênis vermelhos, além de óculos de grau com armação preta que destacavam suas lágrimas. O mesmo se prostrava de forma protetora na frente de outro menino que chorava com a mão no braço. Mesmo tentando ser um protetor, tremia de medo e agarrava a barra de sua camiseta enquanto encarava o outro menino em sua frente.
—S-se v-você continuar ma-machucando ele...— ele diz levantando seus punhos fechados e separando seus pés, como quem espera uma briga— e-eu...eu mesmo vou ter que te parar!
O garoto em sua frente; Eugene Thompson, mais conhecido como ‘Flash’, para por um momento, juntamente com seus dois “capangas” que se encontravam atrás do mesmo, encarando o menino em sua frente, em um ato quase inútil de bravura. Flash também tinha 4 anos e morava um pouco mais longe, mas perto o suficiente para que frequentasse o parquinho. Possuía cabelos loiros arrepiados, olhos cinzentos e pele clara, vestia também uma combinação de camiseta azul escura, short preto e tênis amarelos. Mas rapidamente se recompôs, sorrindo sarcasticamente como se achasse graça na ação do menino em sua frente;
— He... Você quer bancar o herói? — ele pergunta com um sorriso maldoso, ambos seus capangas ativam suas habilidades; um crescendo asas e começando a levantar do chão, enquanto o outro aumentava o tamanho de seus dedos. Flash no caso, bate o punho direito fechado na palma da mão esquerda, e com o contato, o mesmo ativa sua própria individualidade; liberando uma gosma negra, que rapidamente sobe seu braço e forma quase como que uma camada envolta de sua mão e antebraço direitos, deixando-os maiores e com garras nas pontas dos dedos— Você não tem nem chance sem uma Individualidade “Escala-Parede”!
O mesmo diz o apelido maldoso que havia dado ao garoto como se o ameaçasse, fazendo o mesmo dar um passo para trás rapidamente, com medo; enquanto o bullie e seus comparsas iam para cima do mesmo para lhe bater.
Pouco tempo depois, o menino se encontrava deitado no chão, prestes a desmaiar, repleto de arranhões e outros machucados...
“Aqui está a triste verdade; todo ser humano não é criado igual. Quando eu tinha quatro anos, eu aprendi que algumas crianças tinham mais poder que outras...”
“..., mas isso não me fez desistir...”
O céu se encontrava limpo como naquele fatídico dia no parquinho dez anos atrás; a única diferença é o fato de ser manhã. Um menino então passa correndo pelas calçadas da sétima Avenida, ansioso para chegar em seu destino, uma luta entre heróis e vilão perto de uma ponte de metro; ele vestia o uniforme preto do colégio ao qual terminava a oitava série, mas continuava com seus famosos calçados vermelhos; o garoto? Peter Parker; agora com seus quatorze anos, não havia mudado tanto, continuava com seus cabelos castanhos bagunçados, estava mais alto e mais esguio, apresentava um sorriso de animação no rosto e uma mochila amarela nas costas.
“...se fez qualquer coisa, foi me incentivar a melhorar!”
O garoto então chega a seu destino; uma passarela do metro que não funcionava naquele momento; o motivo? Um vilão causava discórdia e destruição. O mesmo parecia ter uma individualidade de aumentar de tamanho; pois no momento se encontrava com pelo menos seis metros de altura, e gritava e urrava como um animal em fúria.

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My Marvel Academia
ActionEm um mundo onde 80% da população possui algum poder sobre-humano, ou "dons", conhecidos como individualidades, o garoto Peter Parker teve a infelicidade de nascer sem nenhum. Nesse mundo fictício, desde o primeiro caso constatado de um recém nascid...